Venda de casas aumentou 13% em 2024 e preços subiram 12%, segundo a APEMIP

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2025

Os compradores estrangeiros representaram em 2024 cerca de 12% do volume de vendas, registando uma taxa de crescimento média anual de 8% entre 2019 e 2024.

O número de casas vendidas registou uma subida homóloga de 13,1% e um acréscimo de 12% nos preços em 2024, segundo dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, divulgados esta quarta-feira.

Num retrato sobre o setor imobiliário em 2024, a associação liderada por Paulo Caiado diz que “não é verdade” que exista uma crise generalizada na habitação, tendo em conta a valorização do mercado imobiliário que se tem registado, o facto de 73% dos agregados familiares em Portugal terem imóveis e 65% terem a casa paga.

Além disto, assinalam os dados revelados num encontro com jornalistas, muitas das soluções que têm sido apontadas ou adotadas têm um reduzido impacto na baixa do preço das casas, o que faz com que estas continuem a não ser acessíveis para a generalidade das pessoas.

Ou seja, fazer com que as casas fiquem 10% mais baratas não faz com que estas se tornem acessíveis para ninguém porque, referem os dados da APEMIP, “os preços distanciaram-se muito dos rendimentos das famílias”.

De acordo com a informação disponibilizada, os compradores estrangeiros representaram em 2024 cerca de 12% do volume de vendas, registando uma taxa de crescimento média anual de 8% entre 2019 e 2024, o que faz com que tenham um “papel crucial no mercado”.

A associação sublinha ainda as alterações observadas na estrutura demográfica e socioeconómica da população ao longo das últimas décadas, notando que, entre 1981 e 2021, a população de Portugal aumentou 5% para 10,3 milhões. Por outro lado, neste período de tempo, a dimensão média das famílias recuou de 3,3 para 2,5 membros.

a população estrangeira entre 2011 e 2021 aumentou 37%, situação que, indica a APEMIP, contribuiu “para a diversificação do mercado habitacional e para a procura residencial” em Portugal.

O desequilíbrio entre a oferta e a procura é um dos fatores que tem pressionado os preços. Segundo refere, entre 2011 e 2021 registou-se um crescimento residual do stock habitacional equivalente a 11 mil fogos anuais.

Em paralelo, as vendas de fogos residenciais têm registado um crescimento “consistente” desde 2015, com a trajetória positiva do volume de procura a ser impulsionada pelo mercado nacional e atratividade do mercado internacional.

“Os valores de venda continuam a subir devido ao desequilíbrio entre oferta e procura”, salienta a APEMIP acrescentando que o preço médio por metro quadrado em Lisboa e no Porto está próximos dos cinco mil e os 3.300 euros, respetivamente — sendo que os valores prime alcançaram já os 10 mil e 7.500 euros por metro quadrado, pela mesma ordem.

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