7 anos depois, Novobanco está novamente à venda. O que mudou em 7 gráficos
Novobanco foi comprado pelo Lone Star em outubro de 2017. Sete anos depois, o fundo americano avança para a venda. Estes sete gráficos mostram como o banco conseguiu recuperar da quase falência.
Sete anos depois, o Novobanco está outra vez à venda. O fundo americano Lone Star — que comprou 75% do banco em outubro de 2017 a troco de mil milhões de euros — já está a contratar os assessores financeiros para avançar com a operação. O que mudou desde então? Estes sete gráficos ajudam a ilustrar a recuperação da instituição financeira que nasceu do BES há uma década.
A caminho do quarto ano de lucros
Entre 2017 e 2020, o banco acumulou prejuízos superiores a seis mil milhões de euros, o que obrigou o Fundo de Resolução a injetar cerca de 3,4 mil milhões ao abrigo do mecanismo de capital contingente. Em 2021 deu-se a inversão na trajetória de resultados que a subida das taxas de juro ajudou a consolidar nos anos seguintes. Desde então já registou lucros de 2,1 mil milhões de euros. Parte dos quais se preparam para ser distribuídos pelos acionistas.
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Malparado nos 4%
O crédito de cobrança duvidosa chegou a representar um terço do total da carteira de crédito do Novobanco, um problema herdado do BES de Ricardo Salgado. Em 2017, já tinha recuado para 28%. O banco vendeu dezenas de carteiras de malparado que estiveram na origem dos prejuízos (e das chamadas de capital do Fundo de Resolução) para reduzir o peso dos NPL. Em setembro, já só pesavam 4,1%.
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Um quinto dos postos cortados
Em sete anos o banco perdeu mais de 1.200 trabalhadores, muito por força do plano de reestruturação acordado com Bruxelas. Para esta redução contribuiu em grande medida as saídas de quadros por via de rescisões e reformas antecipadas, mas não só. O Novobanco desfez-se dos seus negócios internacionais, concentrando todas as fichas no mercado português, o que também resultou numa diminuição do número de colaboradores. Em setembro empregava 4.249 pessoas.
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Menos de 300 balcões
Do mesmo modo, o banco também redimensionou a sua rede de balcões. Foram eliminadas perto de 200 agências neste período, correspondendo a cerca de 40% do total de agências que tinha há sete anos. Nos últimos três anos o número estabilizou à volta dos 290 balcões.
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Base de depósitos imune à turbulência
Os depósitos configuram um indicador de confiança num banco. No caso do Novobanco, apesar de toda a turbulência, famílias e empresas mantiveram as suas poupanças guardadas na instituição. Desde 2020, em que os depósitos baixaram para 26 mil milhões, o banco liderado por Mark Bourke recuperou terreno e voltou à fasquia dos 29 mil milhões em que se encontrava em 2017.
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Crédito ainda abaixo dos níveis de 2017
No que diz respeito à concessão de crédito, o Novobanco tem vindo a recuperar atividade nos últimos quatro anos. Com uma carteira de empréstimos de 28,76 mil milhões de euros, ainda está aquém dos níveis que tinha em 2017.
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Capital deixa de estar à pele
De uma situação com o capital ‘à pele’, devido aos prejuízos e que obrigaram o Fundo de Resolução a injetar muitos milhões, o Novobanco passou para uma situação de sobrecapitalização do balanço à boleia da acumulação de lucros nos últimos quatro anos. O rácio de capital tier 1 supera os 20%, o que dá margem suficiente para libertar dinheiro para os acionistas.
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