Merck oferece apoio à fertilidade aos trabalhadores que tem em Portugal

Pacote de benefícios ligados à fertilidade já estava disponível para outras equipas da Merck, mas agora portugueses também passam a ter acesso. Abrange, por exemplo, tratamento de infertilidade.

Mais trabalhadores da Merck vão ter acesso, a partir de agora, ao programa de apoio à fertilidade, que cobre, por exemplo, tratamentos de infertilidade feminina e masculina e testes de fertilidade. Desde outubro que alguns trabalhadores da empresa alemã já tinham este benefício, mas várias equipas estavam de fora. A partir de agora, passam a estar abrangidos 27 mercados adicionais, incluindo a equipa portuguesa.

“A Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, acaba de anunciar a expansão do seu programa ‘Benefícios de fertilidade’ a 27 mercados adicionais, incluindo o de Portugal. A Merck oferece agora benefícios de fertilidade em cerca de 50 mercados, cobrindo 98% da população global de funcionários da empresa“, anunciou esta segunda-feira a empresa, num comunicado.

Este programa está disponível tanto para os trabalhadores como para os companheiros, “independentemente do estado civil e da sua orientação sexual”. São abrangidos, nomeadamente, tratamentos de preservação da fertilidade, testes de fertilidade e tratamentos de infertilidade masculina e feminina.

“Em todo o mundo, uma em cada seis pessoas irá enfrentar a questão da infertilidade. Como líder de longa data na área da fertilidade, na Merck, compreendemos o impacto financeiro e emocional que esta viagem pode ter no indivíduo, bem como na família. Estamos muito entusiasmados com o lançamento deste conjunto de benefícios na área da fertilidade em Portugal”, sublinha o CEO do ramo português desta empresa, Pedro Moura.

Segundo o responsável, a expansão deste programa para Portugal demonstra também o empenho em “construir uma organização mais diversa, equitativa e inclusiva“. “Consolida o nosso compromisso em ajudar os colegas que querem construir uma família e não conseguem”, afirma Pedro Moura.

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Rádio Observador chega a Leiria. “Queremos claramente liderar dentro da informação”, aponta Rudolf Gruner

"O primeiro passo é ultrapassar a TSF. Depois, pouco a pouco, queremos 'roubar' ouvintes às rádios de música", afirma em conversa com o +M Rudolf Gruner, diretor-geral do Observador.

Rudolf Gruner, diretor-geral do ObservadorHugo Amaral

As cidades de Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Peniche e Pombal já têm acesso à Rádio Observador em FM. “É uma faixa importante do território que a rádio ambicionava pela sua densidade populacional e pela vitalidade destas cidades do centro litoral do país“, diz o Observador, que alcança assim, em 94.0 FM, um público potencial de 467 mil pessoas do distrito de Leiria.

A chegada a Leiria dá-se através de um acordo de associação à com a EDR – Empresa de Difusão de Rádio, dona da Rádio 94 FM, que passa assim de generalista a temática, dando origem à Rádio Observador Leiria. A EDR junta-se então à Rádio Baía (Seixal), RFA (Vila do Conde), Baobad (Aveiro), Rádio Mais (Lisboa), Rádio Maior (Santarém), que já transmitiam em associação à Rádio Observador.

“É uma frequência muito importante. Permite finalmente fechar o eixo Lisboa-Porto, já é possível percorrer a A1 e A8 sempre a ouvir, em FM, a Rádio Observador”, comenta com o +M Rudolf Gruner, diretor-geral da empresa.

O objetivo é continuar a crescer. “Vamos continuar a expandir a cobertura, enquanto fizer sentido”, garante Gruner. “Um dia, a esmagadora maioria das pessoas ouvirá rádio no telemóvel, no digital, e o FM já não será tão relevante. Mas, neste momento, ainda é“, acrescenta. Assim, avança, “continuaremos à procura de novas oportunidades”.

Com este acordo, o sexto, fica completo o número máximo de transmissão em associação previsto na Lei da Rádio. Restam, para continuar a aumentar o alcance territorial, as parcerias com estações locais, mas aí com a obrigatoriedade de oito horas de emissão local, lembra o responsável. Entretanto, já este ano a Observador On Time, dona do Observador, comprou a Emissora das Beiras, no concelho de Tondela.

A coincidir com a nova frequência e também com o quinto aniversário, a Rádio Observador alcançou na última vaga do Bareme Rádio o seu melhor resultado de sempre, ficando a 1 ponto percentual da TSF. “Em Lisboa também bateu um novo recorde com 4,5%, à frente da Antena 1 (3,8%) e a apenas uma décima da TSF (4,6%)”, pormenoriza a estação. “Na escuta online”, que não é refletida no estudo, “na última semana, a rádio chegou a 180.000 ouvintes, ficando à frente da Cidade FM (162.000), Antena 1 (161.000) e TSF (146.000)”, acrescenta o Observador.

Rudolf Gruner acredita que os resultados do Bareme Rádio têm a ver com a expansão da cobertura territorial e, em simultâneo, com a metodologia do estudo. O estudo, realizado através de 6.006 entrevistas, “é top of mind, não é consumo real”, pelo que “favorece muito os incumbentes”, defende, reconhecendo que também “leva tempo”. “A mudança de hábitos demora. Leva tempo até entrarmos nos hábitos das pessoas e sermos nós a referência. Mas, ao fim de cinco anos, começa a jogar a nosso favor. Começamos a estar no top of mind“, diz.

“Quando começámos, há cinco anos, diziam-nos que em Portugal a rádio de palavra não funcionava. Recusámos essa condição à partida, sempre defendemos que se houvesse um bom produto as pessoas iam querer ouvir”, recorda Gruner, que aponta claramente à liderança do segmento. “No seu conjunto, os produtos de informação têm vindo a ganhar quota. Nós queremos claramente liderar dentro do segmento. O primeiro passo é ultrapassar a TSF. Depois, pouco a pouco, queremos ‘roubar’ ouvintes às rádios de música“, afirma em conversa com o +M.

Gruner defende também alterações no estudo que mede as audiências, de modo a que reflita o consumo digital. “Em 2019 tivemos algum desconforto com o estudo, mas explicaram-nos que em 80% do mundo era assim que funcionava. Hoje, mais de metade dos países da Europa tem estudos híbridos, que misturam entrevistas com medição digital direta”, aponta. “É uma questão de tempo, assim haja vontade”, acrescenta.

“Tudo se resolve. A expectativa é que no curto prazo a medição reflita as audiências áudio e não apenas da rádio”, antecipa. “Precisamos muito que aconteça, vai ser um grande dinamizador do meio”, acredita Rudolf Gruner.

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68% dos investidores em fase inicial antecipa mais operações de saída

Mais de metade (74%) dos inquiridos no “Barómetro do Investimento Early Stage”, da Investors Portugal, está "otimista" quanto ao volume de novos investimentos a concretizar na segunda metade do ano.

Haver mais oportunidades para investir não se traduziu em mais investimento em early stage no primeiro semestre, aponta o “Barómetro do Investimento Early Stage”, da Investors Portugal. Mais de metade (74%) dos investidores inquiridos está “otimista” quanto ao volume de novos investimentos a concretizar na segunda metade do ano, mais de um terço tem expectativas positivas quanto ao volume a investir e 68% antecipa mais operações de saída por venda (exits).

“Os resultados do inquérito apontam para algumas melhorias no sentimento dos investidores ao nível de oportunidades para investir e previsões de exits. O facto de os inquiridos terem mencionado que o número e o volume de investimentos ficaram abaixo das suas expectativas, o que contraria os números do investimento no setor entretanto publicados, pode ser explicado por haver mais investidores e muito mais liquidez no mercado a concorrer pelas mesmas oportunidades. Em simultâneo, a maioria dos inquiridos continua insatisfeita com as políticas públicas para o setor, fenómeno que esperamos que melhore considerando as novas medidas anunciadas pelo Governo”, afirma a presidente da Investors Portugal, Lurdes Gramaxo, citada em comunicado.

De acordo com os dados da Dealroom — que lista as rondas de investimento anunciadas pelos fundos e startups –, no primeiro semestre foram investidos 213 milhões de euros, valor que compara positivamente com o montante injetado no ecossistema nos primeiros seis meses do ano passado: 63,9 milhões de euros.

Um crescimento que contraria o sentimento manifestado pelos inquiridos no Barómetro. Apesar de 65% dos investidores terem tido acesso as mais oportunidades para investir, “mais de metade dos inquiridos, 62% e 59%, respetivamente, revela que os investimentos feitos neste período e o volume investido ficaram abaixo dos realizados no último semestre de 2023, e cerca de um terço afirma que teve maior dificuldade em levantar capital e menos oportunidades de desinvestimento (exit) em comparação com o semestre anterior.”

Maior otimismo para a segunda metade do ano

“O sentimento dos investidores relativamente à atividade de investimento early stage nos primeiros seis meses do ano é positivo para a maioria (74%) dos investidores nacionais, tendo crescido 27 pontos percentuais (pp.) face ao semestre anterior”, aponta o inquérito.

Mais de metade (58%) dos inquiridos considera as políticas públicas para o setor “insatisfatórias”, o que representa uma diminuição de 21 p.p. em relação ao último semestre de 2023, com 41% a admitir que são “positivas”.

“A garantia de estabilidade na legislação para o setor e o estabelecimento de linhas de investimento para apoiar os business angels são algumas das medidas sugeridas pelos investidores para melhorar as políticas existentes”, aponta a Investors Portugal.

Face ao primeiro semestre de 2024, mais de metade dos inquiridos (74%) está “otimista” quanto à quantidade de novos investimentos a concretizar na segunda metade do ano, e mais de um terço tem expectativas positivas quanto ao volume a investir. Mais de dois terços (68%) dos investidores antecipam uma evolução positiva das oportunidades de exits nos próximos seis meses.

O “Barómetro do Investimento Early Stage” relativo ao primeiro semestre de 2024 é baseado num inquérito realizado junto de uma amostra que representa cerca de 30% do ecossistema do investimento early stage em Portugal.

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Bicicletas partilhadas de Lisboa chegaram à Penha de França

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

A Penha de França é a 21.ª freguesia a ter Gira, estando praticamente prontas estações em Marvila e Santa Clara, zonas atualmente também fora da rede.

Lisboa inaugurou esta segunda-feira mais sete estações de bicicletas partilhadas Gira, com um total de 127 docas de acoplamento, duas das quais na Penha de França, onde ainda não chegava esta rede de bicicletas partilhadas da EMEL.

A breve cerimónia de inauguração aconteceu precisamente na Penha de França, onde as Gira não chegavam até hoje, mas que agora tem duas novas estações com 30 docas. Uma terceira estação abrirá nesta freguesia em setembro.

“Estamos muito contentes, porque era uma freguesia que estava, de certa forma, abandonada. E nós queremos ter as Gira em todas as juntas de freguesia. Aliás, conseguimos já duplicar o número de Gira em Lisboa. Quando chegámos eram mais ou menos mil bicicletas”, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

“O nosso comprometimento é chegar a todas as juntas de freguesia até o fim do mandato”, acrescentou.

A Penha de França é a 21.ª freguesia a ter Gira, estando praticamente prontas estações em Marvila e Santa Clara, zonas atualmente também fora da rede, disse Carlos Silva, presidente da EMEL, empresa pública responsável pela mobilidade e estacionamento em Lisboa, e que gere a rede Gira.

Além da Penha de França, abriram esta segunda-feira três estações em Belém, com 44 docas, e que se juntam às três estações já ali existentes.

Abriu ainda uma em São Domingos de Benfica (com 22 docas), que se junta às cinco já existentes, e uma outra em Carnide (com lugar para 31 bicicletas), freguesia onde já existiam outras cinco estações.

Carlos Moedas destacou que o Plano de Mobilidade de Lisboa pretende uma “mobilidade suave, feita de forma progressiva e não em atrito” das bicicletas com os restantes veículos e prevê aumentar o número de ciclovias em Lisboa em “mais 90 quilómetros”, dos quais “muitos deles vão ser quilómetros segregados, ou seja, com ciclovias segregadas ou divididas e não misturadas com a outra parte do trânsito”.

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Trabalhadores da Riopele passam a escolher horário de trabalho

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

Trabalhadores da Riopele passam a ter liberdade para escolher horário. Aqueles cujas funções não permitam esse regime passam a ter dois dias de folgas adicionais por ano.

A Riopele anunciou hoje a implementação de um regime de flexibilidade horária, em que os trabalhadores cujas funções permitirem podem escolher o seu horário, com o objetivo de melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Em comunicado, a empresa têxtil avançou que a partir de hoje “os funcionários da Riopele terão a liberdade de escolher os seus horários de trabalho de acordo com suas preferências“, considerando que “essa flexibilidade não visa apenas aumentar a satisfação e o bem-estar” dos trabalhadores, “mas também promover a produtividade e a eficiência”.

Este regime aplica-se aos trabalhadores cuja natureza da função permita aquela flexibilidade de horários sem condicionar o normal funcionamento da empresa.

Já aos trabalhadores que não podem aceder àquele regime, pela natureza das suas funções, a empresa decidiu atribuir dois dias adicionais de folga por ano.

Este regime arranca em período experimental, sendo implementado oficialmente a partir de setembro e a ideia é evoluir para um regime de trabalho híbrido (presencial e remoto), para os trabalhadores cujas funções o permitam, já aprovado a partir do mês de outubro.

“Estamos a contribuir para introduzir o regime de flexibilidade horária, acreditando que esta medida não beneficiará apenas os nossos colaboradores, mas também fortalecerá a posição da Riopele como uma empresa inovadora e visionária no setor têxtil em Portugal”, afirmou o presidente da empresa, José Alexandre Oliveira, citado na mesma nota.

A Riopele é uma das mais antigas empresas têxteis do país, fundada em 1927, em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, e é responsável por mais de 1.100 postos de trabalho.

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Taxas de juro elevadas não travam subida de 4,6% do crédito pessoal

As famílias recorrem cada vez mais a créditos pessoais, apesar das altas taxas de juro. Em maio, os novos créditos superaram os 314 milhões de euros, mais 4,6% face a maio do ano passado.

Apesar das elevadas taxas de juro dos créditos pessoais, as famílias continuam a recorrer à banca para obterem financiamento para pagar as mais variadas despesas de consumo.

Em maio, o volume dos novos créditos pessoais concedidos pelos bancos aos particulares superou os 314 milhões de euros, mais 0,49% face aos números de abril e mais 4,63% em termos homólogos, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Apesar deste aumento, trata-se de um crescimento mais moderado face aos números contabilizados em abril, quando o volume de novos créditos pessoais aumentou 2,01% em cadeia e quase 30% em termos homólogos.

A mesma dinâmica é verificada no crédito automóvel, com o volume dos novos créditos a situar-se nos 287 milhões de euros no final de maio, mais 8,3% face a abril, mas longe do aumento de 29% registado em abril face a fevereiro.

Os dados do Banco de Portugal revelam também que o número de contratos de crédito pessoal está a cair há quatro meses. Em maio, foram contratualizados 43,7 mil contratos, menos 4,12% face a abril e menos 1,34% face aos números registados em maio de 2023.

As taxas máximas aplicadas aos contratos de crédito pessoal em vigor para o terceiro trimestre situam-se entre os 9,2% para o pagamento de serviços associados a Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos; e os 15,8% para outras finalidades.

As taxas máximas do crédito automóvel em vigor até setembro variam entre os 6,7% para situações de locação financeira ou ALD, e os 14,3% para créditos com reserva de propriedade na aquisição de carros usados.

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Um quarto dos diplomados com qualificações a mais para o emprego que têm

Sobrequalificação vem crescendo em Portugal: há mais trabalhadores com qualificações acima do necessário para os empregos que têm. Estudo do CoLabor nota que mulheres são mais afetadas.

Se há apenas algumas décadas a maioria dos trabalhadores portugueses tinha menos qualificações do que as necessárias para os empregos que exerciam, hoje a situação é a inversa. Um quarto dos trabalhadores que concluíram o ensino superior têm habilitações em excesso para os postos de trabalho que ocupam, revela um novo estudo do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor). As mulheres são as mais afetadas por este fenómeno.

“Num contexto de aumento de qualificações no mercado de trabalho, a incidência da sobrequalificação, em particular entre os trabalhadores com ensino superior, tem crescido“, alertam os especialistas Frederico Cantante e Pedro Estêvão nesta análise.

Segundo eles, ainda que esta tendência seja expectável face à qualificação da população portuguesa, é importante monitorizar a sua magnitude, já que “traduz um desajustamento estruturalmente negativo“.

Enquanto em 1995 quase dois terços dos trabalhadores (65%) estavam numa situação de subqualificação — isto é, “tinham habilitações escolares inferiores às expectavelmente necessárias para o exercício das tarefas e funções exigidas pela sua profissão” –, em 2021 esse grupo tinha caído 39 pontos percentuais, para 26%.

Por outro lado, enquanto em 1995 a sobrequalificação tinha uma “incidência marginal”, em 2021 cerca de 14% dos empregados estavam nessa situação. Aliás, se olharmos apenas para os trabalhadores que concluíram o ensino superior, verifica-se que 25% têm habilitações a mais para os empregos que exercem.

“O aumento da sobrequalificação indica que uma parte relevante dos recursos humanos qualificados estão a ser desaproveitados — ou, pelo menos, a executar funções e tarefas com um nível de complexidade que não exigem ou formação de nível secundário ou formação de nível superior, com efeitos potenciais na exclusão de menos qualificados do mercado de trabalho“, assinala os especialistas do CoLabor.

Este fenómeno afeta particularmente as mulheres — pelo que pode ser um “indicador pertinente na análise das desigualdades de géneros — e os mais jovens. Já nos mais velhos é mais mais frequente a subqualificação.

Quanto aos setores de atividade onde a sobrequalificação é mais incidente, as atividades administrativas e os serviços pessoais, de proteção e segurança destacam-se, ao concentrarem 40% dos empregados com ensino superior sobrequalificados. Também o comércio e o setor financeiros apresentam “valores elevados” para este indicador”, sublinha o CoLabor.

Em remate, os especialistas alertam ainda que a sobrequalificação na entrada no mercado de trabalho “define em boa medida o restante trajeto“.

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A imigração e o risco da incapacidade do Estado

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  • 15 Julho 2024

Filipe Lobo d’Avila, Advogado, Country Manager Rödl & Partner, partilha a sua opinião sobre a extinção do SEF e o desempenho da AIMA.

Nos últimos tempos, o tema da imigração entrou no debate político e multiplicaram-se os comentadores especialistas numa realidade demasiadas vezes descrita a preto e branco, numa divisão entre humanistas e racistas ou entre tolerantes e xenófobos. Num tema em que reconhecidamente são fáceis as catalogações, os casos recentes de criminalidade também acabam por contribuir para o surgimento de discursos mais securitários ou divisionistas que não ajudam a abordar o tema naquele que deve ser o seu contexto.

A imigração não é um caso de polícia, mas é também verdade que a criminalidade mais ou menos organizada não tem exclusivo de nacionalidades.

No meio desta realidade, o processo de extinção do SEF podia correr mal e podia correr mal no pior momento possível. Era previsível e deveria ter sido antecipado por quem teve tempo mais do que suficiente para antecipar os problemas e reunir os recursos indispensáveis.

Não foi o que aconteceu e nem a escolha pessoal do novo responsável da AIMA (alguém do universo socialista, habituado a desafios exigentes) conseguiu salvar um processo gerido a passo de caracol e com um desfecho que politicamente era por demais evidente.

Vamos então por partes.

Por uma questão ideológica (e por causa de um caso isolado inadmissível) decidiu-se aplicar a pena máxima de extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ignorando prémios, reconhecimentos e procedimentos essenciais da responsabilidade do SEF.

Há muito tempo que algumas forças políticas, incluindo do centro-direita, queriam acabar com o SEF. Não sendo propriamente uma novidade, no tempo de Passos Coelho essa foi a única clivagem nos membros da coligação do Ministério da Administração Interna.

Depois veio o PS e o fim do SEF foi pré-anunciado, pré-anunciado novamente, anunciado, e dado a um processo de morte lenta. Sem prazo, sem método e sem conforto para inspetores, técnicos de imigração e funcionários envolvidos.

Um Serviço invejado por todos os serviços correligionários europeus, pelos prémios de excelência atribuídos, pelas evoluções tecnológicas, pela qualidade dos seus inspetores e colaboradores, mas também pela eficiência na sua ação (de análise documental, fiscalização e investigação criminal) era colocado em morte lenta.

Ao contrário da tese que se procura afirmar para justificar o injustificável, o modelo organizacional do SEF sempre foi invejado por todos os Países Europeus por se tratar de um serviço dotado de todas as vertentes relacionadas com imigração e estrangeiros. Um serviço completo e que, também por isso, sempre foi motivo de inveja, mesmo internamente. Um dos poucos serviços públicos que exportava, em simultâneo, conhecimento e tecnologia.

Quando a máxima que tantas vezes impera é a do “não te rales, mas não te enganes”, um serviço público com este dinamismo e com estas características nunca estaria imune a invejas, pressões ou tentativas de fusão por incorporação.

Ao abrigo destas teses, têm sido ditas algumas afirmações que causam enorme perplexidade.

Recentemente, um antigo Ministro da Administração Interna socialista dizia que o cidadão imigrante não podia ser exposto a um agente policial ao pretender tratar da sua regularização documental. Simplificando, uma coisa seria o tratamento da papelada, outra coisa seria o exercício de funções policiais. Isto até poderia ser assim, pelo menos do ponto de vista teórico ou doutrinário, se estes mesmos responsáveis políticos garantissem que a comunicação entre as duas componentes permanecesse inalterada, sem perturbações, sem interrupções e sem consequências absolutamente desastrosas. Conseguimos hoje garantir que a comunicação entre estas duas componentes subsiste?

Por outro lado, a natureza do procedimento nunca foi condicionada pela qualidade do agente público. Bem pelo contrário. A qualidade do agente nunca ditou a natureza do procedimento. A coberto de uma tese de acolhimento humanista e de não exposição do cidadão estrangeiro a um polícia desmantelou-se finalmente o SEF e criou-se a nova Agência, a AIMA.

Também a coberto da mesma tese, abriu-se uma caixa de pandora de muito difícil resolução (e que naturalmente alimenta – e alimentará – discursos mais extremistas, que vão encontrando na realidade percecionada pelos portugueses fundamentos de adesão).

A realidade é hoje demasiado complexa, com praticamente 400 mil processos pendentes, sem referir eventuais pedidos de reagrupamento familiar (os quais facilmente multiplicariam por duas vezes ou mais os números de candidatos à regularização em Portugal), com falhas graves de recursos humanos e com funções fundamentais do Estado deixadas ao abandono.

Filipe Lobo d’Avila, Advogado e Antigo Secretário de Estado da Administração Interna

O problema da opção ideológica e política da criação da AIMA não é apenas uma questão de “recursos e tempo”, como diria recentemente outro responsável socialista. É um problema de recursos, é um problema de tempo, mas é também um problema objetivo de competências que têm que ser exercidas e que deixaram de o ser.

Houve um abandono de determinadas funções que, hoje – e a prazo -, terão consequências gravíssimas. Basta perceber que ao longo da última década foram regularizadas cerca de 2,5 milhões de pessoas e que nem metade (será que um terço?) está já em Portugal.

Nas parcas estatísticas existentes e publicamente consultáveis alguém consegue descortinar onde estão essas pessoas? Os imigrantes que tanto poderiam ajudar hoje a economia nacional em determinadas áreas de atividade económica – e que já regularizámos – onde estão? A verdade é que a maioria destes imigrantes regularizados já não está em Portugal. A verdade é que Portugal tem sido uma plataforma de entrada para outros destinos. E esse é o primeiro problema que temos que ter consciência e que não podemos ignorar.

O segundo problema é naturalmente de recursos e de gestão de recursos.

O SEF tinha um corpo de inspetores altamente especializado na ordem das 7 a 8 centenas, os quais se encontravam territorialmente distribuídos, assumindo funções multidisciplinares (por exemplo: de tratamento documental, de fiscalização, natureza inspetiva, assim como de investigação criminal). A maioria destes quadros superiores de excelência transitou naturalmente para a Polícia Judiciária, como era obrigação política de antecipar e colmatar.

Nada contra a ideia de que quem trata de papelada não deve ser um polícia, mas se assim é não deveria isto também ter sido igualmente antecipado?

É óbvio para qualquer autoridade medianamente informada sobre a matéria que as funções anteriormente assumidas pelo SEF não poderiam ser satisfatoriamente asseguradas pela AIMA e que a escassez de recursos seria mais do que previsível, seria inevitável. Bastaria este facto relacionado com o corpo de inspetores para o perceber e nem o milagreiro socialista o poderia evitar.

Com tudo isto, houve funções e atividades que foram pura e simplesmente interrompidas ou mesmo abandonadas. Muitas das atividades de fiscalização e de natureza inspetiva eram anteriormente desempenhadas por estes inspetores do SEF e hoje são assumidas por quem? Sabendo-se que a PJ é uma polícia de investigação e que a PSP está sobretudo concentrada nos postos de fronteira e essencialmente em tarefas de segurança interna e de policiamento de proximidade, quem fiscaliza empresas, obras ou lojas? Estamos em condições de assegurar que estas tarefas inspetivas continuam a ser cumpridas?

Parece impossível e, não querendo também acreditar nisso, tudo indica que não houve um decréscimo de atividades, mas sim um abandono de uma parte muito significativa da atividade inspetiva. Não será isso relevante num Estado de Direito democrático que pretende ser humanista e que pretende assegurar a melhor integração possível, sem exploração laboral e com respeito pela dignidade da pessoa humana?

O modelo do SEF permitia agilizar a comunicação. Permitia uma consulta rápida e atual das bases de dados. Permitia que essas mesmas bases de dados permanecessem atualizadas. E, naturalmente, permitia uma ação pronta, caso fosse necessária. O modelo da AIMA é o oposto.

Procurando explicar melhor:

Se um inspetor do SEF se deparasse com um imigrante com um mandato de detenção europeu emitido em seu nome, esse mesmo inspetor tinha os instrumentos necessários para atuar de forma imediata. Ao invés, se um funcionário da AIMA estiver hoje perante a mesma situação o que é que faz? Chama as autoridades? Pede ao cidadão para aguardar enquanto chama as autoridades policiais?

Mas mais.

Como é que se explica que hoje não existam praticamente processos de expulsão administrativa ou de afastamento administrativo? Deixaram de existir cidadãos nessas circunstâncias ilegais ou pura e simplesmente o Estado não consegue detetar em tempo e atuar? Ou por uma questão antiga de oposição à figura do “retorno” – de uma determinada esquerda – foi mais fácil pura e simplesmente acabar com ela?

Se um Tribunal decretar uma pena de expulsão a um cidadão estrangeiro e se for necessário executar a decisão (como é normal que, por vezes, possa acontecer), qual é a autoridade que hoje trata do processo concreto de expulsão? Quem é que do ponto de vista operacional cumpre a pena de expulsão? Que aptidões e conhecimentos têm para o fazer?

Se um cidadão documentado com um passaporte falso for confrontado com o facto na fronteira de entrada em Portugal e em simultâneo solicitar asilo no País, o que sucede? Que tipo de procedimento é seguido? Há notícia do crime de falsificação documental? O cidadão requerente de asilo fica instalado provisoriamente – e em liberdade – onde? Por quanto tempo?

Quando se fez a reforma dos Governos Civis houve o cuidado de alterar 44 diplomas legais e de se atribuir mais de 220 competências a entidades concretas, num trabalho minucioso competência a competência. Alguém fez um levantamento de todas as competências do SEF e garantiu continuidade nas funções e atribuições com os meios necessários?

Este processo de extinção do SEF foi um total desastre e, se não abrirmos os olhos em tempo, atrevo-me a dizer que restarão sempre os mais extremistas para falar daquilo que infelizmente se começa a tornar óbvio para todos os portugueses: a incapacidade do Estado em garantir humanismo na integração, adequação nas condições de vida, no trabalho e na segurança de todos nós, incluindo daqueles que nos procuram como destino para uma nova vida.

Temos a responsabilidade de o evitar.

Filipe Lobo d’Avila, Advogado e Antigo Secretário de Estado da Administração Interna

 

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Transporte aéreo cresce 6,3% em maio. Aeroportos movimentaram 6,5 milhões de passageiros

Dados do INE mostram que no quinto mês do ano passaram pelos aeroportos portugueses 6,5 milhões de pessoas. Maioria (69,9%) é proveniente do continente europeu.

Em maio, os aeroportos portugueses movimentaram 6,5 milhões de passageiros, o que representa um crescimento de 6,3% face ao mesmo período de 2023, segundo os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Maio registou um desembarque médio diário de 106,4 mil passageiros, o que corresponde a um aumento de 6,2% face ao registado em maio de 2023 (100,2 mil).

De acordo com o gabinete estatístico, 82,4% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em maio corresponderam a tráfego internacional, ou seja, 2,7 milhões de pessoas, o que representa um crescimento de 6,3% face a maio de 2023. A maioria (69,9%) é proveniente do continente europeu, o que reflete um aumento de 5,3% face a maio do ano passado. A segunda principal origem é o continente americano ao contabilizar 8,8% do total de passageiros desembarcados (mais 9,7% em relação ao mesmo mês de 2023).

Nos primeiros cinco meses de 2024, o número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 5,1% face ao mesmo período de 2023 (+33,6% em 2023). O aeroporto de Lisboa movimentou 52% do total de passageiros, ou seja 13,6 milhões, o que corresponde a um aumento de 5,6% comparando com o mesmo período de 2023. O aeroporto do Porto concentrou 22,8% do total de passageiros movimentados (cerca de seis milhões) o que representa um subida igualmente de 5,6%. O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,6% no movimento de passageiros, totalizando 3,2 milhões.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros cinco meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+2,4%) e embarcados (+2,8%) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-2,1%) e embarcados (-2,4%) e ocupou a 2ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, como principais países de origem e de destino.

Em maio registou-se ainda um aumento de 10,8% no movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais. Nos primeiros cinco meses de 2024, registou-se um crescimento de 13,1% no movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais (-0,6% em 2023). O movimento de mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 77,1% do total, atingindo 78,6 mil toneladas (+16,7% face ao mesmo período de 2023).

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Maria Cavaleiro Brandão é a nova sócia contratada da PRA

Maria Cavaleiro Brandão integra a PRA na qualidade de sócia contratada, passando a integrar a equipa de Laboral do escritório do Porto. A advogada transita da VdA.

A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados reforçou a equipa com Maria Cavaleiro Brandão. A advogada integra a equipa de Laboral do escritório do Porto na qualidade de sócia contratada.

Para Miguel Miranda, managing partner, esta contratação segue a estratégia da sociedade de manter um “rigoroso padrão de exigência no recrutamento, sempre com profissionais de excelência, o que nos permite manter a elevada qualidade de resposta aos clientes”

Após 12 anos na PLMJ e mais recentemente na Vieira de Almeida (VdA), de onde transita, a advogada tem uma vasta experiência de mais de 25 anos na área de Laboral. Ao longo dos anos tem assessorado empresas nos mais diversos setores de atividade, tais como gestão de resíduos urbanos, saúde e farmacêutico, indústria destacando-se pela competência negocial na mediação de conflitos.

Para além disso, tem prestado assessoria e aconselhamento jurídico a clientes no âmbito do direito do trabalho e segurança social, com destaque em temas como contratação de trabalhadores, políticas remuneratórias, organização dos tempos de trabalho, procedimentos disciplinares, procedimentos tendentes à cessação de contratos de trabalho, reestruturações de empresas e auditorias laborais.

Maria Cavaleiro Brandão vê na PRA “novas oportunidades de crescimento e um marco significativo na sua carreira” e espera manter “a proximidade com os clientes”.

Já Joana de Sá, sócia coordenadora da área de Laboral, considera esta entrada uma mais-valia, acrescentado “que a consolidada experiência e conhecimento do mercado da sócia contratada trará novas competências, e será fundamental para o crescimento da equipa.”

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Turismo acelera em maio. Receitas crescem 15,5%

Turismo registou 7,7 milhões de dormidas em maio. Os valores de rendimento médio por quarto ocupado tocaram novos máximos históricos na Grande Lisboa e no Norte.

Depois de ter abrando em abril, o turismo português voltou a acelerar em maio: acolheu 3,1 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, o que representa um crescimento de 9,4% e 7,5%, respetivamente, face ao período homólogo, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Nesse mês, as receitas totais cresceram 15,5%.

“Em maio de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes (+9,4%) e 7,7 milhões de dormidas (+7,5%), gerando 660,8 milhões de euros de proveitos totais (+15,5%) e 505,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+15,5%)”, adianta o gabinete de estatísticas. No entanto, face a abril, o número de hóspedes e de dormidas recuou 3,7% e 3,4%, respetivamente.

A impulsionar a atividade turística em Portugal, estiveram, sobretudo, os turistas estrangeiros. Das 7,7 milhões de dormidas registadas nesse mês, 5,2 milhões foram de turistas estrangeiros, o que representa um aumento de 7,5% face ao período homólogo, enquanto os turistas nacionais contribuíram com 1,9 milhões de dormidas (+7,6% face a maio de 2023).

Já no que toca às receitas do turismo estas dispararam 15,5% em maio, face ao período homólogo, e impulsionadas pela Grande Lisboa, responsáveis por 33% dos proveitos totais. De notar que foi nesse mês, que Taylor Swift deu dois concertos no estádio da Luz. A capital, aliás, concentrou quase 20% do total de dormidas em maio, (10,2% do total de dormidas de residentes e 22,9% de não residentes), com um acréscimo de 5,4% (-0,2% nos residentes e +6,3% nos não residentes).

No quinto mês deste ano, o rendimento médio por quarto disponível dos alojamentos turísticos a nível nacional situou-se em 78,3 euros, o que representa um aumento de 12% face ao mesmo mês de 2023, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado atingiu os 123 euros, isto é, uma subida de 9,4% face ao período homólogo.

Os valores de rendimento médio por quarto disponível mais elevados foram registados na “Grande Lisboa (138,1 euros), tendo atingido um novo máximo histórico nesta região”, seguida pela Região Autónoma da Madeira (92,5 euros).

Por sua vez, no que toca ao rendimento médio por quarto ocupado, também neste caso o valor mais elevado foi registado na Grande Lisboa (171,4 euros), “seguida do Norte (118,8 euros), tendo sido atingidos novos máximos históricos em ambas as regiões”. Já tinha sido noticiado que a vinda da cantora norte-americana fez disparar os preços das reservas em hotéis e alojamento locais.

Em termos acumulados, entre janeiro e maio deste ano, foram registados quase 11,3 milhões de hóspedes e quase 27,7 milhões de dormidas em território nacional, o que representa uma subida de 5,3% e 4,4%, respetivamente, face a igual período do ano passado.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h57)

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PLMJ e CMS na compra da BOL pela SIC

A equipa da PLMJ envolvida na operação foi liderada pela sócia da área de Corporate M&A, Bárbara Godinho Correia, e por Ânia Cruz e Rita Pereira Jardim, associadas seniores da mesma área.

A PLMJ assessorou a SIC na realização de um investimento conjunto com o fundo CREST II – FCR para adquirirem uma participação do capital social da Etnaga – Consultores Sistemas de Informação, empresa detentora da bilheteira online BOL.

A equipa da PLMJ envolvida na operação foi liderada pela sócia da área de Corporate M&A, Bárbara Godinho Correia, e por Ânia Cruz e Rita Pereira Jardim, associadas seniores da mesma área.

“Com este acordo, a SIC passará a deter uma participação indireta de 27% na empresa Etnaga. Este investimento enquadra-se no plano estratégico da SIC, que estabeleceu como objetivos prioritários acelerar a transformação digital e diversificar as fontes de receita da SIC”, explica a PLMJ em comunicado.

A CMS Portugal assessorou o fundo CREST II. A equipa responsável pela assessoria foi composta pelos sócios de Corporate M&A, João Caldeira e Tiago Valente de Oliveira, pelo associado sénior André Guimarães e pela associada Ana Rita Santos.

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