Parlamento convida von der Leyen a apresentar colégio de comissários a 11 de setembro

O Parlamento Europeu convidou a presidente daa Comissão a apresentar o seu novo colégio de comissários a 11 de setembro. Bélgica foi o último a apresentar nome de candidato.

O Parlamento Europeu convidou a presidente da Comissão Europeia a apresentar aos líderes dos grupos parlamentares o novo colégio de comissários no dia 11 de setembro. A Bélgica era o último país que restava para anunciar o seu candidato e fê-lo esta segunda-feira, dois dias depois do prazo. Hadja Lahbib, ministra dos Negócios Estrangeiros, é candidata pelo país para integrar o próximo executivo comunitário.

“A Presidente do Parlamento Europeu [Roberta Mestola] convidou a Presidente da Comissão [Ursula von der Leyen] a apresentar a proposta de composição do colégio de Comissários à Conferência dos Presidentes, a 11 de setembro”, indica fonte oficial do hemiciclo em Estrasburgo ao ECO, detalhando que o momento servirá para “trocar impressões” entre as duas governantes “sobre a estrutura e as pastas propostas”, assim como dar início ao “processo de audições, assim que o Parlamento receber toda a documentação necessária”.

Durante uma conferência de imprensa esta segunda-feira, Arianna Podesta, porta-voz da Comissão Europeia desvalorizou a apresentação tardia do candidato belga, sublinhando que a data para a apresentação de candidatos (30 de agosto) “não tem um vínculo legal” e que o “processo está ainda a decorrer”. Ainda assim, a responsável pediu aos Estados-membros que ajudassem “a cumprir os prazos”, tendo em vista o final de outubro como data para a conclusão da formação de um novo colégio, para que a 1 de novembro a nova comissão entre em plenas funções, como previsto nos tratados.

Mas com uma lista de candidatos que fica aquém das ambições de paridade de Ursula von der Leyen, não é certo que a presidente apresente o novo executivo comunitário a 11 de setembro. Nem que apresente os nomes que foram formalmente anunciados pelos Estados-membros.

Esta segunda-feira, a Roménia corrigiu a proposta apresentada a 22 de agosto (Victor Negrescu), anunciando, em alternativa, a eurodeputada Roxana Mînzatu. O primeiro-ministro, Marcel Ciolacua, explicou que a alteração não se prende com a questão de género mas sim com o objetivo de assegurar um “portefólio de relevo” para o país, avança a edição da Euronews na Roménia.

“Vários Estados-membros comunicaram publicamente os candidatos. As entrevistas estão a decorrer. Nesta fase não posso fazer nenhum anúncio sobre qual será a composição do colégio nem quando será apresentado, apenas que o Parlamento Europeu enviou um convite“, sublinhou a porta-voz.

A 27 de julho, a presidente reeleita para a Comissão Europeia pediu que os Estados-membros apresentassem dois candidatos para integrar o próximo colégio de comissários: um homem e uma mulher. No entanto, além de a maioria dos países se ter recusado a submeter dois nomes (só a Bulgária respeitou o pedido de von der Leyen), a maioria sugeriu o nome de um homem para comissário. À data de hoje, fora a presidente alemã, há nove mulheres na corrida para integrar o próximo executivo comunitário (uma delas, Maria Luís Albuquerque) e 19 homens.

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Governo adequa conta satélite do mar e cria comissão de acompanhamento

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

O Conselho de Ministros decidiu ainda criar uma comissão de acompanhamento para analisar os aspetos técnicos para “a compilação da conta satélite do mar”.

O Conselho de Ministros decidiu adequar a conta satélite do mar às necessidades de avaliação da relevância da economia do mar para Portugal, determinando, por exemplo, a sua integração nas estatísticas portuguesas, e criou uma comissão de acompanhamento. A conta satélite do mar destina-se a apoiar a decisão em matéria de coordenação de políticas públicas para o mar e a monitorizar a estratégia nacional para o mar.

O Conselho de Ministros determinou assim, segundo uma resolução publicada em Diário da República, a integração permanente da conta satélite do mar nas estatísticas oficiais portuguesas, com periodicidade de três em três anos e estabelecer que, até 2026, é desenvolvida e articulada com esta conta a componente do “capital natural e dos serviços dos ecossistemas marinhos”.

A conta satélite do mar vai passar também a desagregar a sua informação ao nível territorial das NUTS I (continente e regiões autónomas). Por sua vez, a Direção-Geral de Política do Mar (DGPM) e o Instituto Nacional de Estatística devem cooperar para a produção e difusão dos resultados da conta.

O Conselho de Ministros decidiu ainda criar uma comissão de acompanhamento para analisar os aspetos técnicos para “a compilação da conta satélite do mar”, identificar as necessidades de informação, apoiar a inclusão da “componente do capital natural e dos serviços dos ecossistemas marinhos” e adequar a informação às necessidades de monitorização “do resultado das políticas públicas do mar e do respetivo contexto de base territorial”.

Esta comissão de acompanhamento tem ainda por missão apoiar e participar na divulgação de resultados da conta satélite do mar, promover e avaliar a participação dos organismos com atribuições na área do mar no fornecimento de dados para a conta e avaliar os mecanismos de acesso a dados por investigadores e investigações científicas.

A comissão de acompanhamento da conta satélite do mar é composta por dois representantes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que ficam encarregues da coordenação, por um representante do Serviço Regional de Estatística, dois da DGPM, encarregues da coordenação, um do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), um da Direção-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), um da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), um do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), um da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), um representante dos Açores e outro da Madeira.

Estes representantes devem ser designados no prazo de um mês. Podem ainda ser convidados a participar nos trabalhos desta comissão outras entidades que se considerem relevantes. Os participantes da comissão não recebem qualquer remuneração, subsídio ou senha de presença.

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Túnel planeado há 20 anos na Boavista não dá para ligar metro ao metrobus do Porto

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

"Ainda que o túnel estivesse totalmente concluído, o que não se verifica, o traçado não permitiria uma ligação funcional à estação Casa da Música e às futuras linhas Rosa e Rubi", diz Metro do Porto.

O túnel planeado há 20 anos para ligar a estação Casa da Música à da linha da Boavista do Metro do Porto, que não chegou a ser construída, não poderá ser usado para ligar ao metrobus, disse a empresa.

“Ainda que o túnel estivesse totalmente concluído, o que não se verifica, o seu traçado não permitiria uma ligação funcional à estação Casa da Música e, por inerência, às futuras linhas Rosa e Rubi”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial da Metro do Porto a questões da Lusa.

Em causa está um túnel planeado nos anos de 2004 e 2005 aquando dos planos para a construção da linha da Boavista do Metro do Porto (Casa da Música – Senhor de Matosinhos), que não chegou a ser construída.

“Esteve, de facto, prevista a existência de um túnel pedonal com o intuito de garantir a ligação entre a estação Casa da Música, o parque de estacionamento da Casa da Música e a linha da Boavista (que não chegou a ser construído)”, confirma a Metro do Porto à Lusa.

A mesma fonte acrescenta que “foram realizados trabalhos — designadamente de colocação de estacas e de construção da laje de cobertura (betonada sobre o terreno) do túnel, bem como desvios de redes — de forma a viabilizar o referido túnel“, mas “este não chegou a ser escavado e construído”.

De acordo com um descritivo do projeto do gabinete de engenharia GEG, que o elaborou, pretendeu-se integrar o percurso “na Casa da Música e na Rua 5 de Outubro, por intermédio de acessos exteriores”, num trajeto pedonal de 300 metros feito “por tapetes rolantes”.

A solução planeada à data “consistiu numa cortina de estacas com 0,60 m de diâmetro afastadas de 0,80 m”, uma estrutura de contenção “completa na fase de construção por uma laje de solidarização, que inclui vigas pré-esforçadas”.

Em causa esteve “o projeto de inserção do Metro numa zona emblemática da cidade — a Praça Mouzinho de Albuquerque, mais conhecida como rotunda da Boavista — projeto que consiste numa intervenção urbanística de fundo, que implicou a reabilitação da via rodoviária, jardim e passeios, concebida pelos arquitetos Siza Vieira e Souto Moura”.

A intervenção incluía “o planeamento urbano da zona envolvente, a reabilitação de um edifício com 500 metros quadrados para um café e restaurante, um túnel pedonal e o consequente desvio de todas as infraestruturas (rede de águas pluviais e drenagem de águas residuais, eletricidade, telecomunicações e gás)”.

A linha da Boavista, que à data custaria 90 milhões de euros, foi abandonada em 2008 e agora o percurso será feito por metrobus, um autocarro a hidrogénio que circulará em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com o automóvel na Avenida Marechal Gomes da Costa.

Além do túnel planeado na Boavista, a primeira fase do Metro do Porto levou também à construção de dois túneis no Hospital São João, que acabaram por ter outras finalidades.

“Foi construído um túnel, através do método Cut & Cover [trincheira], sob a rua Dr. Roberto Frias para o términus do Hospital de São João, sendo que, posteriormente, o mesmo poderia servir para a ligação da linha Hospital — Maia. Porém, com a construção da estação na localização atual, não foi possível concretizar o términus conforme previsto”, refere a Metro do Porto à Lusa.

O troço de túnel existente é atualmente usado para a passagem de cabos de ligação à SET (Sub-estação de Tração) na Areosa, sendo que “não esteve prevista uma estação subterrânea para este local, a estação esteve sim prevista a nascente, também à superfície, numa localização mais ao centro do hospital”.

“Foi também iniciado (mas não concluído) outro túnel, em frente à entrada para as urgências, que serviria para entrada das ambulâncias no hospital, sob o canal de metro”, aponta.

Questionada sobre se alguma destas infraestruturas poderá ser aproveitada numa futura expansão do Metro do Porto, fonte oficial da transportadora referiu que, “até ao presente, não está prevista a sua utilização em projetos futuros”.

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Francisco Proença de Carvalho sai oficialmente da Uría. Novo escritório no horizonte

A saída do sócio implica também o fim da associação entre a marca Proença de Carvalho e a marca Uría Menéndez. No linkedin, Proença de Carvalho deixa no ar a criação de um novo projeto de advocacia.

“Como anunciei há cerca de seis meses, o último dia do mês de agosto” foi também o meu último dia na Uría Menéndez. Tenho sido um privilegiado na advocacia”. Foi desta forma que o advogado Francisco Proença de Carvalho anunciou, na sua rede de Linkedin, que está oficialmente fora da Uría Menéndez.

“Nasceu em Portugal a marca Uría Menéndez – Proença de Carvalho. Foram 14 anos de grande sucesso coletivo. É um orgulho ter integrado esta equipa ibérica, especialmente pela oportunidade de conhecer pessoas extraordinárias de várias nacionalidades. Foi também uma oportunidade única de entender o funcionamento e a dinâmica da advocacia internacional”, disse o até aqui sócio da Uría Menéndez.

Proença de Carvalho anunciou a saída da Uría Menéndez em fevereiro, deixando agora em agosto a firma que integrou há 14 anos, no âmbito da fusão da Proença de Carvalho & Associados com o escritório ibérico. A saída do sócio implica também o fim da associação entre a marca Proença de Carvalho e a marca Uría Menéndez. Assim, a operar no mercado português sob a designação Uría Menéndez – Proença de Carvalho desde 2010, a partir deste mês de setembro, a sociedade de advogados volta a designar-se Uría Menéndez.

“Depois de mais de 20 anos de exercício da profissão e de 14 gratificantes anos na Uría Menéndez-Proença de Carvalho, decidi dar um novo rumo à minha carreira de advogado num modelo mais compatível com a minha vontade de conciliar a advocacia com outros interesses profissionais e pessoais“, sublinha Francisco Proença de Carvalho. “Tenho muito orgulho em ter feito parte da história deste projeto de referência na advocacia ibérica e agradeço à Uría Menéndez a oportunidade que me deu de crescer profissionalmente e de conhecer pessoas que marcaram a minha vida. Estou certo que manterei uma ligação de amizade e admiração com esta casa. Restam-me cerca de 6 meses de ligação à Uría e, oportunamente, anunciarei o meu novo e entusiasmante desafio profissional”.

Francisco Proença de CarvalhoHenrique Casinhas 14 outubro 2019

Sócio do departamento de contencioso, penal e arbitragem da Uría Menéndez – Proença de Carvalho (UM-PC), o advogado esteve na Uría há 14 anos. O advogado de Ricardo Salgado e coordenador do Rock ‘n’ Law durante dez anos esteve ainda nos casos BCP, BPP, CTT, no caso das Secretas e defendeu o economista canadiano Peter Boone num caso de manipulação da dívida pública portuguesa. É também advogado de empresas e pessoas singulares em processos civis, arbitragens e na área da criminalidade económico-financeira. Francisco Proença de Carvalho ingressou na Uría Menéndez – Proença de Carvalho em abril de 2010, na sequência da fusão da Proença de Carvalho & Associados, de que era sócio, com a Uría Menéndez.

Bernardo Ayala e Antonio Villacampa, sócios diretores do escritório em Portugal, defendem que “a integração da firma Proença de Carvalho teve uma relevância inquestionável na consolidação do projeto da Uría Menéndez em Portugal. O Francisco tem demonstrado sempre excelentes qualidades profissionais e pessoais. Compreendemos os motivos da sua decisão. Agradecemos o seu trabalho e a lealdade ao projeto, desejando-lhe as maiores felicidades para o seu futuro”, segundo comunicado enviado pelo escritório.

“Decidi sair da Uría Menéndez e trazer comigo a marca ‘Proença de Carvalho’. É com entusiasmo que começo agora a construção de uma nova fase da minha vida profissional como advogado, mas não só”, diz o advogado, deixando no ar que estará a preparar um novo projeto de advocacia. “Convicto de que vou ter oportunidades, desafios e experiências que agora nem vislumbro, mas que a existência nos vai proporcionando. Com equilíbrio. Uma das vantagens da advocacia é que podemos exercer em diferentes modelos sem que isso nos retire o valor de ‘ser advogado’. Muito obrigado a todos os que têm confiado em mim ao longo destes anos, especialmente aos meus clientes e aos (agora ex) colegas da Uría Menéndez”, conclui Proença de Carvalho, no mesmo post da rede social.

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Manie levanta 100 mil euros para ajudar a reduzir custos de energia

Startup que criou plataforma que ajuda clientes particulares e empresariais a reduzir custos de energia tem Espanha, Itália e França na mira para internacionalização.

Da esquerda para a direita está: José, Francisco, André e João.

A startup portuguesa Manie acaba de fechar uma ronda pré-seed de 100 mil euros junto da venture capital (VC) alemã Heartfelt (ex APX) para ajudar a cortar custos com os contratos de energia. Até ao final do ano a startup, fundada por antigos responsáveis do Compara.Já, quer atingir os 10 mil clientes. No próximo ano, quer avançar com uma ronda seed de mais de 500 mil euros e já aponta mira a mercado externo: Espanha, Itália e França.

“Angariamos, até à data, 100.000 euros com a Heartfelt (antiga APX), uma VC alemã”, adianta André Pedro, cofundador da Manie, ao ECO. “Apontamos começar a expansão no primeiro semestre de 2025. O nosso plano passa por fazer uma ronda seed, no primeiro trimestre de 2025, já acima de 500,000 euros”, refere.

O hub de energia – como se apelida a empresa que criou uma plataforma que ajuda clientes particulares e empresariais a reduzir custos de energia através da mudança de contratos para um comercializador mais vantajoso – arranca em setembro, mas já tem como objetivo a sua internacionalização. “Espanha será o mercado de arranque, com Itália e França como mercados seguintes”, adianta um dos quatro cofundadores da Manie, juntamente com João Melo, o Francisco Ferreira e o José Sá.

A empresa arranca nesta fase apenas com a equipa de fundadores, profissionais com ligação ao setor de empreendedorismo. André Pedro e João Melo foram administradores do ComparaJá, o Francisco Ferreira foi head of product do ComparaJá e global product manager da Seedrs/Republic e José Sá senior developer da Seedrs/Republic.

“Até ao final do ano estamos a planear contratar um developer e um especialista em marketing digital”, descreve André Pedro. Neste momento, a Manie está instalada no Greenhub da Startup Lisboa. “A plataforma já funciona e dirige-se tanto para B2C como para B2B (SME ou empresas que adquiram energia). Já temos algumas centenas de clientes e faremos o lançamento público durante o mês de setembro”, diz.

Promete ajudar os consumidores a reduzir os seus custos de energia, ajudando-os online a mudar de comercializador de energia. “Nesta fase de lançamento temos dois produtos – o Switch e o Autoswitch. No Switch, o utilizador consegue, apenas com uma fatura e com uma jornada totalmente online, alterar o seu comercializador de eletricidade em apenas dois minutos, sem chamadas nem documentação offline”, explica.

Já através do “Autoswitch, o utilizador ativa o nosso serviço que acompanha diariamente o mercado e troca o utilizador de comercializador, de forma totalmente automática, sempre que exista uma oferta melhor no mercado, para as preferências escolhidas anteriormente pelo utilizador”, continua.

“O facto de ser um produto totalmente online, sem call centers ou chamadas frias já é algo inovador face aos comparadores existentes no mercado. No entanto, o produto de Autoswitch é um produto completamente novo no mercado em Portugal (e em grande parte dos países europeus) em que alteramos automaticamente o contrato pelo utilizador, sempre que haja uma oferta melhor para as preferências escolhidas pelo utilizador”, diz quando questionado sobre o que a Manie oferece de diferenciador face a outros comparadores online no mercado.

O modelo de negócio assenta em dois pilares: a subscrição – “paga pelos utilizadores que escolham o modelo de autoswitch pro e pelas empresas que adiram ao nosso serviço” e pela “comissão paga pelas comercializadoras com as quais temos parceria”.

A empresa tem como objetivo “chegar aos 10.000 clientes até ao final do ano em Portugal”.

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Candidaturas para apoio ao transporte ferroviário de mercadorias decorrem em outubro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Setembro 2024

Período de candidaturas para apoio de nove milhões de euros relativo a este ano decorre durante o mês de outubro. A partir de 2025, e até 2028, as candidaturas serão em março.

As candidaturas ao apoio anual de nove milhões de euros dirigido ao setor do transporte ferroviário de mercadorias decorrem entre os dias 1 e 31 de outubro, de acordo com um despacho publicado esta segunda-feira no Diário da República. A partir de 2025, as empresas terão de apresentar a candidatura num prazo de 30 dias a contar desde 1 de março de cada ano.

A medida extraordinária, que prevê uma ajuda financeira de nove milhões de euros por ano até 2028 (atribuído com base num valor de 0,07 euros por tonelada-quilómetro transportada) para incentivar a sustentabilidade ambiental e o transporte de mercadorias pela ferrovia, foi anunciada no início de julho, após receber aprovação da Comissão Europeia, tendo sido depois aprovada a 8 de agosto em Conselho de Ministros.

No despacho agora publicado, que cria o subsídio global de 45 milhões de euros por um período de cinco anos, o Governo detalha que “apenas pode ser apresentada uma candidatura por entidade beneficiária e por ano civil”. Cada candidatura deve incluir “as toneladas-quilómetro (t/km) produzidas por locomotiva para as quais é solicitado o apoio, não podendo a mesma locomotiva ser objeto de apoio em mais do que uma candidatura, por ano civil”.

Para se candidatarem ao apoio financiado pelo Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), os operadores de transporte ferroviário abrangidos têm de preencher o formulário de candidatura que será disponibilizado pelo instituto público no seu website, fornecendo informações como uma declaração sob compromisso de honra, a certidão permanente e o comprovativo de IBAN. As candidaturas têm de ser enviadas em formato digital para o endereço elétrico que aparece no edital de candidatura.

Depois, o IMT terá 30 dias para avaliar as candidaturas e pronunciar-se sobre a validade das mesmas ou solicitar esclarecimentos adicionais. De acordo com o despacho, “a análise de elegibilidade decorre da validação da informação transmitida pelo candidato, que deverá conter, para o ano de 2024 e subsequentes, a listagem de todos os comboios realizados no ano anterior, indicando o respetivo número de comboio emitido pela IP [Infraestruturas de Portugal], a data de início de marcha, o número de t/km percorrido nesse itinerário, o tipo de tração (elétrica ou diesel) e a série da locomotiva titular”.

As empresas candidatas ao apoio, que será pago de uma única vez, serão notificadas pelo IMT se a respetiva candidatura é “elegível” ou “não elegível”, bem como do montante de apoio a receberem, sendo concedido um prazo de dez dias úteis para se pronunciarem quanto ao montante, ou, aceitando esse valor, para apresentação do termo de aceitação, indica o despacho.

O despacho assinado pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, estipula ainda a fórmula para calcular o subsídio a atribuir a cada empresa, cujo montante irá corresponder ao valor total do apoio (nove milhões de euros) multiplicado pela soma do número de t/km por locomotiva realizadas pelo operador no ano anterior (n-1), que será depois dividido pelo somatório global do número de t/km por locomotiva realizadas no ano anterior (n-1) pelo universo de operadores presentes no mercado.

Acresce que, segundo a Resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República em 23 de agosto, mas assinada pelo primeiro-ministro no dia 8 do mesmo mês, as empresas operadoras de transporte ferroviário de mercadorias que venham a beneficiar deste apoio vão ter de refletir essa ajuda no preço aos clientes e em melhores condições de serviço.

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Reclamações contra operadoras caem 9% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

A reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre em termos homólogos e 11% no acumulado do primeiro semestre.

As reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre em termos homólogos, sobretudo devido à quebra nas queixas sobre comunicações eletrónicas, mas as relativas aos serviços postais aumentaram 10%, anunciou a Anacom.

De abril a junho, o regulador das comunicações registou cerca de 23.200 reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 9% do que em igual período de 2023.

Esta descida foi sobretudo impulsionada pela redução de 18% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, para 14.200, enquanto as reclamações sobre serviços postais registaram um novo aumento homólogo, de 10%, para 9.000.

Nas reclamações relativas a comunicações eletrónicas, a Nos foi o prestador que registou mais reclamações neste trimestre, tanto em termos absolutos como relativos, com 5.400 queixas, menos 11% em termos homólogos e 1,9 reclamações por 1.000 clientes. Segundo a Anacom, a Nos é responsável por 38% das reclamações do setor.

Segue-se a Vodafone, responsável por 34% das reclamações do setor e o operador com a maior redução do número de reclamações no trimestre – 23% -, registando 4.900 queixas e 1,3 reclamações por 1.000 clientes.

Já a Meo foi o prestador que registou o menor número de reclamações no setor: 3.500, representando 25% do total e uma queda homóloga de 21%, o que se traduz em 0,7 reclamações por 1.000 clientes.

Considerando o conjunto dos primeiros seis meses do ano, foram registadas 48.400 reclamações sobre serviços de comunicações, menos 11% em termos homólogos.

Deste total, 30.000 reclamações respeitam a comunicações eletrónicas (62% do total), menos 20% do que no mesmo período do ano anterior, enquanto os serviços postais foram responsáveis por 18.400 reclamações, mais 12% face ao período homólogo, e representam 38% do total.

Na análise semestral, a Nos foi também o prestador com o maior número de reclamações em termos absolutos e por 1.000 clientes, seguindo-se a Vodafone e a MEO, que continua a ser o operador menos reclamado.

De acordo com o regulador, as falhas no serviço de acesso à internet fixa foram o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, respondendo por 1.760 reclamações (12% do total do setor) no segundo trimestre do ano. São também o motivo com maior peso no primeiro semestre do ano, com 3.700 queixas.

Os outros motivos mais reclamados foram a demora ou não resolução de reclamações, a demora ou reparação deficiente de serviços e as dificuldades no exercício do direito de livre resolução dos contratos.

No setor dos serviços postais, os CTT foram responsáveis por 7.600 (85% do total) das 9.000 reclamações registadas no segundo trimestre deste ano, o que traduz um aumento de 9% em comparação com o mesmo período de 2023.

A DPD é responsável por 7% das reclamações e o segundo operador postal mais reclamado, com 600 queixas no trimestre, menos 2% em termos homólogos.

O conjunto de outros prestadores postais menos reclamados (UPS, General Logistics, CEP II, DHL, VASP Premium, Logista, Ibercourier, TNT, entre outros) representou cerca de 8% das reclamações do setor e viu aumentar as reclamações neste período em 29%.

A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais reclamado nos serviços postais (17% do total de reclamações do setor) no segundo trimestre de 2024, sendo que os atrasos na entrega de correio normal nacional e o extravio de correio registado nacional foram os motivos que mais aumentaram face ao mesmo período de 2023.

Os dados da Anacom apontam ainda que, no conjunto do primeiro semestre, das 18.400 reclamações registadas sobre serviços postais, os CTT foram alvo de 15.400 ou 84% do total.

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Custos controlados na habitação são “excelente modelo para pressionar mercado a baixar os preços”, diz Ribau Esteves

Presidente da autarquia afirma que "mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços".

A construção a custos controlados é uma solução para minimizar a crise habitacional que Portugal enfrenta, impulsionada pela subida contínua dos preços das casas e das rendas e pela escalada das taxas de juro. Aveiro não é exceção com o metro quadrado a custar entre 3.500 a 4.000 euros. O presidente da câmara municipal afirma que “o município precisa de habitação acessível” e que o “mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços”.

Ribau Esteves explica ao ECO que os “preços de habitação a custos controlados comparada com o mercado normal é duas a três vezes inferior”. O autarca reforça que “incentivar as construtoras a apostar em habitações a custos controlados é um trabalho institucional muito forte” e exemplifica que uma “empresa em custos controlados ganha entre 12 a 15% e que uma empresa a trabalhar para o mercado médio e médio alto ganha 50 a 60%”.

O mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços.

José Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Para fazer frente à crise na área da habitação, vai ser inaugurado esta segunda-feira o primeiro bloco de 32 apartamentos de habitação a custos controlados, de tipologia T1, T2 e T3, localizados na Quinta da Pinheira, em Aradas, com o metro quadrado a custar cerca de 1.500 euros.

Ribau Esteves explica que o “preço máximo de venda está definido pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), mas contabiliza que um T1 com garagem custa 131 mil euros, um T2 (158 mil euros) e um T3 (199 mil euros). “Um T3 nesta urbanização custa 199 mil euros com garagem e 179 mil sem garagem. Atualmente comprar um apartamento desta tipologia em Aveiro por menos de 500 a 600 mil euros não é possível”, reforça o autarca.

O projeto na Quinta da Pinheira, que arrancou em setembro de 2021 e deverá estar concluído até final de 2025, engloba um total de 320 apartamentos e resulta de um investimento privado de 50 milhões de euros por parte da Encobarra Engenharia, com o apoio do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e da Câmara de Aveiro, que isentou as taxas de licenciamento. Os 320 apartamentos serão agrupados em dez blocos de quatro pisos, sendo 90 apartamentos T1, 152 apartamentos T2 e 78 apartamentos T3. A urbanização vai contar com arruamentos, estacionamento, complexo desportivo, parque infantil e áreas verdes envolventes.

Na prática, os apartamentos podem ser comprados por todos, mas a câmara estabeleceu um normativo, que o ECO teve acesso, com alguns critérios, entre os quais obriga a construtora a dar preferência na alienação de 50% das habitações a pessoas naturais de Aveiro e que residam e trabalhem no município há mais de dois anos.

O comprador não pode vender o apartamento durante cinco anos e caso seja comprado por um investidor o mesmo só o pode arrendar no máximo por 500 euros, isto no caso de um T2, tendo em conta que se trata de habitação a custos controlados.

Ribau Esteves detalha que a autarquia vai construir uma acessibilidade direta que vai ligar a urbanização à estrada nacional. O projeto está em fase de licenciamento e representa um investimento de 1,2 milhões de euros. O autarca adianta que o objetivo é ter concluído o nó de acesso até ao final do próximo ano, a par com a data de finalização do projeto de 320 apartamentos.

Para além destes 320 apartamentos, o presidente do município de Aveiro detalha que vão ser construídos 50 fogos a custos acessíveis pela construtora Casal, em Aradas e Santa Joana, um projeto já licenciado pela autarquia que visa a construção industrializada, uma solução que a construtora liderada por António Carlos Rodrigues tem vindo a apostar.

O terreno da antiga unidade industrial, a Luzoestela, junto à Estação ferroviária de Aveiro, vai ser convertido num empreendimento de 108 fogos de custos controlados, um investimento de 19 milhões de euros promovidos pelo IHRU. Paralelamente, a autarquia quer vender um terreno em Santo Bernardo que contempla mais 120 fogos.

José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro

O presidente da Câmara de Aveiro realça em entrevista ao ECO que os maiores desafios que Portugal, e consequentemente a região, enfrentam prendem-se com a falta de habitação a custos controlados, escassez e falta de mão-de-obra qualificada e formação técnica.

O que precisamos em Aveiro é habitação a custos controlados. Neste momento estamos a falar de 500 fogos, alguns em desenvolvimento de projetos e conquista de investidores e outros prontos a habitar”, destaca o autarca de Aveiro. Ribau Esteves afirma ainda que a “filosofia em Aveiro passa por suscitar o interesse do mercado privado e apoiar as empresas para que invistam em habitação a custos controlados”.

A nossa filósofa em Aveiro passa por suscitar o interesse do mercado privado e apoiar as empresas para que invistam em habitação a custos controlados.

José Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, assegurou que a meta nacional dos 26 mil fogos reabilitados ou construídos, contratualizada com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é para cumprir” até 2026. Uma meta, na ótica de Ribau Esteves, “muito difícil de alcançar”.

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Jorge Sobrado lidera comissão para incentivos à leitura e à comunicação social

  • + M
  • 2 Setembro 2024

Jorge Sobrado sucede a Célia Ramos, que tinha sido nomeada para a função em dezembro de 2020, data em que era também vice-presidente da CCDR-Norte.

Jorge Sobrado é o novo responsável por presidir à comissão de acompanhamento dos regimes de incentivo à leitura de publicações periódicas e dos incentivos do Estado à comunicação social. O vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) sucede a Célia Ramos, que tinha sido nomeada para a função em dezembro de 2020, data em que era também vice-presidente da CCDR-N.

Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI), Jorge Sobrado assumiu a vice-presidência da CCDR-N em fevereiro deste ano, sendo também docente na Universidade Lusófona do Porto.

Em 2021 e 2022, segundo o seu perfil de LinkedIn, foi dirigente da CCDR-N com as responsabilidades de Estratégia e Relações Institucionais, e de coordenação das estratégias regionais de Cultura e Turismo, e entre 2017 e 2021, foi vereador da Cultura, Património, Turismo e Marketing Territorial do Município de Viseu, onde trabalhava desde 2013, como adjunto do presidente da Câmara. Exerceu também o cargo de diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, no Município do Porto, onde foi ainda diretor municipal de Cultura e Património.

A Jorge Sobrado, segundo a publicação em Diário da República, junta-se Luísa Cipriano (efetiva) e Susana Liberato (suplente), enquanto representantes do Ministério das Finanças, bem como Nuno Estanqueiro Dias (efetivo) e Rita Romão (suplente), que são os representantes do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais. Rui Delgado (efetivo) e Charlotte Simões (suplente) são os representantes do membro do Governo responsável pela área da comunicação social, ou seja, de Carlos Abreu Amorim, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

Por parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses, a representação é feita por Mário Constantino Lopes, presidente da Câmara Municipal de Barcelos (efetivo) e Manuel Cordeiro, presidente da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira (suplente).

Vítor Almeida é o elemento designado pela Associação Portuguesa de Imprensa, enquanto Sandra Reis Coixão (efetivo) e Olga Melo (suplente) representam a Associação Portuguesa de Radiodifusão.

Os elementos designados pela Associação de Imprensa de Inspiração Cristã são Luís Carlos Fonseca (efetivo) e António Gonçalves Rodrigues (suplente), ao passo que Nuno Cruz Inácio (efetivo) e Miguel Guarda (suplente) são os elementos que representam a Associação das Rádios de Inspiração Cristã.

Eduardo Costa, presidente da direção do Jornal Correio de Azeméis (efetivo) e Álvaro Neto, vogal da direção do Jornal Gazeta Paços de Ferreira (suplente) são os elementos designados pela Associação Nacional de Imprensa Regional.

O incentivo à leitura de publicações periódicas consiste na comparticipação dos custos de expedição de publicações periódicas suportados pelos assinantes mediante o seu pagamento aos operadores postais em regime de avença. Já o regime de incentivos do Estado à comunicação social permite a concessão de incentivos para a modernização administrativa o desenvolvimento digital, a acessibilidade à comunicação social, o desenvolvimento de parcerias estratégicas e a literacia e educação para a comunicação social.

Cabe às diferentes CCDR a instrução dos procedimentos de atribuição dos incentivos, bem como a decisão final da sua atribuição, nas respetivas áreas geográficas de atuação.

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Rodrigo Albuquerque troca Arena Media pelo GroupM

Nos últimos 11 anos diretor-geral da Arena Media, agência do grupo Havas, Rodrigo Albuquerque inicia funções como 'chief growth officer' do GroupM, a holding de media liderada por Francisco Teixeira.

Rodrigo Albuquerque deixou a Arena Media, agência da Havas Media Network, da qual foi diretor-geral nos últimos 11 anos. O profissional, há quase duas décadas na holding de agências de meios liderada por Fernanda Marantes, trocou o grupo Havas pelo WPP, no qual ingressa com a função de chief growth officer do GroupM.

Rodrigo Albuquerque vai assim trabalhar transversalmente com a Wavemaker, Mindshare e Essence MediaCom, as principais agências de meios da WPP. “Venho com muita ambição e energia para contribuir para o crescimento do grupo. Estou muito entusiasmado com este projeto, que está totalmente alinhado com a minha visão sobre os atuais desafios e as oportunidades que as marcas enfrentam nos dias de hoje”, diz citado num comunicado interno ao qual o +M teve acesso.

“É um privilégio podermos contar com o Rodrigo. Com a sua experiência, o conhecimento e o reconhecimento que tem no mercado português. No GroupM tratamos o nosso talento como a nossa saúde: nunca é demais, temos muito talento, estamos sempre abertos a reforçá-lo“, acrescenta na mesma nota Francisco Teixeira, que lidera o grupo desde abril do último ano.

A saída de Rodrigo Albuquerque do grupo Havas foi oficializada no LinkedIn. “Foi das decisões mais difíceis da minha vida, por tudo o que me une a este grupo e muito concretamente a esta grande marca que é a Arena Media. Crescemos juntos, eu e a Arena. Aceitámos os defeitos e as virtudes um do outro, a família e os amigos um do outro. Momentos menos bons, que já esqueci, e momento fantásticos que nunca esquecerei. Clientes fantásticos, parceiros de media leais, prémios, vitórias, conquistas de new business, noitadas e fins de semana de trabalho, retenções de clientes difíceis, onboardings de novos clientes, dores de crescimento saudáveis, uma equipa fantástica de grandes profissionais, mas acima de tudo, de pessoas com valores e princípios, uma chefe fantástica, amigos de 20 anos, enfim, um longo caminho de crescimento, absolutamente inesquecível”, escreveu o Rodrigo Albuquerque num longo texto de despedida.

“Gosto pouco de gabarolice, mas… fecho de 2023 em nº 1 no ranking de investimentos publicitários e uma das agências mais premiadas da nossa indústria. E não menos importante, um ambiente e cultura saudável e uma equipa maravilhosa, preparada para o presente e para o futuro”, prossegue Rodrigo Albuquerque.

No grupo desde 2005, o profissional ingressou na Arena como new channels manager, passou a client services director em 2010 e a diretor executivo três anos depois, assumindo em janeiro de 2019 o cargo de managing director.

No acumulado dos primeiro sete meses do ano, e de acordo com dados MediaMonitor, a Arena Media é a segunda maior agência de meios do país, tendo entre os seus clientes marcas como a Worten, a Nos e o Continente.

Entretanto contactada pelo +M, Fernandas Marantes, CEO da Havas Media, explicou que no imediato a Arena Media está a ser assumida por si. “Muito em breve teremos também notícias para dar ao mercado“, acrescenta.

 

 

*Notícia atualizada às 13h05 com declaração de Fernanda Marantes

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Metro do Porto lança concurso de 72,6 milhões para 32 veículos com condução automática

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

Em causa está um concurso público com um valor base de 72,6 milhões, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.

A Metro do Porto lançou um concurso público de 72,6 milhões de euros para adquirir 22 novos veículos, mais 10 de opção, que poderão permitir a sua condução automática, foi publicado esta segunda-feira em Diário da República (DR).

De acordo com um anúncio publicado esta segunda-feira em Diário da República, em causa está um concurso público para o fornecimento e manutenção de material circulante para a rede do Metro do Porto, com um valor base de 72,6 milhões de euros, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.

De acordo com o caderno de encargos, está previsto o fornecimento e a manutenção de 18 dos 22 veículos com CBTC (‘Communication Based Train Control’, ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), o que possibilitará, eventualmente, a condução dos veículos de forma automática.

A Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) está a ser construída com CBTC, sistema que pode vir a permitir a condução sem recurso a maquinista naquele troço.

Os restantes quatro veículos do concurso público terão de ter instalado ATP (‘Automatic Train Protection’, Proteção Automática de Comboio, em português).

Porém, a transportadora poderá também optar pela instalação de ATP em 10 veículos e CBTC noutros 10, e “neste caso, dois veículos dos 22 fornecidos acumularão ATP e CBTC instalados pelo adjudicatário e fornecidos pela empresa”, segundo o caderno de encargos.

Neste concurso público, o fator com a ponderação mais elevada como critério de adjudicação é o design, com 45%, seguindo-se a valia técnica com 30% e o preço no final, com 25%.

Os concorrentes têm até 13 de novembro para apresentar propostas, e, após adjudicação e notificação do visto do Tribunal de Contas, o adjudicatário tem um ano e meio para fornecer o primeiro veículo do total da encomenda, seguindo-se um ritmo de três veículos por mês.

O programa de fundos europeus Sustentável 2030 prevê 34 milhões de euros para a Metro do Porto adquirir até 32 novos veículos, devendo o aviso para a candidatura ser lançado até final do ano, consultou a Lusa.

Em outubro do ano passado, o anterior Governo autorizou a Metro do Porto a gastar até 82,9 milhões de euros para adquirir 22 novas composições, mais 10 de opção, valor que inclui 8,6 milhões para manutenção.

“A aquisição das 22 composições (…) implica a execução financeira em mais de um ano económico, entre 2024 e 2026, inclusive, num montante máximo de 74.242.000,00 euros, valor a que acresce o imposto sobre valor acrescentado à taxa legal em vigor”, pode ler-se no texto publicado à data.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros, a aquisição de novas composições visa “garantir a frota necessária à operação” da futura Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio), bem como “reforçar a oferta na restante rede de transportes”.

Os 18 veículos entretanto comprados à chinesa CRRC Tangshan já estão em operação. A Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.

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Sá e Cunha critica passividade da bastonária quanto ao órgão de supervisão da Ordem dos Advogados

Em julho, o Conselho Geral - liderado pela bastonária - aprovou o Projeto de Regulamento do Conselho de Supervisão, o órgão que ficará responsável pela legalidade da atividade dos membros da OA.

O presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados considera uma “aberração” a criação, no novo Estatuto da Ordem dos Advogados, de um órgão com as atribuições, competência e a composição do Conselho de Supervisão. Assim como “é uma aberração a inclusão de membros não advogados em órgãos disciplinares da Ordem, como sejam o Conselho Superior e os Conselhos de Deontologia”, diz Paulo de Sá e Cunha.

A Ordem dos Advogados (OA) vai passar a ter um “orgão de supervisão”, que servirá para controlar a sua atividade — com competências disciplinares, de regulamentação do estágio ou a pronúncia sobre propostas de lei – e em que os advogados não só não terão maioria como nem sequer a ele poderão presidir. Em causa o diploma relativo à regulamentação das Ordens Profissionais, aprovado ainda no tempo do Governo socialista.

Em julho, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária da Ordem dos Advogados – aprovou o Projeto de Regulamento do Conselho de Supervisão, o novo órgão que ficará responsável pela legalidade da atividade exercida pelos órgãos da OA.

Mantém-se a previsão contestada pela Ordem de nove membros não advogados e sem inscrição na OA, um deles presidente (com voto de qualidade), face a seis membros advogados inscritos, que ficam assim em minoria.

Numa clara crítica a Fernanda de Almeida Pinheiro e à sua equipa, o advogado defende ainda que “as aberrações combatem-se com determinação, devendo ativamente promover-se a urgente alteração da Lei e a reposição da autonomia e independência da Ordem dos Advogados, valores que sempre foram seu apanágio, mesmo nos sombrios tempos do regime totalitário anterior a 25 de Abril de 1974. Este deveria ser – à frente ou a par de outros, bem mais discutíveis – um dos desígnios inquebrantáveis da Bastonária e do Conselho Geral. Lamentavelmente, não vejo, a este respeito, a manifestação de qualquer atuação por parte de V. Exas. Ao menos com o vigor e o empenhamento que vejo posto em outros empreendimentos, bem mais discutíveis – repito – e certamente menos prementes do que este”, acusa Paulo de Sá e Cunha.

O advogado critica ainda que o Conselho Geral pretende autoatribuir-se a competência para designar os titulares do Conselho de Supervisão transitório (até à realização de novas eleições na OA) e que incorre, assim, “numa verdadeira aberração – risco que, já no início, se havia advertido de que iria ocorrer. A meu ver, só um diploma legal ou regulamentar poderá dar cumprimento ao preceituado no art.º 5.º, n.º 3 Lei n.º 6/2024, de 19 de Janeiro. Sendo certo que a lei é indecifrável a este respeito. Porém, outra conclusão não se poderá harmonizar com o sentido objetivo do regime transitório, que apenas concedeu à Ordem dos Advogados a faculdade de optar pela antecipação de eleições para todos os seus órgãos”.

“Termino, concluindo que, pelo menos, o art.º 10.º do Projeto de Regulamento, no que respeita à designação dos titulares do Conselho de Supervisão transitório é manifestamente ilegal, por incompetência do Conselho Geral para regulamentar esta matéria. Pela mesma razão, admito como possível que o Projecto de Regulamento do Conselho de Supervisão seja, in totum, ilegal”, diz Paulo de Sá e Cunha.

O Projecto de Regulamento do Conselho Geral, ao pretender autoatribuir-se a competência para designar os titulares do Conselho de Supervisão transitório incorre, assim, numa verdadeira aberração – risco que, já no início, se havia advertido de que iria ocorrer. A meu ver, só um diploma legal ou regulamentar poderá dar cumprimento ao preceituado no art.º 5.º, n.º 3 Lei n.º 6/2024, de 19 de Janeiro. Sendo certo que a lei é – como acima apontei – indecifrável a este respeito”.

Paulo de Sá e Cunha

 

Como será então a Composição do Conselho de Supervisão?

É composto por 15 membros com direito de voto, nos seguintes termos:

  • Seis membros advogados inscritos na OA. Estes membros são eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas. Apenas podem ser eleitos ou designados como membros inscritos na OA os advogados com inscrição em vigor que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício da profissão;
  • Seis membros de universidades, sem inscrição na OA, eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas e que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício profissional na área jurídica;
  • Três membros escolhidos pelos 12 membros do órgão, por maioria absoluta, com “reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a advocacia“. Ou seja, que tenham exercido, pelo menos 10 anos atividades profissionais como a de magistrado, conservador, notário, docente universitário de Direito, juiz de paz, jurista ou consultor jurídico.
Paulo de Sá e Cunha em entrevista ao ECO/AdvocatusHenrique Casinhas/ECO

No que toca aos critérios de elegibilidade dos “não inscritos”, o presidente do Conselho Superior da OA considera que se prescinde “de critérios suscetíveis de revelar especial mérito dos profissionais em causa, bastando-se – repita-se – com a presunção decorrente da antiguidade. Veja-se os casos de “magistrados” ou de “docentes universitários de Direito”, para não mencionar os já referidos “juristas ou consultores jurídicos”. E seria muito simples apertar a malha. Bastaria, por exemplo, exigir-se a condição de magistrado judicial nos tribunais superiores (ou magistrado do Ministério Público de hierarquia equivalente) ou de docentes universitários com o grau de mestre ou de doutor. O mesmo se poderia exigir – grau de mestre ou de doutor – para os juristas ou consultores jurídicos, se afastados da docência universitária. Mas não. Basta o mérito por antiguidade no exercício da função, critério consabidamente falho de significado substancial e, pelo contrário, adequado a acobertar todo o tipo de favorecimentos e amiguismos”.

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