Caso Tutti Frutti. Deputado do PSD Luís Newton pede suspensão de mandato devido a acusação
O vereador da Câmara de Lisboa, Ângelo Pereira, também pediu a suspensão do mandato. Decisão foi aceite de imediato por Carlos Moedas.
O deputado do PSD Luís Newton anunciou esta terça-feira que vai pedir a suspensão do mandato como parlamentar, apesar de dizer ainda desconhecer a acusação do processo Tutti Frutti. Também o vereador social-democrata, Ângelo Pereira, pediu a suspensão do mandato na Câmara de Lisboa, que já foi aceite pelo presidente da autarquia, Carlos Moedas.
“Fui eleito para a Assembleia da República com muita honra pelo partido onde milito desde sempre, o PSD. Sei que o mandato que me foi conferido é meu a partir do momento em que estou deputado, mas a minha lealdade, hoje e sempre, é para com o meu partido e para com o Governo em funções”, refere Luís Newton, em comunicado.
O deputado considera que tal deve orientar o seu sentido de responsabilidade política: “Nem a minha presença na Assembleia da República pode desviar a atenção do excelente trabalho governativo que tem vindo a ser desenvolvido pelo PSD e pelo primeiro-ministro em prol de todos os portugueses, nem a minha ausência pode significar uma admissão de culpa”, diz.
“Assim, não preciso de ponderar muito. Irei pedir a suspensão do meu mandato como deputado na Assembleia da República”, anuncia.
O Ministério Público deduziu acusação contra 60 arguidos no âmbito do processo Tutti Frutti por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência. De acordo com a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, entre os 60 arguidos estão dois deputados do PSD, o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, e Carlos Eduardo Reis.
Já Ângelo Pereira, líder da distrital do PSD e vereador com o pelouro do Desporto, da Higiene Urbana e Proteção Civil, pediu a suspensão do mandato “para requerer a abertura da instrução” e por estar convicto da “total ausência de responsabilidade penal a este respeito”, segundo um comunicado. O vereador é acusado do crime de recebimento indevido de vantagem relacionado com uma viagem à China em 2015.
Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas nos Paços do Concelho esta terça-feira, disse ter “aceite de imediato” a decisão do vereador. O presidente da autarquia afirmou que o vereador “não é acusado de corrupção, está acusado em relação a uma viagem que fez em 2015 e que deveria ter sido paga pelo município”. Moedas espera agora que outros partidos “sigam o exemplo”, apontando as baterias ao PS.
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