Taxas Euribor caem em todos os prazos para novos mínimos

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

Taxa Euribor desceram em todos os prazos e a três e a 12 meses para novos mínimos desde maio de 2023 e dezembro de 2022, respetivamente.

As taxa Euribor desceram esta terça-feira em todos os prazos e a três e a 12 meses para novos mínimos desde maio de 2023 e dezembro de 2022, respetivamente.

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,402%, continuou acima da taxa a seis meses (3,196%) e da taxa a 12 meses (2,858%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, recuou para 3,196%, menos 0,016 pontos que na anterior sessão. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu hoje, para 2,858%, menos 0,044 pontos que na segunda-feira e um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022.
  • A Euribor a três meses também desceu, ao ser fixada em 3,402%, menos 0,029 pontos e um novo mínimo desde 18 de maio de 2023.

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

Na quarta-feira, a 18 de setembro, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que é a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Universo realça aposta numa oferta alargada de produtos em campanha

  • + M
  • 24 Setembro 2024

É a primeira campanha após a joint-venture entre a Sonae e o Bankinter Consumer Finance. A criatividade é da Fuel, enquanto a produção ficou a cargo da FastFoward e o planeamento de meios da Arena.

“Em que Universo é que vives?”, pergunta o Universo numa campanha que tem por objetivo realçar a aposta da marca numa oferta alargada de produtos, que vai muito além do cartão de crédito e que permite satisfazer as necessidades e desejos dos clientes.

“O Universo é hoje muito mais do que um cartão de crédito, tendo uma oferta que inclui muitas outras opções, como soluções de crédito, seguros e instrumentos de poupança. A campanha pretende dar a conhecer aos clientes e potenciais clientes esta abrangência da oferta e o valor acrescentado que podemos trazer, com um toque de boa disposição. Além disso, destaca também os valores da marca, que se distingue pela aposta na inovação e na tecnologia, bem como pela sua agilidade e simplicidade”, explica Joana Ramos, diretora de communication & brand do Universo, citada em comunicado.

“Apostamos na proximidade com os portugueses, pois esse é um dos valores da marca. Pretendemos continuar a diferenciar o Universo de muitas das marcas concorrentes, afastando-nos do formalismo e tradicionalismo do setor financeiro”, acrescenta.

A primeira campanha institucional do Universo após a criação da joint-venture acionista entre a Sonae e o Bankinter Consumer Finance transmite então esta mensagem, “de forma leve e bem-humorada”, através de três spots.

A campanha aborda situações da vida real, sendo que os filmes “Casamento” e “Obras”, mais genéricos, “realçam o portefólio da marca, que tem soluções para as mais variadas necessidades de uma família”. “O outro filme está centrado na solução de seguro de saúde, relembrando que o Universo tem também um conjunto de opções para quem procura proteção para si, para a sua família e para os seus bens”, lê-se em nota de imprensa.

A criatividade é da agência Fuel, enquanto a produção ficou a cargo da FastFoward e a realização de João Teixeira. A campanha marca presença em televisão (em canais abertos e no cabo), em meios digitais e em alguns autocarros, nas cidades de Lisboa e Porto. A Arena foi a responsável pelo planeamento de meios.

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Petrobras interessada em 40% do projeto da Galp na Namíbia

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

"A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%", indicou uma responsável da Petrobras, de acordo com a Reuters.

A Petrobras está de olho numa participação de 40% no projeto de exploração de petróleo que a Galp detém na Namíbia, e não abdica de arrecadar este total, avança a Reuters, esta terça-feira.

De acordo com a agência de notícias, a Petrobras quer comprar a fatia de 40% por inteiro de forma a lançar as mãos à operação da exploração, indicou Sylvia dos Anjos, diretora a petrolífera brasileira, à margem de uma conferência de petróleo e gás que está a decorrer no Rio de Janeiro, a ROG.e.

A mesma fonte alegou que a Petrobras terá feito uma oferta não vinculativa no âmbito de um procedimento concorrencial aberto pela Galp, no sentido de ser responsável pela operação do projeto, mas que não se registam avanços nessa frente até ao momento. “A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%”, indicou a diretora, de acordo com a Reuters.

Desde abril, quando foi anunciada a viabilidade comercial e o potencial dos ativos da Galp na Namíbia, que a petrolífera portuguesa está disposta a vender uma participação de 40% no bloco de exploração, noticiou na altura a Reuters. A Galp é dona de 80% do bloco, com os restantes 20% a serem detidos em partes iguais pela Corporação Nacional do Petróleo da Namíbia (NAMCOR) e pela Custos Energy.

Além da Petrobras, também a Shell e a Exxon terão mostrado interesse em comprar a mesma fatia de 40% no projeto na Namíbia, recorda a Reuters. A agência noticiou, entretanto, a 9 de setembro que a Exxon terá desistido da corrida.

A licença de exploração do bloco PEL 83 foi concedida em 2016 ao consórcio liderado pela Galp, mas foi apenas no início deste ano que a Galp reuniu provas mais concretas de que a Namíbia poderia traduzir-se num investimento lucrativo.

Em janeiro, a empresa descobriu petróleo leve na bacia de Orange, ficando a faltar dados sobre a viabilidade comercial. Foram anunciados a 21 de abril, na forma de um número: a estimativa de conseguir extrair pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo.

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Advogados vão receber 7,5 euros para tratar processos de imigrantes

Até ao final do mês, as Ordens dos Advogados e dos Solicitadores e Agentes de Execução têm aberto concurso para "prestação de serviços" para a instrução de processos pendentes da AIMA.

A Ordem dos Advogados assinou um protocolo com a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) para prestação de serviços por advogados, ao preço contratual de 7,5 euros por processo. Ou seja, cada advogado receberá este montante por cada processo, incluindo deslocações e custos incluídos, para ajudar imigrantes na concessão de autorizações de residência e renovações de autorização de residência pendentes. O objetivo é o de uma resolução rápida dos 400 mil pedidos, em que os advogados e solicitadores recebem uma avença de um mínimo de 150 euros e um máximo de 1400 euros por mês num processo que é meramente administrativo.

De acordo com o regulamento, as funções dos advogados nestes casos serão mais direcionadas para a instrução de processos administrativos, como instrutores de processos administrativos. Ou seja: a análise da informação comprovativa, a promoção da audiência prévia e a elaboração da proposta de decisão administrativa.

“O preço indicado inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja expressamente atribuída à AIMA, nele se considerando incluídas, nomeadamente, todas as despesas de alojamento, alimentação e deslocação de meios
humanos, aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças”, segundo o Regulamento de Seleção de Advogados, Advogados Estagiários e Solicitadores.

Estes serviços, prestados remotamente, serão assegurados por advogados, advogados estagiários ou solicitadores, que “integrarão bolsas e equipas a constituir em função da tipologia dos processos” atribuídos, pode ler-se no concurso.

“Numa situação de urgência e de flagrante violação dos direitos humanos dos cidadãos migrantes, a OA entendeu colaborar com a AIMA para a resolução rápida dos 400 mil pedidos em atraso. Uma avença de um mínimo de 150 e um máximo de 1400 euros por mês será possível à Advocacia (querendo) inscrever-se”, explica Lara de Roque Figueiredo, vice do Conselho Geral da Ordem dos Advogados. “Isto em nada se confunde com o SADT até porque se a ele fosse possível recorrer era exatamente isso que os cidadãos faziam. Este procedimento é meramente administrativo e não necessita de ser efetuado por advogado. Mas ainda assim a OA entendeu que era o momento de ajudar os milhares de cidadãos que se encontram sem resposta do Estado. Aqui o foco não foi o valor (ainda que obviamente tenha sido sempre considerado insuficiente), mas sim o apoio a quem dele precisa”, concluiu.

No comunicado, as duas ordens destacam “a honra e o privilégio de poder, assim, contribuir para a resolução de um tão grave problema, que afeta atualmente milhares de pessoas no nosso país, defendendo os direitos, liberdades e garantias” dos cidadãos e empresas.

No regulamento, a AIMA salvaguarda o risco de incompatibilidades levantado por alguns sindicatos, impondo regras apertadas aos candidatos. Os prestadores de serviços estão “impedidos de ter quaisquer interesses ou ligações com os processos em tratamento ou com os respetivos requerentes” de modo direto ou indireto, através de sociedades de advogados e colegas com quem partilhem escritório ou com quem “possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais”.

Sede da Ordem dos Advogados.Hugo Amaral/ECO

Além disso, os prestadores “ficam também impedidos de prestar aos requerentes qualquer serviço por si, por via da sociedade de que façam parte, por meio de colegas de escritório ou de outros com quem possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais, nos 12 meses subsequentes à prestação do serviço”.

Os requisitos para a inscrição serão verificados pelas respetivas Ordens e inclui a “frequência de uma ação de formação prévia, a ser disponibilizada pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA”.

A 5 de março, foram celebrados acordos entre a AIMA e as duas ordens, mas só agora é que o protocolo está a ser concretizado. O período de candidaturas teve início às 18:00 de segunda-feira e termina no dia 30 de setembro.

No final de 2023, as autoridades portuguesas estimavam em 400 mil o número de imigrantes com processos pendentes. Em julho, o Governo alterou a lei de estrangeiros, impondo novas restrições, entre as quais o fim das manifestações de interesse, um recurso que permitia a um cidadão estrangeiro, com visto de turista, iniciar em Portugal o seu processo de regularização.

Eduardo Serra Jorge e Associados foi o único concorrente no concurso público de agosto

Em agosto deste ano, perante os milhares de processos em que é ré por não decidir os pedidos de autorização de residência dos imigrantes dentro do prazo legal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) contratou uma firma de advogados por 200 mil euros para se defender em tribunal. Em causa estão intimações para a defesa de direitos, liberdades e garantias desencadeadas pelos candidatos a autorização de residência e resposta a providências cautelares, mas também outras ações judiciais decorrentes de pedidos de autorizações de residência para atividade de investimento.

De acordo com o portal da contratação pública Base, a adjudicação, feita através de um concurso público que só esteve aberto durante três dias, devido ao seu caráter urgente, foi feita ao escritório lisboeta Eduardo Serra Jorge e Associados, sendo que não houve mais concorrentes, refere o Público.

A incumbência da sociedade de advogados Eduardo Serra Jorge – que trabalha também com outras instituições do Estado, como a PSP – é a de despachar quatro mil processos judiciais até ao final do ano, à razão de 50 euros cada um. Embora o contrato assinado tenha uma duração de cinco meses, o mesmo contém uma disposição que o mantém em vigor “até ao termo de todos os processos judiciais sobre os quais” esta sociedade tenha sido mandatada pela AIMA.

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Viseu “saliva” retorno de cinco milhões com competição mundial de queijos

O evento deverá gerar um retorno económico superior a cinco milhões para a cidade de Viseu. Vão ser avaliados quase cinco mil queijos de 47 países, um recorde de sempre nos "Óscares" do queijo.

O World Cheese Awards realiza-se pela primeira vez em Portugal e vai transformar Viseu na capital mundial do queijo de 15 a 17 de novembro. O evento vai reunir mais de 4.500 queijos oriundos de 47 países. A organização estima um retorno económico para a região superior a cinco milhões de euros.

“Já batemos todos os recordes. O maior número de queijos que já participaram no World Cheese Awards eram 4.502, e Portugal já tem assegurados 4.784. Em 38 anos de concurso nunca tinha chegado a estes números”, afirma ao ECO/Local Online Bruno Filipe Costa, food expert e impulsionador da vinda do evento para Portugal. Espanha, Reino Unido, Itália, Brasil e Japão são alguns dos principais mercados com presença confirmada em Viseu.

O maior número de queijos que já participaram no World Cheese Awards eram 4.502, e Portugal já tem assegurados 4.784. Nunca chegou a estes números em 38 anos de concurso.

Bruno Filipe Costa

Responsável pela organização do World Cheese Awards

Bruno Filipe Costa adianta ainda que o evento vai contar com 182 produtores portugueses, sendo que o recorde anterior tinha sido de 56 produtores na edição que decorreu em 2021 em Espanha, em Oviedo. “É um aumento de 225% da melhor representação portuguesa no evento”, realça o responsável pela edição de 2024 do World Cheese Awards.

A organização projeta um retorno económico em Viseu superior a cinco milhões de euros só nos setores da hotelaria e restauração. O responsável avança que a “capacidade hoteleira está preenchida nesses dias e já não é possível encontrar quartos disponíveis na cidade“. “Estamos a falar no impacto direto só dos visitantes internacionais, não está calculado o retorno dos turistas nacionais”, destaca Bruno Filipe Costa.

No evento, que decorre no Pavilhão Multiúsos em Viseu, são esperados mais de 10 mil visitantes, e a entrada é gratuita. “Quem nos visitar terá a oportunidade de provar os melhores queijos do mundo”, assegura Bruno Filipe Costa.

O júri é composto por 250 especialistas de cerca de 40 nacionalidades, com destaque para o maior contingente de jurados portugueses na história da competição, com 35 profissionais. A iniciativa irá também trazer a Portugal mais de uma centena de jornalistas de publicações especializadas, influencers e apreciadores dos quatro cantos do mundo.

Bruno Filipe Costa revela ao ECO que a organização britânica Guild of Fine Food garantiu que “Portugal tem a porta aberta para voltar a receber mais uma edição dos World Cheese Awards”. “É demonstrativo da qualidade das nossas pessoas”, afirma.

Desde colaboradores a empresas de som e imagem, a organização decidiu recorrer apenas a empresas locais na produção do evento. “Queremos criar impacto na economia local”, afirma o responsável, assegurando ainda que o evento vai ter uma componente de solidariedade. Neste campo, todos os frigoríficos que foi necessário adquirir para guardar os queijos “vão ser oferecidos a instituições de solidariedade da região de Viseu”.

Conhecido como os Óscares do Queijo, o evento é organizado há mais de três décadas pela Guild of Fine Food e representa o maior evento do mundo para o setor de produção de queijos artesanais, tendo-se tornado na maior competição de queijos do planeta. Os World Cheese Awards unem produtores, agricultores, chefes, afinadores, críticos gastronómicos, influencers, compradores, importadores e distribuidores de queijos.

Ao longo de mais de 30 anos, o evento ultrapassou fronteiras e saiu do Reino Unido, tendo sido recebido em cidades como a italiana Bergamo, a espanhola San Sebastian e Bergen, na Noruega.

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Centros de dados disparam procura por renováveis, mas também querem gás, diz CEO da EDP

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

Centros de dados estão a exigir muita energia. "Quer seja eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido", diz Stilwell.

O CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, afirma que os centros de dados estão a estimular a procura por renováveis, mas o gás também é uma opção largamente discutida para responder a estas novas necessidades.

A procura parece mesmo estar a disparar, motivada em grande parte pela inteligência artificial e pelos centros de dados” e “a procura é tão grande que o que vemos é algumas destas gigantes tecnológicas a assinarem tantos contratos de fornecimento quantos conseguem”, afirmou Stilwell de Andrade, numa entrevista televisiva à agência de notícias Bloomberg. “Quer seja energia eólica ou solar, tem de ser pronto a construir nos próximos dois anos. O gás é algo que também está a ser muito discutido“, acrescentou.

Recentemente, a EDP tem vindo a comunicar vários contratos assinados com nomes reconhecidos do panorama tecnológico, como a Microsoft, em agosto, ou a Google, em julho. O CEO da energética portuguesa afirma que já não está tão dependente da participação em leilões para conseguir contratos: a EDP está a ser diretamente contactada pelos clientes.

Nos últimos dois meses, o CEO afirma ter recebido “muitas chamadas” para averiguar se a EDP tem capacidade para vender. “Em termos de preço, estamos a falar de preços muito saudáveis”, assinalou. No mercado norte-americano, por exemplo, e dependendo da região, os preços podem oscilar entre os 60 e os 70 dólares por megawatt-hora, sendo que 40% do investimento previsto pela empresa tem como destino os Estados Unidos.

Em maio passado, a EDP baixou a meta de adição de nova capacidade renovável para três gigawatts por ano, um corte de cerca de um quarto, no período entre 2024 e 2026, justificado pela quebra os preços da eletricidade e taxas de juro mais altas. Entretanto, as taxas de juro iniciaram uma trajetória descendente, o que é descrito por Stilwell como “muito importante” para o negócio da EDP, que é intensivo em capital,

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Águeda cria gabinete de apoio às vítimas dos incêndios

Pelo menos 30% do território do concelho foi consumido pelas chamas que destruíram, por completo, nove habitações, causando ainda avultados prejuízos em equipamentos, viaturas e área florestal.

Com o propósito de ajudar as pessoas afetadas pelos fogos que lavraram na última semana, em Águeda, e que perderam casas e outros bens, a autarquia criou o Gabinete de Apoio às Vítimas do Incêndio (GAVI). Por enquanto, ainda não é possível calcular o valor dos prejuízos, que o município antecipa serem avultados. Entre os prejuízos identificados contam-se nove habitações completamente destruídas pelas chamas.

Decidimos criar este gabinete para prestar um apoio mais abrangente, para que as pessoas possam voltar à normalidade, na recuperação das suas casas ou na reorganização das suas vidas após uma situação devastadora”, explana Jorge Almeida, presidente da autarquia. A funcionar nas instalações do município, o GAVI é constituído por uma equipa de técnicos e profissionais de diversas áreas, para prestar aconselhamento psicológico e social, orientação jurídica e apoio à reintegração.

Jorge Almeida já tinha antecipado ao ECO/Local Online “um impacto brutal” dos fogos na economia do concelho e região aveirense, onde existe “uma floresta de produção intensiva que cria muito rendimento a pessoas e empresas que vivem do eucalipto”.

O município está a levar a cabo o levantamento e medição da área ardida, estimando que 30% do concelho tenha sido percorrido pelas chamas. No imediato, os técnicos municipais prestaram “socorro às pessoas que perderam as casas nos incêndios, para que ninguém ficasse sem teto, comida e fosse rapidamente encontrada uma solução, que era a necessidade mais premente no momento”.

Decidimos criar este gabinete para prestar um apoio mais abrangente para que as pessoas possam voltar à normalidade, na recuperação das suas casas ou na reorganização das suas vidas após uma situação devastadora.

Jorge Almeida

Presidente da Câmara Municipal de Águeda

Este gabinete conta com a colaboração da delegação de Águeda da Ordem dos Advogados, que vai prestar orientação sobre o modo de lidar com questões legais, designadamente seguros, compensações por danos materiais e questões judiciais, assim como o método para solicitar apoio financeiro ou reaver documentos perdidos.

“Esta é mais uma resposta que o município proporciona aos cidadãos, com uma equipa onde estão as nossas assistentes sociais e psicólogas, com um conjunto de soluções para que ninguém fique sem o apoio de que precisa neste momento difícil das suas vidas”, completa, por sua vez, Marlene Gaio, vereadora da Ação Social do Município.

Os incêndios que lavraram entre os dias 15 e 20 de setembro no país, sobretudo as regiões Norte e Centro, e consumiram cerca de 135.000 hectares, tiraram a vida a nove pessoas e provocaram ferimentos a mais de 170. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

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Contas bancárias “low cost” aumentam 6% no primeiro semestre

Na primeira metade do ano foram constituídas 15,7 mil contas de serviços mínimos bancários, as chamadas contas "low cost".

O número de contas low cost continua a crescer, mas a ritmo mais lento. No primeiro semestre do ano as contas de serviços mínimos bancários (SMB) aumentaram 6% para 235.035 contas, de acordo com o Banco de Portugal.

Entre janeiro e junho foram constituídas 15.693 contas de SMB, menos 8.438 do que aquelas que foram criadas no mesmo período do ano passado, acrescenta o supervisor.

A maioria das novas contas com preçário mais reduzido resultou de uma conta de depósitos à ordem já existente (10.209 contas), enquanto 5.484 resultaram da abertura de novas contas no sistema bancário. Por outro lado, foram encerradas mais de três mil contas, sendo que quase nove em cada dez (89%) foram fechadas a pedido do próprio cliente.

Praticamente um quarto dos titulares de contas de SMB tem depósitos a prazo e mais de 15% tem outros produtos, detalham os dados do Banco de Portugal.

Neste período voltou-se a assistir a um aumento do peso de contas low cost constituídas por clientes com mais de 65 anos no ano passado, que representavam 38,4% do total de contas de SMB constituídas (contra 37,3% em 2023).

A conta de serviços mínimos bancários é uma conta à ordem que permite aos clientes acederem a um conjunto de serviços bancários considerados essenciais a custo reduzido, incluindo depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências por MBWay.

Em 2024, o custo anual dos serviços mínimos bancários não pode exceder 5,09 euros (correspondente a 1% do IAS).

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Conselho de Supervisão da Ordem dos Advogados já tomou posse

O Conselho de Supervisão, tal como o próprio nome indica, vai supervisionar a atividade da OA, tendo competências disciplinares, de regulamentação do estágio ou a pronúncia sobre propostas de lei.

Na passada segunda-feira, dia 23 de setembro, tomaram posse os membros do Conselho de Supervisão da Ordem dos Advogados, que foram designados por deliberação no Conselho Geral de 19 de setembro. A tomada de posse decorreu na sede da Ordem dos Advogados (OA), em Lisboa.

Entre os membros deste Conselho está Adelaide Modesto, Arlindo Donário, Carlos Alberto Poiares, Daniela de Sousa, Dulce Rocha, Helena C. Tomaz, Inês Fernandes Godinho, Jorge Duarte Anselmo, Matilde Lavouras, Mauro Paulino, Paula Vaz Freire, Pedro Pires da Rosa, Rute Teixeira Pedro, Susana Coroado e Sousa Ribeiro.

O Conselho de Supervisão, tal como o próprio nome indica, vai supervisionar a atividade da Ordem dos Advogados, tendo competências disciplinares, de regulamentação do estágio ou a pronúncia sobre propostas de lei. Neste órgão os advogados não terão maioria nem podem presidir o mesmo. Em causa o diploma relativo à regulamentação das Ordens Profissionais, aprovado ainda no tempo do Governo socialista.

Em julho, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados – liderado pela bastonária da Ordem dos Advogados – aprovou o Projeto de Regulamento do Conselho de Supervisão, o novo órgão que ficará responsável pela legalidade da atividade exercida pelos órgãos da OA.

Como será então a Composição do Conselho de Supervisão?

É composto por 15 membros com direito de voto, nos seguintes termos:

  • Seis membros advogados inscritos na OA – Estes membros são eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas. Apenas podem ser eleitos ou designados como membros inscritos na OA os advogados com inscrição em vigor que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício da profissão;
  • Seis membros de universidades, sem inscrição na OA, eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas e que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício profissional na área jurídica;
  • Três membros escolhidos pelos 12 membros do órgão, por maioria absoluta, com “reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a advocacia”. Ou seja, que tenham exercido, pelo menos 10 anos atividades profissionais como a de magistrado, conservador, notário, docente universitário de Direito, juiz de paz, jurista ou consultor jurídico.

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Centro da Universidade Católica lança curso de finanças sustentáveis gratuito

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

O curso é gratuito para os primeiros 1.000 participantes, visando contribuir para o aumento da literacia em Finanças da Sustentabilidade em Portugal.

O Center for Sustainable Finance (CSF) da Católica Lisbon School of Business & Economics, em parceria com a Católica Porto Business School vai lançar o curso online “Introdução à Sustentabilidade nas Empresas – Perspetiva Financeira”, aberto a toda a sociedade, sobre a importância da sustentabilidade nas finanças das empresas.

O curso é destinado a empresas e profissionais de todos os setores, sem necessidade de experiência prévia, e tem o apoio da Fundação Santander. É gratuito para os primeiros 1.000 participantes, visando contribuir para o aumento da literacia em Finanças da Sustentabilidade em Portugal. As inscrições já estão abertas, e são efetuadas exclusivamente na Open Academy, plataforma do Banco Santander, até dia 20 de outubro.

Este curso, com duas horas de duração, é o primeiro de uma série de programas educativos desenvolvidos pelo Center for Sustainable Finance na área das Finanças da Sustentabilidade. O programa introduz conceitos, discute o contexto legislativo atual e aponta estratégias que potenciam a sustentabilidade como vantagem competitiva. O curso foi desenvolvido de forma a potenciar a ação prática.

De acordo com o professor António Baldaque da Silva, diretor executivo do Center for Sustainable Finance e ex-executivo sénior da BlackRock, “A transição para uma economia mais sustentável está em curso e é urgente. Ao capacitar profissionais e empresas para esta transição, nomeadamente na sua componente financeira, estamos a contribuir para a melhoria do seu posicionamento estratégico e para o seu sucesso.”

 

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Anacom dá luz verde à compra da Nowo pela Digi Portugal

Apesar de considerar que o negócio não cria "entraves significativos à concorrência", o regulador das telecomunicações apresentou algumas preocupações quanto à operação.

A ANACOM, o regulador das telecomunicações, deu luz verde à operação de aquisição da dona da Nowo, a Cabonitel, por parte da Digi Portugal, considerando que a operação “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados de comunicações eletrónicas”. O entendimento já foi comunicado à Autoridade da Concorrência.

Em comunicado enviado às redações, a ANACOM “considera que a operação em causa pode eventualmente ter efeitos pró-concorrenciais no setor das comunicações eletrónicas e contribuir positivamente para o reforço da capacidade de a Digi exercer pressão concorrencial relevante, incrementando a dinâmica concorrencial no mercado, face ao nível existente, e contribuindo para uma maior eficiência na utilização de recursos escassos, nomeadamente o espetro radioelétrico.

Ainda assim, o regulador aponta alguns potenciais problemas. “A ANACOM tem algumas preocupações quanto à não existência de uma obrigação de desenvolvimento de rede associada ao espetro na faixa de frequências dos 3,6 GHz”, refere, destacando que a Digi poderá passar a controlar “uma quantidade de espetro nessa faixa que, se tivesse sido adquirida nos termos das regras definidas no leilão do 5G realizado em 2021, a sujeitaria a obrigações de desenvolvimento de rede, à semelhança do que aconteceu com os outros operadores – MEO, NOS e Vodafone”.

“A ANACOM poderá impor esta obrigação caso, após a concentração, haja lugar a um pedido de transmissão do espetro desta faixa de frequências entre a Nowo e a Digi. Caso não haja lugar a um pedido desta natureza, esta Autoridade espera que a empresa tenha a iniciativa de propor a assunção desta obrigação”, pode ler-se no mesmo comunicado.

A ANACOM identifica ainda “alguns obstáculos ou dificuldades associadas à obtenção, por parte da Digi, de inputs grossistas relevantes para a produção de serviços de comunicações eletrónicas aos utilizadores finais“, sendo que “parte destas dificuldades poderão ser obviadas com a aquisição da Cabonitel/Nowo, que tem contratos em vigor com base nos quais a última acede a este tipo de inputs”.

O regulador refere, porém, que parte ou a totalidade destes contratos poderão vir a ser objeto de renegociação caso a operação seja aprovada. Numa situação em que essas negociações resultem em condições menos favoráveis do que as existentes, “os clientes atuais da Nowo poderão ver a sua oferta piorada em termos relativos, algo que naturalmente preocupa o regulador setorial”.

“Neste contexto, espera-se que as opções comerciais da Digi, na sequência da operação de concentração, minimizem eventuais impactos que possam resultar dessas opções”, acrescenta. “Sem prejuízo, a acontecer, este efeito não resulta especificamente da concentração e, muito menos, de um aumento no poder de mercado da Digi resultante da mesma, podendo antes ser uma evidência de falta de poder de mercado/força negocial por parte da Digi/Nowo“, conclui a ANACOM.

A Digi Portugal anunciou, no início de agosto, que firmou um contrato com os donos da Nowo para comprar a operadora portuguesa por 150 milhões de euros, resolvendo temporariamente o problema do acesso aos conteúdos televisivos e ficando com mais espetro para lançar o 5G.

A confirmação surge poucas semanas depois de a venda da Nowo à Vodafone ter sido chumbada pela Autoridade da Concorrência, e um dia depois de o acionista da Nowo ter rompido um acordo para vender a mesma empresa à Media Capital.

(Notícia atualizada às 12:00)

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Fabricante da mesa de reuniões do Parlamento Europeu aumenta capacidade em Setúbal para conquistar Península Ibérica

A fábrica que produziu a mesa de reuniões do Parlamento Europeu, filial da francesa Egic Solutions, concentra agora toda a produção em Portugal. O objetivo passa por conquistar a Península Ibérica.

A Ergosteel de Setúbal acaba de duplicar a sua área de produção. A fábrica desta filial da Egic Solutions, um dos principais fabricantes de mobiliário informático em França desde 1961, adiciona 700 metros quadrados à área total, totalizando agora 1.280 metros quadrados. Com esta expansão, a produção passou a estar concentrada apenas em Portugal. Vão ser criados mais dez postos de trabalho. A empresa exporta 100% da produção, mas com a partir do crescimento agora concretizado, pretende afirmar-se na Península Ibérica.

“A casa mãe é em França e estávamos essencialmente a produzir para lá. Com esta ampliação, vamos concentrar em Portugal a produção e deixar de estar dependentes da casa mãe, porque tínhamos partes que eram produzidas em França”, explica ao ECO/Local Online Ana Garcês, diretora financeira da Ergosteel.

O reforço da operação em Setúbal visa ainda explorar novas oportunidades no mercado europeu, essencialmente na Península Ibérica, já que o mercado francês absorve 60% da produção, seguido da Bélgica, Luxemburgo e Suíça.

A Ergosteel já está a dar cartas em Portugal e em junho fez a primeira venda e montagem na sede do Novo Banco em Lisboa. Em França, a empresa fornece mobiliário de escritório para hospitais, bancos, esquadras de polícias, a empresa pública de caminhos de ferro SNCF, call centers, entre outros. A Ergosteel fabricou a mesa de reuniões do Parlamento Europeu, no Luxemburgo.

Fundada em 2020 por Pierre Soler e localizada no BlueBiz (Parque Empresarial Península de Setúbal), a Ergosteel emprega atualmente nove pessoas, mas prepara-se para contratar mais dez pessoas no âmbito desta expansão. As novas posições serão ocupadas no departamento comercial, armazém e infografistas.

Pierre Soler, fundador e presidente da Ergosteel e diretor da Egic

Para além da produção do mobiliário técnico, a Ergosteel comercializa componentes audiovisuais e conectividade, para formação, salas de reuniões, conferências e videoconferências.

As exportações portuguesas de mobiliário superaram os dois mil milhões de euros em 2023, um aumento de 11% face ao ano anterior e um máximo histórico. No topo da lista de melhores destinos para o mobiliário português — cluster que inclui indústrias como o mobiliário, a colchoaria, os têxteis-lar, a cutelaria, a cerâmica, a iluminação e a tapeçaria — estão França (com uma quota de 32%), Espanha (26%) e Alemanha, destino de 6% das vendas internacionais desta fileira.

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