Caso BES: Prescreveram mais quatro crimes de Ricardo Salgado
O tribunal confirmou que prescreveram mais quatro crimes de falsificação de documento de Salgado no caso BES. O líder do BES vai a responder em julgamento por apenas 57 crimes, ao invés de 65.
O tribunal confirmou que prescreverem mais quatro crimes imputados a Ricardo Salgado no âmbito do caso BES, avança o Observador. Os crimes em causa são de falsificação de documento. Assim, o ex-presidente do BES vai a responder em julgamento por apenas 57 crimes, ao invés dos 65 que tinha sido acusado pelo Ministério Público (MP).
Um dos crimes de falsificação de documento em causa, referente à carta de representações que a sociedade ESI entregou à auditoria em abril de 2014, prescreveu no dia 28 de dezembro. A segunda prescrição ocorreu a dia 30 do mesmo mês. Os restantes crimes, referentes às demonstrações financeiras da ESI, prescreveram na sexta-feira, dia 10 de janeiro.
Para além destes quatro crimes, há mais prescrições a aproximar-se. Dos 57 crimes, a lista pode reduzir-se para 52, uma vez que há mais cinco crimes que prescrevem até março: quatro de infidelidade – um no final de fevereiro e três a 28 de março – e um de falsificação – que prescreve dia 24 de janeiro.
O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde atualmente em tribunal por 57 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, que vão desde associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais a falsificação de documentos. Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.
Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin. Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.
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