Ministra da Justiça recusa vender sociedades imobiliárias
Rita Júdice rejeita qualquer risco de conflito de interesses por deter empresas com interesses imobiliário e por isso "não tem qualquer intenção de se desfazer do seu património pessoal".
A ministra da Justiça “não tem qualquer intenção de se desfazer do seu património pessoal, construído com o seu trabalho e o dos seus familiares”. Em comunicado, depois de notícias que repetiam a informação já conhecida sobre o património da governante, Rita Alarcão Júdice deixa claro que as sociedades em causa “não têm quaisquer imóveis com vocação para poderem beneficiar da lei dos solos, não havendo qualquer conflito de interesses”.
Este comunicado surge na sequência da notícia de que Rita Júdice tem participações em quatro sociedades com negócios imobiliários, detendo 50% das quotas em duas das empresas – ambas a atuar no imobiliário e turismo -, a Périplo Essencial e a Pedrasgest. Tem ainda uma participação de 30% na Canforeira (compra e venda de propriedades, cuja única área de atuação é imobiliário) e uma percentagem menor na Stone SPA (atua no instituto beleza e imobiliário). Estas informações, recorde-se, já tinham sido noticiadas aquando da tomada de posse, por terem sido declaradas ao Tribunal Constitucional, mas ganharam uma nova relevância política depois de o ministro da Coesão, Castro Almeida, ter anunciado que vendeu uma posição acionista numa sociedade imobiliária já depois de conhecida o caso do secretário de Estado Hernâni Dias, que acabou por se demitir.
Na quinta-feira, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, confirmou que decidiu “vender a quota da empresa, porque nessa altura começou a gerar-se no espaço público a ideia de que ter uma empresa de imobiliário era uma vantagem [no âmbito] da lei dos solos”. Rita Júdice tem um entendimento oposto. “Estas sociedades não têm quaisquer imóveis com vocação para poderem beneficiar da lei dos solos, não havendo qualquer conflito de interesses”, escreve em comunicado.
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