Banco e seguradoras dão mais de 20 milhões em dividendos ao Montepio

Todas as empresas da maior mutualista do país tiveram resultados positivos no ano passado. Banco Montepio e seguradoras Lusitania regressam aos lucros após reestruturação.

A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) recebeu mais de 20 milhões de euros em dividendos das suas empresas participadas, incluindo o Banco Montepio, as seguradoras Lusitania e ainda o negócio das residências sénior e de estudantes, de acordo com as informações a que o ECO teve acesso.

Todas as empresas do grupo tiveram resultados positivos no ano passado, alcançado um lucro agregado na ordem dos 70 milhões de euros – ainda que em termos consolidados a AMMG tenha registado um lucro de 92,6 milhões, conforme anunciado na semana passada. O ECO questionou o grupo, que remeteu a resposta para depois do encontro entre o presidente, Virgílio Lima, e os jornalistas que está marcado para esta segunda-feira.

A maior associação mutualista do país tem vindo a reestruturar alguns dos seus negócios com vista a recuperar o dinheiro lá investido, como no caso do banco e da atividade seguradora. E que começa a dar frutos.

Do Banco Montepio chegou um dividendo de cerca de seis milhões de euros, o primeiro em mais de uma década, correspondendo a mais de 20% do resultado de 28,4 milhões obtido no ano passado – um resultado que teria ascendido a mais de 100 milhões se não tivesse de contabilizar o impacto negativo da venda do Finibanco Angola.

O banco liderado por Pedro Leitão empreendeu um duro processo de ajustamento nos últimos anos, que levou à saída de mais de 900 trabalhadores e ao fecho de dezenas de balcões, complementado com uma simplificação da estrutura societária com a venda de negócios não estratégicos como o Banco Empresas Montepio e o Finibanco Angola.

Virgílio Lima, candidato à presidência da Associação Mutualista Montepio Geral, em entrevista ao ECO - 17NOV21

Seguradoras mais do que triplicam lucro

No que toca à atividade seguradora, que também tem em curso um plano de transformação, tanto a Lusitania como a Lusitania Vida multiplicaram os lucros por mais de três no ano passado, apresentando resultados na casa dos 17 milhões de euros cada.

No caso da Lusitania, a reestruturação foi feita ao nível da estrutura de capital (como sucedeu também no banco, de resto), com a injeção de 115 milhões de euros para a cobertura de resultados transitados negativos – um requisito necessário para proceder à distribuição de dividendos, como deu conta o ECO há mais de um ano. No final do ano passado a seguradora reestruturou ainda a rede comercial com o fecho de 16 de 23 balcões que tinha e a colocação de uma centena de trabalhadores em teletrabalho.

Na Lusitania Vida, depois de ter sido fortemente afetada pela turbulência nos mercados financeiros em 2022 em resultado da invasão russa na Ucrânia, deu-se continuidade ao plano de redução do risco da carteira com a venda de ativos financeiros de maior volatilidade e menor rentabilidade.

Residências lucram meio milhão

No negócio das residências, a Residências Montepio, dirigida à população sénior, obteve um resultado líquido de cerca de meio milhão de euros. Já a Montepio Residências para Estudantes, que lucrou mais de 50 mil euros no ano passado, mais do que duplicando em relação a 2022.

Conta com quatro residências em Lisboa, duas em Évora e uma no Porto e outra em Braga, e tiveram taxas de ocupação de 100% à exceção da residência minhota (70%), e há projeto para expandir para a cidade de Coimbra.

(Notícia atualizada às 10h47 para corrigir resultado líquido da Montepio Residências para Estudantes)

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EDP prepara novo futuro para central termoelétrica de Lares de olho no hidrogénio verde e em parcerias

A EDP está a reorganizar o portefólio térmico, de forma a tornar mais ágeis futuras decisões para a transição energética. Estão na calha a produção de hidrogénio ou novas parcerias.

A EDP isolou os ativos da central termoelétrica de Lares, colocando-os sob a alçada de uma nova entidade, numa altura em que pretende reorganizar o portefólio de geração térmica para ser mais ágil quanto a decisões futuras sobre estes ativos. O futuro pode passar por transformar a central para acolher o hidrogénio verde ou parcerias com outras empresas do setor.

De acordo com o documento do projeto de cisão-fusão a que o ECO/Capital Verde teve acesso, a operação em causa passa por destacar os ativos relativos à central termoelétrica de Lares que se inseriam na EDP Produção e na Tergen, uma empresa de operação e manutenção de centrais termoelétricas, que é por sua vez detida pela EDP Produção. Estes ativos fundem-se na entidade CEL Energy – Central Temoelétrica de Lares, a qual se vai manter sob a alçada da EDP e EDP Produção.

No âmbito do plano estratégico da empresa, que afirma querer enveredar por um caminho de transição energética, “tem sido executado um conjunto de medidas com vista a reorganizar o portfólio de ativos de geração térmica“, explica a empresa, no texto do projeto de cisão-fusão. “Esta reorganização visa ainda dotar o grupo EDP da flexibilidade e prontidão de decisão necessárias em relação a opções futuras nos ativos térmicos em causa, incluindo potenciais investimentos na redução da pegada carbónica, hibridização das centrais, adaptação das mesmas para a produção de hidrogénio ou para armazenamento, ou potenciais parcerias com outras entidades do setor“.

Contactada, a EDP preferiu não comentar. A empresa tem estado a promover a reconversão das respetivas centrais térmicas em locais ligados às energias renováveis, hidrogénio verde, armazenamento de energia. Em janeiro de 2023, a EDP anunciou uma parceria com a Cepsa para estudar o desenvolvimento de um projeto de até 1 gigawatt (GW) de hidrogénio no âmbito do Vale do Hidrogénio Verde Andaluz. “Este acordo facilitará a reconversão da central termoelétrica da EDP em Los Barrios (Cádiz) num centro de produção de hidrogénio verde“, indicava a empresa, num comunicado emitido na altura.

A energética portuguesa tem de momento no seu portefólio o projeto GreenH2Atlantic de 100 megawatts, na localidade portuguesa de Sines e, em Espanha, o projeto Green H2 Los Barrios de 130 MW, em Algeciras, e o Asturias H2 Valley de 150 MW, em Aboño.

A EDP pretende atingir uma capacidade de 1,5 gigawatts de hidrogénio verde até 2030 e, de acordo com um levantamento de março deste ano, conta com projetos de mais de 500 megawatts em estágio avançado de desenvolvimento. A EDP Brasil produziu a primeira molécula de hidrogénio verde do grupo em dezembro de 2022, e tem servido como piloto, para apurar questões técnicas e da cadeia de fornecimento.

Em Portugal, os projetos estão numa fase inicial e têm um horizonte de execução de médio prazo, indicou o CEO da EDP Renováveis na Europa e América Latina, Duarte Bello, numa entrevista recente ao ECO/Capital Verde.

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Diferenças entre AD e PS para a descida do IRS vão de 0,55 a 23,5 euros por mês. Veja as simulações

Salários brutos mensais até 2.475 euros, até ao 6.º escalão, ganham mais com a proposta dos socialistas. Ordenados superiores, do 7.º e 8.º níveis, têm vantagem com o projeto de PSD e CDS (AD).

As diferenças entre os projetos de PSD e CDS, partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD), e do PS para a descida do IRS traduzem-se, na prática, numa variação da poupança entre 0,55 a 23,5 euros por mês ou entre 7,72 e 329 euros por ano, segundo as simulações realizadas pelo fiscalista Luís Nascimento, da consultora Ilya, para o ECO.

Os cálculos foram feitos para um solteiro sem filhos, tendo em conta o abate pela dedução específica, de 4.104 euros, ou pelas contribuições sociais, se forem de valor superior, e o montante máximo para as deduções das despesas gerais e familiares, de 250 euros.

Ordenados até 2.475 euros ganham com o PS

Salários brutos mensais até 2.475 euros, isto é, até ao 6.º escalão, têm maiores ganhos com a proposta dos socialistas. Um trabalhador com este vencimento paga, com o projeto do PS, 6.758,22 euros por ano, enquanto que, com a proposta da AD, o imposto anual é de 6.770,42 euros. Ou seja, este contribuinte terá um alívio fiscal de 1,59 euros por mês ou de 22,20 euros por ano, caso o texto do PS seja aprovado em detrimento da iniciativa da AD.

Verifica-se ainda que vencimentos mais baixos têm uma poupança ainda maior na proposta do PS. Por exemplo, um ordenado mensal bruto de 1.500 euros, que está no 4.º patamar de tributação, terá de liquidar, por ano, 2.570,97 euros de imposto, ou seja menos 2,80 euros por mês ou 39,20 euros por ano face aos 2.610,17 euros que teria de entregar ao Estado, com o texto de PSD e CDS.

Quem ganha 1.200 euros ilíquidos por mês, enquadrando-se no 3.º escalão, terá de pagar 1.634,25 euros ao Fisco num ano, segundo as regras do PS. Caso o texto da AD avance, o imposto sobe para 1.673,45 euros. Isto significa uma poupança igualmente de 2,80 euros por mês ou de 39,20 euros por ano na proposta do PS relativamente às taxas de IRS apresentadas pela AD.

Salários acima dos 3.000 euros têm benefício com AD

Já para retribuições mensais brutas mais elevadas, as descidas das taxas do imposto propostas pela AD são mais vantajosas. Assim, o Estado irá cobrar 9.162,32 euros por ano a um trabalhador com um salário ilíquido de 3.000 euros, que está no 7.º escalão do IRS, tendo em conta o texto de PSD e CDS. No caso da proposta do PS, o imposto sobe para 9.174,29 euros. Ou seja, a poupança, com o projeto da AD face ao do PS, é de 0,85 euros por mês ou de 11,97 euros por ano.

No caso de um ordenado de 5.000 euros bruto mês, abrangido pelo 8.º escalão, a AD dá um benefício mensal de 17,55 euros por mês ou de 245,77 euros por ano em comparação com a proposta do PS. No primeiro caso, o imposto a pagar é de 19.865,34 euros. No segundo, sobe para 20.111,11 euros por ano.

Esta vantagem vai subindo e atinge os 23,50 por mês ou 329 euros por ano para salários brutos mensais superiores ou iguais a 7.500 euros, que já estão enquadrados no nono e último escalão de IRS.

De recordar que, na próxima quarta-feira, são votados os projetos de PS, BE e PCP, na especialidade, assim como a substituição da proposta de lei do Governo para a descida do IRS por uma iniciativa da AD.

PS e AD têm feito aproximações, com os socialistas a ir ao encontro do PSD ao baixar mais o IRS do 5.º e 6.º escalões. Os partidos que suportam o Governo também cederam no 3.º e 4.º níveis de rendimento, descendo mais as taxas, e no 6.º, reduzindo menos o imposto, tal como propõem os socialistas.

Mas o braço de ferro mantém-se. PSD insiste na redução do 7º.e 8.º escalões contra a vontade do PS que rejeita qualquer alívio fiscal para os níveis mais elevados de rendimento. O desfecho poderá estar nas mãos do Chega.

Certo é que a margem para avançar com o alívio do IRS já este ano é de 348 milhões de euros, que se irão refletir na diminuição das tabelas de retenção na fonte. Propostas que impliquem um impacto maior para 2024 correm o risco de violar a norma-travão que impede o Parlamento de aprovar medidas que aumentem a despesa ou reduzam a receita para além do que já estava orçamentado.

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Governo acaba com “manifestações de interesse” para aceder a autorização de residência

O Governo aprova esta segunda-feira novas regras para imigrantes no país. Cai a "manifestação de interesse" e passa a ser exigido contrato de trabalho a apresentar nos consulados do país de origem.

O Governo vai apresentar esta segunda-feira à tarde o plano para as migrações, depois da aprovação em Conselho de Ministros, e uma das medidas que deverá ser anunciada é o fim da chamada “manifestação de interesse”, um mecanismo obtido junto da Agência para a Inclusão das Migrações e Asilo (AIMA) que, pelo tempo que demora a ter resposta, acaba por ser uma fórmula de legalização automática de imigrantes desde que completem pelo menos 12 meses de descontos para a Segurança Social. O plano deverá ter mais de três dezenas de medidas e incluirá também, neste contexto, a exigência de um contrato de trabalho para os imigrantes que a partir de agora entrem no país, mas esse contrato terá de ser apresentado nos consulados portugueses dos países de origem.

Oficialmente, o Governo não faz comentários e remete anúncios para depois do Conselho de Ministros. A secretaria-geral da Presidência de Conselho de Ministros (PCM) convidou na semana passada mais de 100 entidades e personalidades para a apresentação do “plano de medidas para as migrações” na tarde desta segunda-feira, na Nova SBE, em Carcavelos. Depois de mais uma semana de notícias sobre o avolumar do número de processos pendentes na AIMA, que já ultrapassará o meio milhão, e da possibilidade de saída de mais de 100 funcionários da agência que substituiu o SEF, o Governo vai aprovar o plano no conselho de ministros extraordinário na segunda-feira de manhã e apresentá-lo da parte da tarde. E neste fim de semana, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, já sinalizou o caminho que o Governo quer seguir. Em entrevista ao DN/TSF, afirmou que Portugal precisa “de uma imigração melhor, regulada e, portanto, sim, existirão acertos de regras. Por outro lado, uma política de atração de imigrantes especialmente focado nos qualificados e, por último, uma melhoria do todo o processo de acolhimento e integração para ser mais humano, mais célere e mais eficaz. Atuaremos com este equilíbrio“.

O plano do Governo segmenta na prática a estratégia em duas linhas de ação: Recuperar as pendências de processos que estão na AIMA e mudar as regras para o futuro, para os novos imigrantes. Há a convicção de que os migrantes que estão em Portugal têm de ter um processo de regularização extraordinário, até para evitar que acabem no Tribunal administrativo do Círculo de Lisboa, como alertava, no ECO, a juíza-conselheira Dulce Neto, que preside ao Supremo Tribunal Administrativo. “A situação é francamente a de um erro político profundo do governo anterior, que tem consequências nos fluxos migratórios e criou um limbo indigno em que vivem milhares de pessoas hoje em Portugal. A referência a existirem mais de 400.000 pendências, processos que não estão decididos, pessoas que não têm a sua situação regularizada relativamente à residência por falta de resposta do Estado, por causa dessas regras e por causa do colapso institucional, é muito preocupante. É uma situação indigna e, obviamente, exige do governo respostas novas. Isto tem e vai ser resolvido“, disse o ministro da Presidência na mesma entrevista.

Uma das possibilidades em cima da mesa é aceitar a legalização de todos os imigrantes que estejam em Portugal com contrato de trabalho, mesmo que a sua entrada em território nacional não tenha sido legal. Atualmente, um imigrante pode entrar em Portugal de forma ilegal, por exemplo a partir de outro país europeu, pedir o comprovativo de ‘manifestação de interesse’ junto da AIMA, que mesmo sem contrato confere um guia provisório à espera de decisão final. E se o imigrante tiver pelo menos 12 meses de descontos, passa diretamente à situação de legal. Como referiu Leitão Amaro na entrevista de fim de semana, há uma média de 5000 pedidos por semana e uma capacidade de resposta que poderá andar neste momento abaixo dos 2000.

O que diz a lei?

No artigo 88º relativo Autorização de residência para exercício de atividade profissional subordinada:

Para além dos requisitos gerais estabelecidos no artigo 77º, só é concedida autorização de residência para exercício de atividade profissional subordinada a nacionais de Estados terceiros que tenham contrato de trabalho celebrado nos termos da lei e estejam inscritos na segurança social.

2 — Mediante manifestação de interesse apresentada através do sítio do SEF da AIMA, I. P., na Internet ou diretamente numa das suas delegações regionais, é dispensado o requisito previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 77.º, desde que o cidadão estrangeiro, além das demais condições gerais previstas naquela disposição, preencha as seguintes condições:

a) Possua um contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho ou tenha uma relação laboral comprovada por sindicato, por representante de comunidades migrantes com assento no Conselho para as Migrações ou pela Autoridade para as Condições do Trabalho;

b) Tenha entrado legalmente em território nacional;

c) Esteja inscrito na segurança social, salvo os casos em que o documento apresentado nos termos da alínea a) seja uma promessa de contrato de trabalho.*

António Leitão Amaro fez questão de detalhar, nesta entrevista, as diferentes condições em que estão os migrantes com processos pendentes na agência das migrações, a entidade que sucedeu ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). “Estamos a falar de todo o ciclo de processos pendentes, que inclui as manifestações de interesse para a primeira autorização de residência, pedidos de reagrupamento familiar, pedidos de vistos, renovação de vistos ou das autorizações de residência, processos dos vistos dos cidadãos da CPLP (Comunidade dos Países e Língua Oficial Portuguesa). As situações dos requerentes de asilo que poderão ficar sob proteção internacional são grupos diferentes“.

Neste sentido, o Governo prepara-se para aprovar uma norma que legaliza todos os imigrantes que tenham contrato de trabalho, mesmo que não tenham os 12 meses de descontos para a Segurança Social. É uma medida que tem preocupações humanitárias e de inclusão, mas também de ordem económica. A AIMA não tem dados finos sobre o número de trabalhadores com contrato de trabalho inferior a 12 meses e a sua expulsão do país poderia ter um efeito económico grave na atividade de milhares de empresas e de setores que têm um peso relevante de imigrantes.

Na entrevista ao DN/TSF, Leitão Amaro fez questão de baixar as expectativas sobre o prazo para ter resultados deste plano. “Este problema não se resolve com uma decisão legislativa sequer. Nem com uma varinha mágica. A regularização de mais de 400.000 pendências vai demorar tempo. O que é que eu tenho a certeza? Uma convicção forte, pelo menos. Que se nada fizermos, se esta situação de grande complexidade nas migrações e na imigração se mantiver, estamos a criar um combustível para a polarização e a radicalização do discurso“.

As migrações, recorde-se, foram um dos temas a marcar a campanha eleitoral destas eleições europeias, que se realizam a 9 de junho, e os partidos estão entre a liberalização total, na extrema-esquerda, e o fecho do acesso ao país, na extrema-direita.

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Real Vida aumenta capital para 20 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2024

A seguradora, que obteve 10 milhões de euros de resultado líquido em 2023, incorporou agora reservas em capital social para ter um capital próprio mais bem estruturado.

A Real Vida acaba de aumentar o seu capital social para 20 milhões de euros por incorporação de reservas, mantendo-se a financeira Patris Investimentos, detida maioritariamente por Gonçalo Pereira Coutinho, a controlar 100% da companhia.

“Como já tínhamos um valor de reservas maior que o anterior Capital Social – no final de 2023 – é uma forma de ter um capital próprio mais bem estruturado e distribuído no princípio da estabilidade e robustez e sustentabilidade da Companhia”, afirmou fonte da Real Vida. A Real Vida apresentou uma margem de solvência de 265%, quando a média das companhias portuguesas é de 204% e o mínimo tolerável para assegurar solvência é 100%.

O aumento de capital foi de 3,5 milhões de euros para 20 milhões, enquanto o valor de capitais próprios, no último dia de 2023, era de 48 milhões para um ativo de 384 milhões de euros.

No último ano a Real Vida obteve resultados líquidos de cerca de 10 milhões de euros para um volume de negócios de 187 milhões de euros, um valor 29% acima de 2022, dos quais 17% se deveram a novo negócio contratado. É a 6ª maior seguradora no ramo Vida risco com um quota de mercado de 4,8%, a 8ª maior no ramo Vida e a 14ª no ranking nacional com 1,8% de quota.

A Real Vida Seguros foi constituída em 1989, iniciou a sua atividade em 1990 e foi integrada no Grupo Patris em 2013.

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5 milhões de colombianos em risco de perderem seguro de saúde

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2024

Presidente da seguradora Sura pediu ao Governo para abandonar a atividade devido a esgotamento de ativos causado pelo "abandono de financiamento histórico" por parte do executivo.

A seguradora Sura, que tem sob a sua gestão mais de 5 milhões de clientes, anunciou na semana passada ter pedido autorização ao governo colombiano para se retirar do sistema nacional de saúde do país, alegando que os apoios do governo não são suficientes para compensar os crescentes custos e o esgotamento de ativos, avançou a Associated Press.

Juana Francisca Llano, presidente da Sura: “O sistema de saúde está a enfrentar um subfinanciamento histórico que compromete a sua sustentabilidade. Na Sura, perdemos 360 mil milhões de pesos (cerca de 85 milhões de euros) entre 2022 e 2023, o que esgotou os nossos ativos”.

Juana Francisca Llano, presidente da Sura, afirmou em conferência de imprensa citada pela CNN que esta hipótese foi analisada durante vários meses e que vinha advertindo o governo para essa possibilidade desde fevereiro do ano passado. A dirigente garantiu ainda que o serviço prestado aos clientes não será afetado até a aprovação do pedido.

“O sistema de saúde está a enfrentar um abandono do financiamento histórico que compromete a sua sustentabilidade. Na Sura, perdemos 360 mil milhões de pesos (cerca de 85 milhões de euros) entre 2022 e 2023, o que esgotou os nossos ativos”, afirmou Llano.

O governo corroborou a afirmação da responsável, revelando que mantinha reuniões com as entidades promotoras de saúde (EPS) do país “para explorar soluções que permitam responder à crise do sistema de saúde”.

A aposição lamenta a decisão das seguradoras e acusa o governo de esquerda de Gustavo Petro acusam o executivo de tentar afastar as seguradoras privadas dos serviços de saúde para forçar os cidadãos a recorrer a serviços prestados por empresas públicas.

Alguns políticos alertaram para a possibilidade do surgimento de protestos contra a administração de Gustavo Petro pela sua pressão para nacionalizar o sistema de saúde.

Importa salientar que os cidadãos pagam pelo seguro um preço que depende do seu rendimento mensal segundo o sistema de saúde atualmente vigente no país.

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Moedas diz-se chocado por ver PS “colar Ursula Von der Leyen à extrema-direita”

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

"Há uma coisa que me chocou muito nesta campanha, foi ouvir o PS a colar a senhora Von der Leyen à extrema-direita", disse o mandatário nacional da AD para as europeias, numa crítica ao PS.

O mandatário nacional da AD para as europeias, Carlos Moedas, disse hoje estar chocado por ver o PS tentar colar a presidente da Comissão à União Europeia à extrema-direita, acusando os socialistas de se alimentarem dos extremos.

Na primeira vez que se junta à campanha da AD no período oficial, o também presidente da Câmara Municipal de Lisboa enalteceu a forma de fazer política diferente quer do cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, quer do Governo PSD/CDS-PP nos primeiros dois meses.

Quando nós fazemos, o PS cria uma narrativa: ‘Ah não, quem pensou isto fomos nós, quem lançou a ideia fomos nós’. O problema é que eles não fizeram. O PS é hoje é o dono do que não feito, nós somos donos daquilo que se faz”, defendeu.

Na sua intervenção, Moedas salientou que a Europa foi criada por moderados e considerou que o maior perigo interno são hoje os extremos.

“São os extremos, à esquerda e à direita, que não acreditam na moderação, que estão a minar a Europa por dentro, por isso é tão importante manter essa moderação”, considerou.

O autarca e antigo comissário europeu considerou que em Portugal está a acontecer “uma coisa terrível”, dizendo que “um partido moderado como o PS entrou na divagação da polarização”.

Há uma coisa que me chocou muito nesta campanha, foi ouvir o PS a colar a senhora Von der Leyen à extrema-direita. Que injustiça tão grande para uma senhora moderada, uma democrata-cristã que lutou sempre por essa moderação, que injustiça tão grande”, criticou.

Tal como fez no sábado o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, também Carlos Moedas deixou uma palavra aos votantes do Chega. “Queria dar a uma palavra aos que estão descontentes, dizem que estão fartos disto e que vão votar nos extremos: partidos como o Chega, BE e PCP votam sempre em conjunto” no Parlamento Europeu, alertou.

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Colisão entre aeronaves no festival aéreo em Beja vitima piloto espanhol

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Aeronave participavam no festival Beja AirShow na Base Aérea N.º 11. Acidente causou morte de piloto espanhol e um ferido.

Uma colisão entre duas aeronaves que participavam no festival Beja AirShow na Base Aérea N.º 11, seguida de despenhamento, causou a morte de um piloto espanhol e ainda um ferido.

“Infelizmente a patrulha Yakstar, que é uma patrulha civil constituída por pilotos espanhóis e portugueses, por acidente, apresenta o que temos hoje, que é uma vítima mortal. É um acidente trágico. A vítima é espanhola”, afirmou o ministro da Defesa, Nuno Melo, na tarde deste domingo.

“A minha palavra de lamento à Força Aérea e os meus sentimentos à família do piloto espanhol falecido”, acrescentou o ministro, adiantando que tem indicação do Chefe de Estado Maior da Força Aérea que “haverá averiguação a este acidente para se perceber razão e apurar todas as responsabilidades”. Sobre o ferido, disse não ter informação.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Força Aérea, que organiza o evento, indicou que o acidente, envolvendo duas aeronaves, ocorreu às 16:05, durante uma demonstração aérea na periferia daquela cidade alentejana.

Os meios de socorro no local estão a prestar ajuda de emergência e o plano de segurança estabelecido foi imediatamente acionado, limitou-se a adiantar a Força Aérea.

Contactado pela Lusa, o comandante dos Bombeiros de Beja, Pedro Barahona, referiu que as duas aeronaves colidiram no ar, antes do despenhamento.

Imagens do acidente divulgadas pela CMTV mostram uma das aeronaves de um grupo de seis a cair na vertical e a despenhar-se causando uma forte explosão, enquanto outra atinge o solo na horizontal.

De acordo com a Proteção Civil, há um morto e um ferido confirmados. O festival aéreo foi cancelado.

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Portugal garante inclusão das interligações elétricas no Conselho Europeu

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Proposta nacional contou com os apoios da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, do Luxemburgo, dos Países Baixos, entre outros, passando a constar no documento final.

Portugal conseguiu incluir nas conclusões do último Conselho Europeu, em Bruxelas, a importância das interligações elétricas na União Europeia, “decisivas” para o país aproveitar o potencial em energias renováveis, anunciou hoje o Governo.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, esteve presente na última reunião formal do Conselho Europeu dos ministros da Energia, na quinta-feira, onde “reforçou a extrema importância das interligações, bem como as metas acordadas ao nível do Conselho Europeu já em 2014 e refletidas em diversos documentos da União, incluindo o Regulamento de Governação da União da Energia”, refere uma nota de imprensa do seu gabinete.

Segundo o comunicado do Ministério do Ambiente e Energia, o Governo português considera necessário o “avanço das interconexões na Europa como sinal de uma maior segurança e resiliência do sistema elétrico entre os 27 Estados-Membros”.

A proposta nacional contou com os apoios da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, do Luxemburgo, dos Países Baixos e da Bulgária, entre outros, tendo passado a constar no documento final aprovado pelos representantes dos 27 Estados-Membros.

“Sendo Portugal um país privilegiado em recursos endógenos renováveis e com um valioso potencial na contribuição para a descarbonização, as interligações são decisivas. Só com uma rede integrada e coordenada teremos um verdadeiro mercado interno de energia na União”, salientou Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.

A governante da Aliança Democrática acrescentou que a “intervenção de Portugal foi decisiva para acautelar, nas conclusões sobre o desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis da rede elétrica, a relevância das interligações, que estão acordadas desde 2014”.

Sob a alçada da presidência belga do Conselho da União Europeia, ficou reconhecido nas conclusões que é “necessário um sistema de energia totalmente integrado, interligado e sincronizado, bem como um planeamento de infraestruturas de rede elétrica coordenado a longo prazo”.

O documento final refere ainda que este planeamento “deve ser combinado com a coordenação dos planos nacionais a nível regional e ter em conta as especificidades das regiões não interligadas ou insuficientemente interligadas”.

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Corretora Miller compra espanhola Bruzon

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2024

Bruzon passa a operar sob o nome de Bruzon Miller. Os colaboradores da corretora espanhola continuaram sob a liderança do fundador, presidente e CEO John Bruzon.

A corretora de seguros e resseguros britânica Miller anunciou a compra da espanhola Bruzon. Segundo companhia, esta é a sua segunda aquisição na Europa continental este ano e alinha-se com o seu objetivo de expandir internacionalmente o seu modelo especializado em seguros complexos.

Com a aquisição, ainda sujeita a aprovação regulamentar, a Bruzon passa a operar sob o nome de Bruzon Miller para homenagear a parceria de anos entre estas duas empresas.

Para James Hands, CEO da Miller, “esta é uma altura empolgante para a Miller, pois continuamos a expandir a nossa presença no Reino Unido, na Europa e na Ásia. A Bruzon tem uma excelente reputação em Espanha e partilha a nossa visão de criar o corretor de eleição para os clientes com necessidades complexas de transferência de riscos e para os corretores talentosos perseguirem a sua paixão. Juntos podemos alargar o espetro de soluções e serviços disponíveis para os nossos clientes globais”.

A corretora britânica garantiu que os 32 trabalhadores da Bruzon vão continuar a estar sob a liderança do fundador, presidente e CEO John Bruzon. Responsável que acredita que esta transição vai impulsionar a corretora sedeada em Madrid no mercado espanhol.

Além disso, a equipa da espanhola vai estabelecer uma estreita colaboração com os mais de 900 colaboradores da Miller espalhados pelo Reino Unido, Ásia e em alguns mercados europeus, como a Bélgica e a França.

A Bruzon destaca-se nas soluções de resseguro facultativo, Acidentes e Saúde, Desporto, Linhas Financeiras, Crédito e Seguros de Caução. Os clientes da Bruzon incluem bancos, companhias de seguros e empresas listadas no principal índice da bolsa espanhola, IBEX 35.

A Miller registou receita total de 240 milhões de libras (280 milhões de euros) no ano passado, um aumento de 26% face a 2022, empurrado pelo crescimento orgânico de 19% e pela contribuição das aquisições. O total dos prémios negociados foi de 4 mil milhões de libras (aproximadamente 4,7 mil milhões de euros).

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OPEP+ estende cortes na produção de petróleo até 2025

  • ECO
  • 2 Junho 2024

O cartel de países produtores de petróleo decidiu este domingo estender por mais tempo os cortes voluntários de produção.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia (OPEP+) acordaram este domingo estender os cortes na produção, parte até ao final de 2025 e outra parte até ao terceiro trimestre de 2024, mas admite começar a eliminá-los gradualmente, avança a agência Reuters, citando fontes ligadas ao processo.

Desde o final de 2022 que a OPEP+ tem vindo a restringir a produção, de forma a elevar a cotação da matéria-prima. O aumento de stocks e o crescimento mais lento da procura chinesa têm mantido o preço em torno dos 80 dólares, aquém do que pretendem alguns países.

Oficialmente, o corte atual soma 5,86 milhões de barris por dia, o equivalente a 5,7% da procura global.

As restrições envolvem várias rondas de cortes temporários. A primeira ronda, de 1,66 milhões de barris por dia, foi estendida até final de 2025, e a segunda, de 2,2 mil milhões de barros, foi alargada para o terceiro trimestre de 2024, avança a Reuters. Segundo a agência, foi também discutida a eliminação progressiva no próximo ano.

Os Emirados Árabes Unidos receberam um aumento de 300 mil barris por dia na sua produção para o próximo ano.

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Marcelo considera investigação da PJ a caso das gémeas “natural” e passo “muito positivo”

O Presidente da República "acha muito bem" que o Ministério Público tenha dado indicações à Polícia Judiciária para investigar o caso das gémeas luso-brasileiras que o envolve.

O Presidente da República votou este domingo antecipadamente para as eleições europeias, no Centro Escolar de Celorico da Beira. À saída foi confrontado com a entrega do caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma, no Hospital Santa Maria, à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se satisfeito com o passo dado na investigação.

“No plano de investigação do Ministério Público desde novembro que há um processo contra desconhecidos. E portanto, logo na altura disse que tudo o que seja feito para apurar em matéria judicial o que se passou, como se passou e se há responsabilidades, é muito positivo. A utilização da PJ é natural porque tem uma capacidade especializada para apoiar o Ministério Público. Acho muito bem, acho muito positivo“, afirmou em declarações transmitidas pelas televisões.

O pedido de tratamento das gémeas luso-brasileiras, que terá custado cerca de 4 milhões de euros, chegou à Presidência da República através do filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que o remeteu “sem favor” ao Governo. O Chefe de Estado afirmou que a informação foi já toda remetida ao Ministério Público. “A Presidência da República, até antes de se saber que havia certa tramitação no Ministério Público, disponibilizou a documentação disponível na Presidência“, disse.

O Correio da Manhã noticia este domingo que o caso das gémeas luso-brasileiras já está a ser investigado pela Polícia Judiciária. O processo foi distribuído pelo Ministério Público à Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC). Os crimes investigados são, entre outros, abuso de poder e tráfico de influências.

No Parlamento foi já constituída uma comissão parlamentar de inquérito ao caso. As audições arrancam na quinta-feira com António Lacerda Sales, antigo secretário de Estado da Saúde.

Marcelo Rebelo de Sousa não esclareceu se vai responder por escrito ou se estará presencialmente na comissão de inquérito. “Isso é algo que eu não tenho respondido, como é uma iniciativa partidária e eu tenho-me abstido de comentar iniciativas partidária em pleno debate eleitoral”, respondeu questionado este domingo pelos jornalistas. “Depois de dia 9 pronunciar-me-ei em função daquilo que for recebido a partir do Parlamento“, acrescentou.

O Presidente da República foi também confrontado com a existência de ações de campanha próximo dos locais onde este domingo decorre o voto antecipado para as eleições europeia, defendo que ou se clarifica a lei ou há bom senso.

"Ou a lei é clarificada um pouco ou então tem de haver bom senso e equilíbrio para não parar a campanha mas não estar demasiado próxima das secções de voto.”

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidência da República

“É um problema da lei. Por um lado a lei estabelece que não possa haver junto às secções de voto campanha eleitoral. Isso foi votado logo desde o início da nossa democracia. Mas por outro lado não havia na ocasião voto antecipado, e a campanha está a decorrer. Ou a lei é clarificada um pouco ou então tem de haver bom senso e equilíbrio para não parar a campanha mas não estar demasiado próxima das secções de voto”, defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou também a campanha: “Teve mais debates, maior participação mediática, foi mais completa em temas, os mais variados. Não houve praticamente nenhum tema mundial, europeu e até nacional relacionável com as eleições para o PE que não tenha sido tratado de uma forma ou de outra”.

(Notícia atualizada às 14h14)

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