M&A. “Hoje somos uma empresa mais atrativa para qualquer investidor”, diz João Bento

O CEO dos CTT assenta no processo de transformação da empresa para defender que esta poderá estar mais no radar dos investidores, incluindo os que queiram "fazer coisas de natureza mais profunda"

João Bento, CEO dos CTT, em entrevista ao ECO MagazineHugo Amaral/ECO

Os CTT têm estado muito ativos nos últimos meses. No banco, abriram o capital à Generali e o final do ano ficou marcado pela compra da espanhola Cacesa e pela parceria com a DHL para o mercado ibérico. Depois do processo de transformação que os CTT têm feito, é possível que a empresa se torne um alvo apetecível para ser comprada? “Hoje somos uma empresa mais atrativa para qualquer investidor, incluindo um investidor que queira fazer coisas de natureza mais profunda”, afirma o CEO dos CTT, em entrevista ao ECO magazine.

Ainda assim, o responsável não acredita numa OPA (Oferta Pública de Aquisição) hostil porque, no seu entender, não se encontram reunidas as condições para tal. “Quando é que uma empresa está muito exposta a uma operação, uma OPA hostil? Primeiro, se for mal gerida e estiver francamente, obviamente, desvalorizada, ou se tiver também um uso de capital de tal maneira errado que seja fácil alguém comprar quase com o pelo do cão. Nós não temos essa preocupação. Acho que hoje, enfim, tenho de ser cuidadoso na forma como digo isto, mas não me parece que a empresa seja mal gerida. Temos sido capazes de valorizar bastante, estou a fazer as contas e valorizou-se 250% desde que eu cheguei…”, atira.

João Bento reconhece que a melhoria de perfil e de resultados dos CTT deverá ser reconhecida pelo mercado, nomeadamente em termos do preço das ações.

“O caminho que temos feito é um caminho que podemos considerar, se me permitirem a imodéstia, bem sucedido e de crescimento e de alguma solidez e, até agora, vamos entregando tudo aquilo que prometemos entregar. Isso, obviamente, torna-nos mais atrativos”, sintetiza.

Ainda assim, acredita que a consolidação no setor se vai fazer mais através da compra de unidades de negócio específicas, e não em processos de aquisição ou fusão entre grandes grupos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

M&A. “Hoje somos uma empresa mais atrativa para qualquer investidor”, diz João Bento

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião