Exclusivo Startup de marketing digital Leadzai reestrutura negócio e corta 25% dos trabalhadores
A adtech, que integrou o primeiro lote de startups do Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa, justifica a redução da equipa com a necessidade de se posicionar "de forma mais competitiva".
A Leadzai, startup que atua no mercado da publicidade online, avançou para uma reestruturação que levou à redução de 17 postos de trabalho, um corte de 25% na equipa que passou a ter 51 pessoas, confirmou o ECO junto da empresa. “Posicionar a Leadzai de forma mais competitiva no mercado” e a perda de um parceiro “com o qual tinham feito investimento significativo” justificam esta reorganização da adtech que integrou o arranque do programa Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa.
“Nos últimos dois anos, o mercado da inteligência artificial e da publicidade digital tem evoluído, e consequentemente alterado comportamentos a um ritmo muito superior do que nos anos anteriores. É nossa função tentar antecipar essas alterações e tendências, e posicionar a Leadzai da forma mais competitiva no mercado. Esta reorganização deve-se a essa procura constante pelo posicionamento certo“, justifica João Aroso, fundador e CEO da Leadzai, ao ECO.
A perda de um parceiro com o qual fizeram um “investimento significativo” também impactou decisão. “Efetivamente, existiu um parceiro com o qual terminamos uma relação no final do ano e, que apesar de não ter sido em 2024 uma grande parte das nossas receitas, foi um parceiro com o qual fizemos um investimento significativo e que tínhamos planeado obter o retorno desse investimento de 2025 em diante”, explica o fundador da adtech. “Infelizmente o parceiro, fruto desta dinâmica de mercado, decidiu fazer uma aquisição estratégica de uma outra empresa que acabou por incompatibilizar de alguma forma o plano que tínhamos”, sintetiza.
Reestruturação com impacto na equipa
O contexto determinou uma reestruturação, com redução de pessoal. “Terminámos a relação com 17 colaboradores, embora este número não corresponda diretamente a 17 postos de trabalho efetivos. Atualmente, passamos a ser 51″, precisa o gestor. Um corte de 25% na equipa.
O responsável destaca que, no processo, os trabalhadores foram tratados “todos por igual, independentemente do vínculo contratual“, diz. “Acreditamos que a relação com os colaboradores deve sobrepor-se ao formalismo que, por vezes, poderia permitir à empresa cortar custos de uma forma menos humana”, acrescenta.
Enquanto fundador, é uma altura particularmente difícil porque todas estas pessoas apostaram no meu sonho. São pessoas que contrataria novamente se voltasse atrás no tempo.
Nesse sentido, a Leadzai fez um “acordo com uma empresa especializada na recolocação de talento no mercado“, tendo ainda reforçado “parceria com a empresa de saúde mental com quem trabalhamos há dois anos, que estará disponível tanto para apoiar os colaboradores que saem como para os que ficam”, descreve.
“Sabemos que a vulnerabilidade financeira é apenas um dos ângulos de um momento como este, e que a vulnerabilidade emocional pode ser igualmente desafiante ou até mais. O nosso compromisso é garantir que todos, independentemente da sua situação, tenham acesso ao suporte necessário para atravessar esta fase da melhor forma possível”, justifica.
O processo está “praticamente concluído”, tendo sido encontradas “soluções individuais para várias pessoas”.
“Enquanto fundador, é uma altura particularmente difícil porque todas estas pessoas apostaram no meu sonho. São pessoas que contrataria novamente se voltasse atrás no tempo. Enquanto CEO tenho de garantir que posiciono a Leadzai da forma mais competitiva para garantir o futuro dos 51 que são hoje colaboradores”, diz.
Atuando na área da publicidade online, ajudando micro e pequenas empresas a angariar clientes através do marketing digital, “em Portugal o negócio está maduro e estável em termos de crescimento”, representando o mercado externo “praticamente 80%” das receitas.
“O mercado americano é, de longe, o maior do mundo na nossa área. O investimento em crescimento através de canais digitais por parte das micro e pequenas empresas americanas não tem paralelo. Continuaremos a apostar em mercados maduros e de escala“, adianta João Aroso, quando questionado sobre qual a aposta estratégica para o futuro.
Até ao momento, a adtech já levantou cerca de 10 milhões no mercado.
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