Portugal paga menos de 2,5% por 1.000 milhões de dívida de curto prazo
Custos de financiamento de curto prazo baixaram significativamente no primeiro leilão do ano. Tesouro pagou menos de 2,5% para levantar 1.000 milhões em bilhetes a 12 meses.
Portugal pagou menos de 2,5% para obter um financiamento de 1.000 milhões de euros no primeiro leilão de Bilhetes do Tesouro do ano, que se traduziu numa forte redução do custo da dívida de curto prazo.
O Tesouro português pagou uma taxa média de 2,416% por estes bilhetes com o prazo de 12 meses, que compara com os 2,794% que pagou no anterior leilão comparável realizado em setembro passado. Foi a taxa mais baixa desde 2022, de acordo com os dados disponibilizados pelo IGCP.
Taxa a 12 meses em queda
Fonte: IGCP
Os investidores manifestaram uma procura que ascendeu a perto de 2,7 mil milhões de euros, quase o triplo do que a agência da dívida pública emitiu neste leilão, o que ajudou a baixar o custo da operação.
Os resultados do leilão ficaram abaixo da Espanha, Bélgica e França em operações semelhantes realizadas esta semana, e pouco acima da Alemanha.
A redução dos custos de financiamento traduz não só o nível de confiança do mercado em relação às contas públicas e economia de Portugal, mas também ao alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), depois de um forte aperto nos últimos dois anos para controlar a inflação.
O programa de financiamento da República para 2025 prevê a emissão líquida de 4,6 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro. Até ao fim do primeiro trimestre estão previstas mais duas operações com dívida de curto prazo, em fevereiro e outra em março.
O grosso do financiamento será obtido através de Obrigações do Tesouro — instrumento já estreado este ano com a emissão de dívida a dez anos sindicada de 4.000 milhões na semana passada.
(Notícia atualizada às 10h52)
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