Pedido de audição da PGR no Parlamento aprovado. Só Chega se absteve

O requerimento teve votos a favor do PS, PSD, CDS, IL, PAN e BE. O único partido a abster-se foi o Chega. Livre e PCP não estavam presentes no momento da votação.

O Parlamento acaba de aprovar o pedido do Bloco de Esquerda para ouvir a Procuradora-Geral da República (PGR), com abstenção do Chega. O requerimento foi aprovado na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, por maioria, com os votos a favor do PS, PSD, CDS, IL, PAN e BE. O único partido a abster-se foi o Chega. E o Livre e PCP não estavam presentes no momento da votação.

A 24 de junho, o BE entregou um requerimento para prestar “os esclarecimentos que se revelem necessários”.

Na iniciativa, subscrita pelo líder Parlamentar do partido, Fabian Figueiredo, e dirigida à presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, os bloquistas lembram que a procuradora-geral da República “termina o seu mandato em outubro deste ano, tendo já manifestado a sua indisponibilidade para continuar no cargo”.

“Entende o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda que é oportuno e pertinente que a Senhora Procuradora-Geral da República seja chamada a esta Comissão Parlamentar, a fim de apresentar o relatório anual de atividade e prestar os esclarecimentos que se revelem necessários”, lê-se no texto. Os bloquistas salientam que “o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público é vertido num relatório de atividade respeitante ao ano judicial anterior e apresentado até ao dia 31 de maio de cada ano”.

Segundo a informação divulgada por vários órgãos de informação, a investigação do MP visa as escutas divulgadas em Junho pela CNN Portugal, entre elas uma que apanha António Costa a ligar a João Galamba para ordenar a demissão da presidente executiva da TAP, por motivos políticos, depois da polémica indemnização de 500 mil euros à ex-administradora Alexandra Reis.

 

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Plataformas disponíveis para mais reuniões para discutir preocupações dos estafetas

Depois de uma primeira reunião, as plataformas digitais sinalizam estar abertas a mais encontros para discutir preocupações dos estafetas, como contas falas e seguros de trabalho.

Os estafetas sentaram-se à mesa, pela primeira vez, com as plataformas digitais esta terça-feira. E podem estar no horizonte mais encontros deste tipo. Foi esse, pelo menos, o sinal deixado pelas plataformas digitais, que dizem estar abertas a mais fazer reuniões de modo a discutir as preocupações dos estafetas, como as contas falsas e os seguros de saúde. Os assuntos “operacionais”, como o pagamento por viagem, devem ficar fora destas reuniões, ainda que estejam entre as principais reivindicações dos estafetas.

“A Associação Portuguesa das Aplicações Digitais (APAD) reuniu esta terça-feira, em Coimbra, com alguns estafetas, que fizeram este pedido. Na reunião foram ouvidas preocupações destes estafetas, como as questões com contas falsas, pedido de intermediação junto de seguradoras para melhores condições, entre outras”, indicam as plataformas, num comentário enviado às redações.

A APAD garante ainda que foram discutidos “eventuais caminhos de mitigação” das preocupações dos estafetas e adianta que está disponível para “no futuro agendar outras reuniões“.

Este encontro foi o primeiro que juntou a APAD e os estafetas, mas as plataformas deixaram claro que “os assuntos operacionais não poderiam ser discutidos“, por “motivos de concorrência”, de acordo com um email enviado aos estafetas, a que o ECO teve acesso. A APAD junta Uber, Glovo e Bolt, aplicações que têm modelos de negócios distintos e concorrentes entre si.

Quer isto dizer que é previsível que temas como o pagamento por viagem devem ficar de fora desta reuniões, ainda que seja uma das principais reivindicações dos estafetas. Em concreto, os estafetas defendem o pagamento mínimo de três euros para qualquer entrega até 1,99 quilómetros.

Além do pagamento mínimo, da lista de reivindicações consta a exigência de compensações por cada quilómetro percorrido (50 cêntimos por cada quilómetro entre dois e 4,9 quilómetros, e um euro por quilómetro para viagens acima dos cinco quilómetros de distância).

Os estafetas querem também que os pedidos duplos sejam pagos individualmente e que acabem os pedidos triplos. Pedem, além disso, que a deslocação até ao ponto de recolha seja remunerada e que as plataformas (Uber, Bolt e Glovo) abram escritórios nas principais cidades, com os quais possam dialogar e reportar eventuais dúvidas ou problemas.

Já um dos temas mais quentes do trabalho nas plataformas digitais (os contratos de trabalho) não consta da lista de exigências dos estafetas.

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Diretor executivo do SNS promete nomear “as pessoas mais competentes” para conselhos de administração das ULS

Gandra d’Almeida disse que generalização das ULS foi "transformação enorme, consciente e com excelente visão", mas sublinha que cada uma tem a sua "particularidade". São precisos "dados".

O novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) defendeu que a generalização das Unidades Locais de Saúde (SNS) foi uma “transformação enorme”, mas sublinha que são necessários “dados” para afinar e melhorar o modelo. António Gandra d’Almeida prometeu ainda “colocar as pessoas mais competentes” nos conselhos de administração das ULS.

“Foi uma transformação enorme, consciente e com excelente visão”, afirmou António Gandra d’Almeida, sobre a generalização das ULS, que foi ouvido esta quarta-feira na comissão de saúde, no Parlamento, na sequência de um requerimento do PS. Ainda assim, o responsável indicou que é necessário que haja uma “recolha de dados” para conseguir ajustar o modelo. “Certamente terá de haver ajustes”, admitiu, reiterando que só “estudando e verificando” se conseguirá perceber o que mudar.

O Governo liderado por Luís Montenegro compromete-se a rever a planificação das ULS, com especial enfoque naquelas que “integram hospitais universitários”. Pouco tempo depois de assumir funções, o Ministério da Saúde pediu um conjunto de informações à direção executiva do SNS, então liderada por Fernando Araújo, entre as quais os “documentos que sustentaram” a decisão da generalização das ULS.

Ainda assim, o novo diretor executivo do SNS avisa que é necessário “dar tempo ao sistema” para que as unidades de saúde se adequem a este novo modelo, que permite a integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde, demonstrando-se defensor de reformas “consistentes ao longo do tempo” e que sejam feitos “planos com conjeturas a 20 a 30 anos”.

António Gandra d’Almeida indicou ainda que nestes primeiros quinze dias de mandato já foi visitar ULS e autarquias, dado que considera fundamental “envolver” as câmaras neste processo e que estas estão mais sensibilizadas para os problemas locais. “Cada ULS tem as suas particularidades”, sublinhou também, referindo que, por isso, a avaliação tem que ter em conta a “integração do local”. Por fim, e em resposta ao deputado Mário Amorim Lopes da Iniciativa Liberal, garantiu ainda que a “estratégia” da direção executiva passará também por nomear “as pessoas mais competentes” para os conselhos de administração das ULS.

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Governo vai lançar portal único dos serviços públicos até ao final do ano

O novo site vai permitir concentrar funcionalidades dispersas "em mais de 300 websites", anunciou a ministra da Juventude e da Modernização. Abertura de lojas do cidadão está muito atrasada, alertou.

O Governo vai lançar até ao final do ano um portal único e uma app dos serviços públicos que vai permitir concentrar funcionalidades dispersas “em mais de 300 websites”, anunciou esta quarta-feira a ministra da Juventude e da Modernização, Margarida Balseiro Lopes, durante a sua primeira audição regimental no Parlamento, na Comissão de Orçamento, Finanças e da Administração Pública (COFAP). Quanto ao atendimento presencial, a governante reconheceu que a abertura de novas lojas do cidadão, garantida pelo anterior Executivo de António Costa, está muita atrasada.

“Nas próximas semanas, teremos novidades sobre o portal único dos serviços públicos que será inaugurado até ao final do ano”, indicou a Balseiro Lopes, salientando que o atual “e-Portugal é um mero apontador, não é um verdadeiro portal únicos dos serviços do Estado”.

Margarida Balseiro Lopes referiu que “o atendimento público enfrenta vários problemas”, nomeadamente no que diz respeito “à incoerência, fragmentação dos serviços em mais de 300 websites e à escassa partilha de dados”. Trata-se de “uma experiência confusa, frustrante para para os utilizadores. Cidadãos e empresas são obrigados a repetir procedimentos”, sublinhou. Por isso, o Executivo “vai concentrar os serviços públicos de diversos websites num único portal e numa app única”, reforçou.

Para a governante, é preciso “ir mais longe no digital”. Nessa medida, o Governo tem “108 medidas orientadas para a transição digital e, para assegurar a sua implementação, o Governo vai realizar trimestralmente um Conselho de Ministros para a transição digital e o primeiro vai realizar-se ainda este mês”, anunciou.

Processo de abertura de lojas do cidadão avançado pelo Governo de Costa “está muito atrasado”

Apesar da aposta no digital, a governante frisou que o Governo não pode descurar “a rede presencial”. “Temos a obrigação de a expandir. Em 2024, ainda temos 47 municípios sem loja ou espaço cidadão”, reconheceu.

Neste âmbito, indicou que a abertura de lojas e espaços cidadão, com que o Governo anterior se comprometeu com Bruxelas nas metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está atrasada.

“As metas iniciais do PRR previam mais 20 lojas e 300 espaços cidadão. O Governo anterior ampliou essas metas para 31 lojas e 400 espaços que têm de ser inaugurados até 2026. E das 31 lojas, apenas oito foram inauguradas e dos 400 espaços só 148 estão em funcionamento. Em média, são precisos três anos para abrir uma nova loja“, detalhou.

A ministra da Modernização alertou que “20 lojas já era difícil com mais 11 é muito difícil”. “Em regra, dura três anos para lançar uma loja de cidadão e temos, até ao primeiro trimestres de 2026, de ter 31 lojas e, até à data, só temos oito. O processo está muito atrasado”.

Face aos alertas da ministra, a deputada e vice-presidente da bancada do PS, Marina Gonçalves, perguntou, em concreto, que “metas do PRR previstas até 2023”, da responsabilidade do anterior Governo socialista, “não estão cumpridas”.

Margarida Balseiro Lopes indicou que estavam previstas “oito novas lojas do cidadão”. E essa meta “não foi cumprida”, apontou. “Estavam previstas quatro espaços cidadãos móveis e essa meta não foi cumprida, estava prevista um loja reformulada para uma loja de nova geração e essa meta não foi cumprida“, elencou.

“Neste momento, há oito lojas que foram aberta, cinco estão em obra e três em concurso de empreitada. As restantes estão em processo de aviso”, afirmou, acrescentando que, “até setembro, 147 protocolos têm de ter assinatura para a criação de espaços cidadão”. “É exigente, mas vamos cumpri-los”, assegurou.

Quanto a abertura de lojas do cidadão ainda este ano, Balseiro Lopes indicou que, “em princípio, só há um loja em condições de abrir, no município do Bombarral”.

A ministra levantou ainda a ponta do véu sobre uma novidade, mas sem grande detalhe. O Governo pretende “encontrar espaços” cidadão “dentro e fora do país”, referiu, indicando que, “nas próximas semanas essa informação será publica”.

Demissão do presidente da AMA “foi uma decisão ponderada e resultou de vários fatores”

Em relação à demissão do então presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), João Dias, Margarida Balseiro Lopes foi questionada pelos deputados sobre os motivos da exoneração. A ministra salientou, primeiro, que “foi uma decisão ponderada e que resultou de vários fatores”. “Desde logo, e depois de termos feito a análise do trabalho da AMA, verificámos que houve o incumprimento de cerca de 70% das metas do PRR. Para além disso, o conselho diretivo estava a funcionar de forma irregular, porque um dos membros tinha saído”, esclareceu.

Por outro lado, a governante revelou que “houve uma segunda preocupação” relacionada com “os recursos humanos da AMA”. “Não é normal, numa casa, saírem 80 pessoas”, afirmou. “Depois há uma outra razão que resulta da necessidade de uma nova orientação de gestão da AMA. E falo em específico da estratégia para os territórios inteligentes que tem cerca de 60 milhões de euros do PRR e que estava a funcionar de forma contrária”, justificou.

A ministra sublinhou que “há uma grande preocupação desde Governo em acompanhar o trabalho da AMA”, uma vez que se trata de uma agência que gere “348 milhões de euros do PRR”, concluiu.

(Notícia atualizada às 12h11)

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Choques globais dominam taxas de juro pela primeira vez na história

Economistas no Fórum do BCE pedem cautela aos bancos centrais face a um ciclo de taxa de juro sem precedentes que tem sido moldado por choques globais e pelas políticas orçamentais dos Estados.

O último dia do Fórum do BCE em Sintra arrancou com as atenções centradas nos ciclos da política monetária, com as apresentações de Kristin Forbes e Paolo Surico, que trouxeram novas perspetivas sobre os desafios atuais enfrentados pelos bancos centrais.

Kristin Forbes, professora do MIT, apresentou o paper “Rate Cyles”, que mostra a evolução dos ciclos das taxas de juro em 24 economias desenvolvidas ao longo de 55 anos, e que levou a investigadora a concluir que o ciclo atual de taxas de juro é, em muitos aspetos, sem precedentes.

No decorrer da sua intervenção, Forbes destacou que, apesar desta singularidade, o ciclo atual também apresenta semelhanças com períodos anteriores: “O caminho agressivo de aumentos das taxas foi muito semelhante aos ciclos de aperto pré-2008, incluindo o nível em que as taxas de juro se estabilizaram neste ponto do ciclo.”

Um dos pontos mais intrigantes da apresentação de Forbes foi a crescente importância dos choques globais na determinação das taxas de juro. “Os choques globais explicaram mais de 50% da variação nas taxas de juro. É a primeira vez que podemos dizer que os choques globais foram mais importantes do que os choques domésticos na explicação dos movimentos das taxas de juro”, salientou.

Por outro lado, Paolo Surico, professor da London Business School, trouxe uma perspetiva complementar ao estudo de Kristin e dos co-autores do paper (Jongrim Ha e Ayhan Kose), focando-se em três elementos cruciais: salários, inflação dos serviços e política fiscal.

Surico apresentou dados que desafiam algumas perceções comuns. “Apesar de a inflação estar acima da média histórica, os salários não estão”, notando inclusive uma “forte correlação negativa” entre o Índice de Preços no Consumidor na Zona Euro e os salários. “Os salários estão a subir mais tarde do que o IPC”, destacou.

Relativamente à inflação dos serviços, um tema bastante discutido no último painel do Fórum BCE de terça-feira, que contou com a participação de Christine Lagarde (presidente do BCE) e Jerome Powell (presidente da Fed), Surico notou uma mudança significativa relativamente a ciclos anteriores. “A inflação dos serviços atingiu o pico entre seis meses e um ano mais tarde. Isto implica que há um período em que a inflação dos serviços está a subir enquanto a inflação geral está a descer.”

O professor da London Business School também alertou para o papel, muitas vezes subestimado, da política orçamental na inflação recente: “O aumento de 6,5% nos gastos públicos da área do euro em 2020 contribuiu entre 2,5% e 4% para a inflação mundial entre 2022 e 2023”.

Ambos os economistas concordaram que o atual ambiente económico exige cautela por parte dos bancos centrais. Forbes concluiu que “qualquer recalibração das taxas de juro no futuro deve ser cautelosa e gradual”, notando que “há incerteza sobre como este ciclo de taxas se irá traduzir”.

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Instagram testa anúncios que não podem ser passados à frente

  • + M
  • 3 Julho 2024

O Instagram diz estar "sempre a testar formatos que possam gerar valor para os anunciantes" e que vai fornecer mais atualizações caso esta fase de testes resulte em mudanças permanentes na plataforma.

O Instagram está a testar um método de publicidade onde os anúncios não podem ser passados à frente pelos utilizadores.

Atualmente a rede social permite que as pessoas ignorem os anúncios e passem “instantaneamente” para as próximas imagens, vídeos, stories ou reels. Para o evitar, o Instagram está a testar uma funcionalidade, denominada “ad break“, que não permite aos utilizadores passar à frente os anúncios que surgem.

Esta ferramenta parece ser parecida com a que é utilizada pelo YouTube, na medida em que também aparece um contador nos anúncios, que indica o tempo que resta para o utilizador poder passar a publicidade à frente.

“Às vezes, podes precisar de visualizar um anúncio antes de poderes continuar a navegar”, diz a rede social da Meta a quem, confrontado com estes anúncios, clica para obter mais informações.

A informação começou por ser divulgada por utilizadores descontentes nas redes sociais, mas entretanto a mesma já terá sido confirmada pela rede social. Segundo a BBC, o Instagram referiu estar “sempre a testar formatos que possam gerar valor para os anunciantes”, tendo acrescentado que vai fornecer mais atualizações caso esta fase de testes resulte em mudanças permanentes na plataforma.

Numa outra declaração, posterior, a Meta também disse estar “sempre a experimentar novos produtos e soluções publicitárias alinhadas com a evolução das tendências e necessidades do negócio”, cita a BBC.

Recorde-se que em outubro a Meta passou a disponibilizar um modelo pago de subscrição sem publicidade do Facebook e Instagram.

Os internautas, de forma geral, têm-se mostrado contra a possibilidade desta medida ser implementada pelo Instagram, como se pode constatar em publicações de utilizadores em diferentes plataformas, seja no Threads ou no X, ou numa discussão no Reddit.

Um estudo do TikTok publicado no início do ano aponta que a obrigatoriedade imposta aos consumidores de verem publicidade pode diminuir a sua envolvência com os anúncios.

Na verdade, 73% das pessoas concordam que ter a possibilidade de passar vídeos à frente as faz envolverem-se mais e 56% diz que é mais provável verem ativamente vídeos patrocinados por uma marca quando têm a opção de o passar à frente.

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Finanças autorizam garantias de 1,87 mil milhões para duas novas linhas de crédito

O Fundo de Contragarantia Mútuo só é usado para suportar parte das perdas que venham a ser apuradas por incumprimento do serviço da dívida a que se comprometeram as empresas.

O Ministério das Finanças autorizou a concessão de 1,87 mil milhões de euros em garantias pelo Fundo de Contragarantia Mútuo, para operacionalizar as linhas InvestEU e Apoio Turismo + Sustentável.

Autorizo a concessão da garantia pelo Fundo de Contragarantia Mútuo, no âmbito das Linhas InvestEU, até ao limite de capital de 1.840.000.000 de euros” e “autorizo a concessão da garantia pelo Fundo de Contragarantia Mútuo às Sociedades de Garantia Mútua, no âmbito da Linha Apoio Turismo + Sustentável, até ao limite de 32.000.000”, diz o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, nos dois despachos publicados esta quarta-feira em Diário da República.

O Fundo de Contragarantia Mútuo permite que as sociedades de Garantia Mútua assumam as suas responsabilidades enquanto garantes dos financiamentos emitidos pela banca a favor das empresas portuguesas. Mas só é usado para suportar parte das perdas que venham a ser apuradas por incumprimento do serviço da dívida a que se comprometeram as empresas. A parte restante das eventuais perdas é suportada pelo banco e pela SGM envolvida no contrato com a empresa.

“O FCGM garante, automática e obrigatoriamente, todas as garantias emitidas pelas SGM (daí se falar de contragarantia ou “resseguro”), alavancando assim a sua capacidade de intervenção e apoio às PME e demais entidades visadas, como por exemplo os agricultores e os estudantes do ensino superior”, explica a SPGM, a sociedade que deu origem ao Banco de Fomento.

As linhas Invest EU foram assinadas há duas semanas e têm por objetivo ajudar a capitalizar o potencial oferecido pelos programas da UE tendo em conta que o aumento das taxas de juro tornou mais oneroso o acesso das PME a financiamento, atuando sobretudo ao nível da transição verde. Além disso, contam com uma garantia da própria União Europeia no âmbito do Programa InvestEU, no montante global de 190 milhões de euros.

a Linha Apoio Turismo + Sustentável faz parte do Programa Empresas Turismo 360°, que visa incentivar as empresas do setor turístico a adotar uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance) e analisar os impactos da sua atividade no ambiente e nos sistemas sociais em que operam.

Esta linha tem uma dotação de 500 milhões de euros e cada empresa pode no máximo obter um empréstimo de 750 mil euros para comprar equipamentos, sistemas ou para implementar soluções que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com uma trajetória de neutralidade carbónica. A linha tem um período de carência de 48 meses.

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Governo abre a porta de saída ao Inspetor-Geral de Finanças e outros cinco dirigentes em novembro

Primeira fase da reforma do Estado cessa “automaticamente” as comissões de serviço de seis dirigentes em novembro. Secretário-geral vai ganhar quase tanto como um secretário de Estado: 6.105,56 euros.

António Ferreira dos Santos, inspetor-geral de Finanças desde 2021, é um dos seis dirigentes de entidades públicas que o Governo ‘convida’ a sair no próximo mês de novembro. As respetivas comissões de serviço “cessam automaticamente”, lê-se no diploma que suporta a primeira fase da reforma do Estado, publicado esta terça-feira em Diário da República.

Na lista, surgem ainda os cargos dirigentes do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e as chefias dos centros de competência JurisAPP e PlanApp.

No processo gradual de fusão e reestruturação de serviços, para janeiro de 2025, fica entreaberta a porta para cessação das direções das secretarias-gerais (SG) da Economia e do Ambiente e Energia. Em junho de 2025, será a vez das lideranças das SG de Finanças e do Trabalho. As restantes SG têm reestruturação marcada para janeiro de 2026.

O diploma do Governo, apesar de prever a cessação automática, ressalva “que os titulares dos cargos dirigentes mantêm-se em funções até à conclusão dos respetivos processos de fusão ou reestruturação”.

As secretarias-gerais de oito ministérios serão fundidas numa grande secretaria-geral do Governo que irá concentrar Ambiente, Economia, Educação, Finanças, Justiça, Saúde, Trabalho e Presidência do Conselho de Ministros. Mantêm-se autónomas as secretarias-gerais dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional e da Administração Interna. Ao todo, das atuais 11 secretarias-gerais, o Executivo terá apenas quatro.

Novo secretário-geral do Governo vai ganhar quase tanto como um secretário de Estado

O novo secretário-geral (SG), que ficará responsável pelos gabinetes de oito ministérios, é “nomeado e exonerado livremente pelo primeiro-ministro” e será coadjuvado por seis secretários-gerais adjuntos, segundo o mesmo diploma.

A remuneração deste cargo da Administração Pública será de 4.884,45 euros brutos por mês, o que corresponde “a 100 % do nível remuneratório 80 da Tabela Remuneratória Única (TRU)” da Administração Pública. O novo secretário-geral terá direito a mais 25% do seu vencimento em despesas de representação, o que se traduz numa retribuição adicional de 1.221,12 euros. Tudo somado dá 6.105,56 euros brutos por mês. Isto significa que este dirigente será remunerado quase ao nível de um secretário de Estado, que aufere 6.146,84 euros. A diferença é de 41,28 euros mensais.

Os seis secretários-gerais adjuntos vão ganhar 4.151,78 euros brutos por mês, o que corresponde a 85% do vencimento do secretário-geral. Recebem ainda 830,36 euros em ajudas para despesas de representação, o que corresponde a 20% da sua renumeração base mensal ilíquida. No total, a folha salarial pode chegar aos 4.982,14 euros mensais brutos.

Haverá ainda vagas para nove diretores de serviço na nova estrutura da Administração Pública que irão ter um ordenado bruto mensal de 3.663,34 euros, que diz respeito a 75% do ganho mensal do secretário-geral a que acrescem despesas de representação de 15% da remuneração base, o que dá um total de 4.212,84 euros ilíquidos por mês.

O Governo cria ainda um Fórum da Administração Pública para “melhorar a coordenação da execução de políticas públicas transversais, através de uma maior integração e articulação interdepartamental”. Esta nova entidade será composta pelo SG do Governo, o presidente da Espap, e outros dirigentes, entre os dos centros de competência ou da Direção-Geral do Orçamento.

Até janeiro de 2026 está prevista, de forma gradual, a redução de 25% dos cargos de dirigentes, de 315 para 236 e menos quatro milhões de euros nas despesas com vencimentos. Ao mesmo tempo, serão libertados 27 edifícios, com vários serviços e ministérios a mudarem-se para a sede da Caixa Geral de Depósitos no Campo Pequeno, em Lisboa.

A concentração dos serviços de topo do Estado foi anunciada há uma semana pelo Governo e faz parte de uma reforma do Estado – com poupanças previstas de cerca de 23 milhões de euros por ano –, necessária para o Executivo de Luís Montenegro poder solicitar o quinto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor global de 2.775 milhões de euros. O pedido será feito a 11 de julho, na próxima semana.

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Musiversal levanta 2,8 milhões de euros para dar gás à expansão do serviço

Plataforma regista mais de 300 mil minutos de sessões musicais por mês e, nos últimos 12 meses, triplicou o número de subscritores.

Equipa Musiversal

A Musiversal levantou três milhões de dólares (cerca de 2,8 milhões de euros) que vão alimentar a expansão do serviço de subscrição da plataforma de criação e produção musical, atualmente com mais de 300 mil minutos de sessões musicais por mês.

“Este financiamento marca um momento crucial para nós na Musiversal. Com estes recursos, vamos escalar as nossas operações e melhorar ainda mais a nossa oferta de serviços, garantindo que músicos e criadores de todo o mundo tenham acesso ilimitado às melhores ferramentas e talentos musicais disponíveis”, diz André Miranda, CEO da Musiversal, citado em comunicado.

A ronda SAFE (Simple Agreement for Future Equity) foi liderada pela Iberis Capital e conta com a participação da Lince Capital e Shilling.

Com sede em Portugal, a Musiversal permite que músicos e produtores colaborem entre si em tempo real através da plataforma. Desde o ano passado, lançou o serviço de subscrição Musiversal Unlimited, que possibilita aos subscritores acesso ilimitado a músicos de sessão, engenheiros de mistura, masterização, compositores e produtores por um custo mensal de 199 dólares (186 euros).

Atualmente, a plataforma regista mais de 300 mil minutos de sessões musicais por mês e, nos últimos 12 meses, triplicou o número de subscritores. A startup estima que no próximo ano deverá superar um milhão de minutos de sessão por mês.

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Bruxelas “declara guerra” aos preços baixos da Temu e Shein

Bruxelas prepara-se para impor taxas sobre produtos de baixo custo de plataformas chinesas. A medida visa combater a subsidiação de Pequim e segue ataque recente à indústria de veículos elétricos.

A Comissão Europeia está a preparar o terreno para uma mudança significativa no panorama do comércio eletrónico, com planos para impor taxas alfandegárias sobre produtos “baratos” provenientes de retalhistas online chineses, como a Temu e a Shein.

Esta medida, noticiada esta quarta-feira pelo Financial Times, visa travar o que Bruxelas considera ser uma subsidiação do Governo chinês à indústria de comercialização de produtos de baixo custo.

A proposta, que deverá ser apresentada ainda este mês, sugere a eliminação do atual limite de 150 euros que os produtos podem ser importados sem taxas. Esta isenção tem sido amplamente explorada por plataformas como a Temu, AliExpress e Shein, que beneficiam de custos de envio subsidiados, tornando rentável o envio de produtos baratos por via aérea, segundo uma fonte citada pelo jornal britânico.

Esta é a segunda iniciativa no espaço de poucas semanas lançadas por Bruxelas para combater a subsidiação da importação de produtos chineses. Paralelamente à medida que pretende impor barreiras à indústria trasformadora, a Comissão Europeia está a desenhar um plano para acrescentar um imposto adicional de até 25% à taxa existente de 10% sobre as importações de carros elétricos chineses, já a partir deste mês.

Esta medida poderá elevar as tarifas totais para até 35%, representando um duro golpe para as fabricantes chinesas que têm ganho terreno no mercado europeu.

O timing destas iniciativas não poderia ser mais crítico. Esta terça-feira, no segundo dia do Fórum do BCE que se realiza até esta quarta-feira em Sintra, Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, alertou para os riscos de uma nova guerra comercial que poderá pressionar os preços nos EUA e travar o crescimento na Europa.

A tributação adicional sobre produtos chineses por parte de Bruxelas surge num contexto de crescente preocupação com a segurança e qualidade dos produtos importados: em 2023, o número de produtos perigosos reportados pelos países da União Europeia aumentou mais de 50% em relação ao ano anterior, atingindo mais de 3.400 itens.

Mas estas medidas surgem também num período marcado por acusações mais vorazes por parte das empresas europeias sobre a concorrência considerada desleal por parte das empresas chinesas.

As empresas chinesas visadas, tanto no comércio eletrónico como no setor automóvel, afirmam estar abertas a ajustes políticos que alinhem com os interesses dos consumidores, desde que sejam justos e aplicados de forma equitativa. No entanto, o Ministério do Comércio da China já manifestou a sua forte oposição aos planos de Bruxelas, acusando a União Europeia de ignorar as regras da Organização Mundial do Comércio e de ameaçar tomar “todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

Estas potenciais mudanças na política comercial da UE poderão ter implicações significativas para os consumidores europeus, habituados a preços baixos nestas plataformas e a uma crescente oferta de carros elétricos acessíveis. No entanto, também poderão nivelar o campo de jogo para os retalhistas e fabricantes europeus, que há muito se queixam de concorrência desleal.

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“Procuramos e premiamos ideias e investigadores que possam vir a ser a base e os líderes de projetos europeus e internacionais”

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  • 3 Julho 2024

Eurico Neves, chairman e fundador da INOVA+, partilha, em entrevista ao ECO, o papel da INOVA+ enquanto ajuda fundamental para todo o tipo de empresas.

Com mais de 25 anos de experiência no mercado nacional e internacional, a INOVA+ é uma consultora que apoia a inovação, a promoção de projetos de I&DT e o acesso a financiamento, de forma a contribuir para o crescimento e o sucesso das organizações. Neste momento, a consultora tem mais de 100 colaboradores de diferentes nacionalidades e marca presença em Portugal, Bélgica, Polónia e Alemanha.

O apoio proporcionado pela INOVA+ é crucial para as empresas que procuram não só desenvolver novas ideias e tecnologias, mas também garantir a sustentabilidade financeira dos seus projetos através do acesso a fundos de investimento e outros mecanismos de financiamento. Este tipo de suporte é vital para fomentar a competitividade e a capacidade de inovação das empresas, especialmente num contexto económico global cada vez mais exigente e dinâmico.

Para aprofundar a importância deste papel e compreender melhor as estratégias da INOVA+, o ECO esteve à conversa com Eurico Neves, chairman e fundador da INOVA+, que partilhou o papel da consultora no apoio a diferentes tipos de organizações, bem como os projetos que tem vindo a desenvolver, entre eles o Prémio INOVA+.

O que é exatamente a INOVA+ e como se tem desenvolvido?

A INOVA+ é uma consultora dedicada a apoiar o crescimento das organizações, nomeadamente através da inovação, do desenvolvimento sustentável e do acesso a financiamento nacional e internacional. Apoiamos organizações de todos os tipos – públicas e privadas, com e sem fins lucrativos, desde startups até governos ou corporações multinacionais, na sua transformação em resposta aos desafios atuais.

A empresa nasceu em 1997 muito focada na inovação tecnológica e na promoção da cooperação tecnológica internacional para projetos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente através do fomento da participação nacional em consórcios dos programas quadro europeus de inovação, aproveitando a experiência que eu, como fundador, ganhei em cerca de quatro anos a trabalhar na Comissão Europeia como perito. Até ao final dos anos 90, em Portugal, eram muito poucas as entidades que participavam com regularidade nestes programas e quase todas de teor académico, havendo muito poucas empresas ou entidades públicas a participar. A criação da INOVA+ contribuiu decisivamente para alterar esse cenário, sendo hoje Portugal um país que participa nos programas europeus de inovação acima da sua contribuição para os mesmos. A INOVA+ é a empresa portuguesa com maior participação no programa Horizonte Europa – estamos envolvidos em 29 projetos, totalizando um financiamento superior a 14 milhões de euros, e isto tem um grande efeito de arrastamento de outras entidades nacionais.

O nosso foco inicial enquanto empresa foi muito nos programas europeus de inovação, mas rapidamente alargamos a nossa oferta de serviços, aproveitando a procura do mercado e a transformação do mercado de inovação a nível europeu. Se os programas europeus começaram como um financiamento à investigação e desenvolvimento que beneficiava principalmente entidades com capacidade científica – universidades, centros de investigação e algumas, poucas, grandes empresas, – hoje eles são na realidade um mercado público de produtos e soluções inovadoras – o maior do mundo, de facto, mesmo superior ao dos EUA.

"O reconhecimento do nosso trabalho pelos clientes permitiu-nos alcançar um volume de negócios anual de 10 milhões de euros e ter uma posição de liderança destacada em Portugal em termos de participação em projetos internacionais de inovação.”

A Comissão Europeia, em representação dos seus estados-membros, posiciona-se hoje como o primeiro comprador desses produtos e soluções, de forma a facilitar a sua rápida – imediata, na maior parte dos casos – entrada nos mercados “normais”. É um mercado superior a 15 mil milhões de euros por ano, altamente competitivo, que define aquilo que serão os mercados globais de tecnologia no futuro, e de que as organizações portuguesas não se podem alhear. Mas que obriga a uma estratégia clara e sustentada de inovação, com necessidade de planeamento estratégico, capacitação, formação, captação de financiamentos complementares, desenvolvimento de parcerias e redes de valor e colocação dos produtos em outros mercados complementares.

Com base no nosso papel pioneiro nos programas europeus e na procura de mercado, fomos desenvolvendo serviços adicionais e centros de competência para satisfazer todas essas necessidades e mantermo-nos próximos dos nossos clientes. Hoje estamos organizados em três direções de negócio – consultadoria, investigação & tecnologia e políticas de inovação – com nove unidades específicas que cobrem desde serviços digitais, a consultadoria para empresas ou projetos europeus. Temos mais de 120 colaboradores e escritórios em Matosinhos, Lisboa e Fundão em Portugal, mas também em Bruxelas (Bélgica) desde 2000, em Varsóvia (Polónia) e em Heidelberg (Alemanha) – onde temos um laboratório de experimentação em Inteligência Artificial.

O reconhecimento do nosso trabalho pelos clientes permitiu-nos alcançar um volume de negócios anual de 10 milhões de euros e ter uma posição de liderança destacada em Portugal em termos de participação em projetos internacionais de inovação. Somos também o maior participante em missões da União Europeia para um futuro mais sustentável, nomeadamente na missão para as alterações climática, e uma entidade de referência em tudo o que tem a ver com crescimento pela inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável no mercado.

Nos últimos anos, angariamos para os nossos clientes mais de 1 bilião de euros de financiamento, contribuindo em grande medida para a capacitação do ecossistema português de inovação.

Por que lançaram o Prémio INOVA+?

O Prémio INOVA+ surgiu, há dois anos, por três motivos fundamentais: primeiro, celebrar devidamente, em 2022, os nossos 25 anos de existência com uma iniciativa marcante, com uma visibilidade correspondente à imagem que já temos no mercado, e que pudesse ter continuidade; segundo, pela nossa vontade de premiar e evidenciar a inovação de excelência que é feita em Portugal, quer nas universidades e organismos públicos, quer nas empresas, com uma aplicação direta na nossa qualidade de vida, e para a qual nós na INOVA+ nos orgulhamos de contribuir; terceiro, incentivar o surgimento de projetos de maior envergadura, contribuindo para uma maior escala da inovação no País.

Desde o início que a intenção foi criar um prémio bienal, com categorias distintas para investigadores académicos e empresas tendo este ano, na 2ª edição, acrescentado a categoria da administração pública e gestão urbana. Também procurámos que o prémio tivesse uma atenção especial a áreas tecnológica de ponta, com elevada aplicação no mercado após uma escalabilidade através de projetos de maior dimensão. Por isso, procuramos e premiamos ideias e investigadores que possam vir a ser a base e os líderes de projetos europeus e internacionais. Podemos constatar esse efeito “acelerador” do nosso prémio na primeira edição, algo que esperamos reforçar ainda mais já nesta e em futuras edições. Na primeira edição tivemos mais de 200 manifestações de interesse e mais de 50 candidaturas formalizadas. Venceram, nas diferentes categoriais, projetos com muita qualidade, que têm vindo a ser reconhecidos também noutros contextos. É o caso, por exemplo, da startup ETHIACK que venceu o Prémio INOVA+ na categoria de Excelência Empresarial – Inteligência Artificial, e foi premiada como a Startup Mais Promissora no Web Summit 2023.

Eurico Neves, chairman e fundador da INOVA+.
O país tem estado muito concentrado no PRR e no Portugal 2030. Que balanço faz destes programas?

É verdade, o país está concentrado nos programas financiados pelos fundos estruturais – como o Portugal 2020, e agora o Portugal 2030 – e no Plano de Recuperação e Resiliência, com os fundos especiais que a Comissão disponibilizou aos estados-membros no pós-COVID. A questão é se esses programas estão suficientemente concentrados no país e nas suas necessidades reais em termos de aumento de competitividade. E não penso que o estejam, pelo menos não da forma necessária.

"Os fundos estruturais, ou o PRR, chegam ao nosso país por sermos mais pobres do que os outros, como são os casos dos fundos de coesão como o Portugal 2030, ou de uma forma excecional e temporária para a recuperação após a pandemia, o PRR. Nós não queremos ser mais pobres do que os outros toda a vida, e a pandemia já lá vai, pelo que estes fundos irão eventualmente terminar.”

Como disse, a INOVA+ nasceu com uma orientação muito forte para os programas internacionais de inovação, como os programas-quadro da Comissão Europeia, que implementam a política comum europeia de inovação e competitividade. Para participar nesses programas e aceder ao mercado comum europeu de inovação, as organizações nacionais têm que colaborar mas também competir com entidades de todos os países europeus, incluindo os mais competitivos, em pé de igualdade e sem nenhum benefício por sermos provenientes de um país da coesão ou sermos mais pequenos. Sermos melhores do que eles é a forma de obtermos os contratos. É a verdadeira liga dos campeões da inovação europeia, onde não basta ser bom na nossa terra, tem que se estar entre os melhores dos melhores a nível europeu, o que estimula a competitividade e a excelência.

Pelo contrário, os fundos estruturais, ou o PRR, chegam ao nosso país por sermos mais pobres do que os outros, como são os casos dos fundos de coesão como o Portugal 2030, ou de uma forma excecional e temporária para a recuperação após a pandemia, o PRR. Nós não queremos ser mais pobres do que os outros toda a vida, e a pandemia já lá vai, pelo que estes fundos irão eventualmente terminar, ao contrário dos programas europeus que deverão continuar a existir enquanto existir União Europeia e Portugal fizer parte dela e enquanto a inovação e competitividade forem uma prioridade para a Europa na sua luta pela liderança global.

Desta forma, os programas nacionais ou o PRR deveriam ter um grande papel de capacitação do tecido económico nacional, de forma a prepará-lo para mercados mais competitivos – um pouco como os campeonatos nacionais, que apuram as equipas para as competições europeias. Para tal, seria necessário um maior alinhamento entre as regras e orientação de programas nacionais e europeus, algo que não tem vindo a acontecer.

"Muitos dos nossos parceiros nacionais, incluindo entidades públicas, também se queixam de que muito do que apreendem em programas europeus – incluindo os muitos esquemas de capacitação, “peer-review” e partilha de experiências com outras entidades – e que é transmitido à administração central, não é depois refletido na gestão dos programas nacionais.”

A sensação que se tem é a de que enquanto os programas europeus estão cada vez mais perto dos mercados, mais virados para as empresas e com uma gestão mais ágil, mais rápida e menos burocrática, com instrumentos como financiamentos em “lump-sum”, pagando por resultados e tarefas e não por custos reais, e em “cascata” – passando a responsabilidade de financiamento de pequenos projetos para projetos maiores – os programas nacionais continuam agarrados a processos lentos e administrativamente complexos.

Muitos dos nossos parceiros nacionais, incluindo entidades públicas, também se queixam de que muito do que apreendem em programas europeus – incluindo os muitos esquemas de capacitação, “peer-review” e partilha de experiências com outras entidades – e que é transmitido à administração central, não é depois refletido na gestão dos programas nacionais. Assim, grande parte do possível impacto perde-se em métodos ineficientes – porque datados – de gestão, coordenação e avaliação, os quais não garantem o alcance possível para estes projetos. Isto acaba por e refletir nas taxas de aprovação e execução destes programas: o PRR, a terminar em 2026, tem hoje uma taxa de execução de 24%; no Portugal 2030, a terminar em 2027, apenas 5,5% do fundo total previsto foi aprovado e a taxa de execução está abaixo de 1%.

No entanto, há sem dúvida alguns sinais positivos, como é o caso das agendas mobilizadoras lideradas por empresas no âmbito do PRR e nas quais a INOVA+ está fortemente envolvida. Estamos ligados à gestão de cinco destes projetos de grande escala, que são um bom exemplo de uma maior orientação para o mercado. Outro sinal positivo é a recente abertura de um novo instrumento de financiamento, no âmbito do Portugal 2030, para apoiar PME e Empresas com Small Mid Cap na preparação e submissão de candidaturas a programas de Investigação & Inovação financiados pela União Europeia (como o Horizonte Europa).

Quais as áreas onde considera ser necessária mais inovação em Portugal?

Apetece dizer em todas, até porque estamos ainda abaixo da média europeia no European Innovation Scoreboard. Em 2023 Portugal ocupava a posição 18 em 27. Mas há duas áreas que, pela sua importância, potencial transformativo e impacto potencial em todas as outras áreas, me parecem claramente mais importantes: a inteligência artificial, que irá mudar todos os processos e formas de trabalhar a que estamos habituados, e a sustentabilidade, que é essencial para o nosso futuro e terá também forçosamente que passar a influenciar todas as nossas realizações. Ou seja, dentro de muito pouco tempo, se fizermos algo de novo, será de certeza com recurso a algum grau de inteligência artificial, e terá que levar em linha de conta princípios de sustentabilidade, ou então não vale a pena – ou não se poderá – fazer. Se Portugal quiser ter um papel de destaque a nível global, em que área for – no turismo, no têxtil, no calçado, nos componentes eletrónicos ou nos bens agrícolas – terá que desenvolver a sua capacidade de inovação nestas duas áreas capitais, a inteligência artificial e a sustentabilidade.

Na INOVA+ estamos já a trabalhar em vários projetos nas áreas da inteligência artificial e da sustentabilidade na Europa, nomeadamente naquele que é um dos maiores projetos de adaptação às alterações climáticas, o projeto RESIST, com um financiamento comunitário de 25 milhões de euros e que é coordenado pela INOVA+, conjuntamente com a maior organização científica da Noruega, o SINTEF. Este projeto envolve o desenvolvimento de soluções inovadoras para uma maior sustentabilidade em 12 regiões europeias, incluindo o Centro de Portugal, onde o foco é a prevenção de novos incêndios de grande escala como os que infelizmente atingiram a região em 2017.

Fala-se muito da cooperação entre a comunidade científica e empresarial. Que balanço faz desta relação em Portugal?

É melhor do que há uns anos atrás, mas muito inferior ao que poderia ser, tendo em atenção o potencial da nossa comunidade científica e as necessidades do nosso tecido empresarial. Isto acontece, fundamentalmente, devido a problemas de gestão e posicionamento e à falta de mais e melhores incentivos para a colaboração.

Até há não muito tempo, a gestão da inovação na maior parte das economias europeias era feita por aplicação da lei da gravidade. Parte-se do princípio de que tudo começa na ciência, que está no cimo da cadeia de valor, e despeja-se dinheiro nesta, esperando que por gravidade este acabe por cair e produzir resultados na economia real e nas empresas, que estão cá em baixo. Claro que isto funciona, se despejarmos muito dinheiro, como mostram setores como a defesa ou o espaço, mas não é eficiente, especialmente para economias de menores recursos. É um pouco como a distribuição de água em velhas redes urbanas: abrimos a torneira e temos água em casa, mas as perdas de água ao longo da rede podem ser superiores a 50% e isso, hoje em dia, não é sustentável. Então temos que melhorar a rede, o mesmo se passa com o sistema de inovação.

"Hoje em dia, as carreiras de investigação são definidas quase exclusivamente pelas publicações e há poucos ou nenhuns incentivos dentro da academia à exploração de resultados.”

Precisamos de um diferente posicionamento por parte do sistema científico, com um posicionamento comercial mais agressivo em relação à venda e transferência da tecnologia desenvolvida nas universidades e centros de investigação, e maiores incentivos aos investigadores para participarem na exploração dos resultados dos seus projetos. Hoje em dia, as carreiras de investigação são definidas quase exclusivamente pelas publicações e há poucos ou nenhuns incentivos dentro da academia à exploração de resultados. Mesmo os gabinetes de transferência de tecnologia, quando existem, estão quase exclusivamente virados para dentro, para os investigadores, sem nenhum esforço proativo de venda junto da indústria. E como qualquer empresa dirá, sem esforço não há vendas.

Nós na INOVA+ temos feito um grande esforço nesta área, e com muito bons resultados, nomeadamente junto dos Institutos Politécnicos que possuem um posicionamento mais próximo da indústria, mas também com várias Universidade e Centros de Investigação É exemplo disto o nosso envolvimento naquele que foi, até hoje, o projeto nacional de I&D em bioeconomia de base florestal com maior investimento – 15 milhões de euros. O projeto Inpactus, financiado no âmbito do Portugal 2020, juntou a The Navigator Company, o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, a Universidade de Coimbra e a Universidade de Aveiro, para desenvolver produtos e tecnologias inovadores a partir do eucalipto, com resultados muito interessantes.

Têm apoiado a administração pública local na captação de fundos. Quais as áreas onde estão a surgir mais projetos?

Uma das nossas áreas de maior sucesso e crescimento é efetivamente na colaboração com municípios e regiões, quer em Portugal quer noutros países europeus, na promoção da inovação urbana como motor do desenvolvimento sustentável e da melhoria da qualidade de vida da população, que na Europa se concentra em 75% nas cidades e suas periferias. Mas também na colaboração rural e urbana.

Quando comecei a trabalhar na Comissão Europeia, em meados dos anos 90, o foco era em políticas regionais de inovação, mas hoje é cada vez mais na inovação urbana e nas políticas de cidades. A própria Direção-Geral de Desenvolvimento Regional da Comissão Europeia, como era anteriormente chamada e que coordena todos os fundos estruturais que financiam o nosso Portugal 2030, designa-se hoje como DG de Desenvolvimento Regional e Urbano. E, com isto, apareceram inúmeros programas de apoio à inovação e colaboração entre cidades, desde o URBACT à European Urban Initiative (EUI), onde a INOVA+ tem sido líder incontestado na promoção da participação nacional, tendo estado na génese dos únicos projetos URBACT com liderança nacional (mais informações aqui),ou dos dois projetos EUI de grande escala, com 5 milhões de euros de financiamento europeu, de cidades portuguesas aprovados até hoje, em Viana do Castelo e Coimbra. Mas também com projetos de smart cities e de desenvolvimento sustentável, no âmbito do programa europeu Horizon Europe, com muitas outras cidades e comunidades intermunicipais, e muitos outros projetos nacionais.

"Há financiamento disponível para administração pública local adotar tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA) ou gémeos digitais, aplicadas às áreas de Governança; Sociedade; Mobilidade; Ambiente; Qualidade de Vida e Economia.”

As áreas de intervenção privilegiadas pelos municípios portugueses não fogem àquelas que são as prioridades europeias e nacionais. A inteligência artificial e a transformação dos serviços urbanos para uma nova realidade apoiada em processos digitais e, em breve, no metaverso, tema do nosso projeto URBACT com o Fundão, ou o uso de ferramentas de IA para um turismo mais sustentável, que é o tema do projeto EUI recentemente aprovado com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.

Nesta temática, no final de 2023, a Agência para a Modernização Administrativa lançou a Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI) para o horizonte temporal 2030. No âmbito desta estratégia, há financiamento disponível para administração pública local adotar tecnologias emergentes como inteligência artificial (IA) ou gémeos digitais, aplicadas às áreas de Governança; Sociedade; Mobilidade; Ambiente; Qualidade de Vida e Economia. A INOVA+ tem vindo a apostar nesta temática oferecendo serviços diretamente relacionados com estas tecnologias.

Temos também contribuído para a promoção do empreendedorismo e dos ecossistemas urbanos de inovação, onde temos trabalhado com Lisboa e com muitos outros municípios. E temos também outro tema que nos apaixona e onde somos pioneiros em Portugal e na Europa: o cruzamento entre a Ciência, a Tecnologia e as Artes e o pensamento criativo. Este é um movimento que na Europa se apelida de S+T+ARTS para Science, Technology and Arts, que pretende promover uma inovação mais centrada no cidadão, e é o tema do nosso projeto para a criação de um centro STARTS em Viana de Castelo, um dos projetos financiados pela European Urban Initiative.

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Portugal é o 15.º melhor país para estrangeiros morarem. Caiu cinco lugares face ao ano passado

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

Indicador que incide sobre o trabalho no exterior, bem como o índice dos fatores mais relevantes para os emigrantes (como habitação, serviços digitais e o idioma), tiveram uma pior avaliação.

Portugal ficou na 15.º posição do ranking Expat Insider 2024, que avalia os melhores países para pessoas a morar no estrangeiro, uma queda de cinco lugares face ao índice do ano passado.

O ranking, que é elaborado pela InterNations desde 2014 e avalia 53 países, é liderado pelo Panamá, que subiu do 3.º lugar para o 1.º, seguindo-se o México e a Indonésia.

É apenas no quarto lugar que surge o primeiro país europeu: Espanha foi considerado o 4.º melhor país para os estrangeiros, ficando mesmo no topo do índice que mede a qualidade de vida. O top 5 fica fechado com a Colômbia.

Portugal encontra-se então na 15.º posição, ao ter recuado em alguns dos indicadores avaliados neste ranking.

Por um lado, os índices de qualidade de vida (7.º lugar), finanças pessoais (13.º) e facilidade de integração (15.º) continuam a apresentar bons desempenhos para Portugal.

No entanto, o indicador que incide sobre o trabalho no exterior, bem como o índice dos fatores mais relevantes para os emigrantes (como habitação, serviços digitais e o idioma), tiveram uma pior avaliação, fazendo com que a classificação dos inquiridos sobre a felicidade geral com a vida em Portugal perdesse a posição no top 5.

Os estrangeiros a viver em Portugal queixam-se da falta de oportunidades de carreira, bem como das burocracias que enfrentam para trabalhar no país.

Neste ranking, onde participaram 12 mil pessoas de 175 nacionalidades, o último lugar coube ao Kuwait, enquanto a Turquia ficou em 52.º e a Finlândia em 51.º, este último representando a maior queda no índice este ano, de 16.º para 51.º, devido à dificuldade na integração e a uma má avaliação das finanças pessoais.

A InterNations está sedeada em Munique, na Alemanha, e é uma das maiores comunidades de estrangeiros do mundo, com mais de 5,3 milhões de membros.

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