Pharol quer deixar de ser uma “penny stock”: vai fundir 100 ações numa só
Empresa liderada por Palha da Silva tem vindo a transacionar na bolsa abaixo dos 10 cêntimos e diz que ser penny stock afeta a imagem. Por isso vai avançar com um reagrupamento de ações.
A Pharol quer deixar de ser uma penny stock e propôs aos acionistas uma operação de fusão de ações para melhorar a liquidez e a perceção do mercado, segundo anunciou esta quarta-feira ao mercado.
No âmbito deste reagrupamento de títulos, a empresa liderada por Palha da Silva propõe a fusão de 100 ações numa nova ação, “sem redução do capital social”. À cotação de hoje, na ordem dos 0,0574 euros, cada novo título passaria a cotar nos 5,74 euros.
Segundo justifica, na proposta que o conselho de administração levará à assembleia geral de acionistas marcada para 26 de março, o título Pharol “tem vindo a apresentar um valor unitário reduzido, inferior nos últimos 3 anos a 10 cêntimos do euro por ação, o que lhe impõe uma conotação de penny stock, penalizando a sua imagem no mercado de capitais em Portugal e restringindo o interesse de investidores institucionais”.
Nessa medida, o reagrupamento de ações “visa promover uma valorização nominal da unidade acionista, com potencial impacto positivo na liquidez e na perceção do mercado, prosseguindo assim o interesse de todos os acionistas”.
Regresso aos lucros e aposta em empesas em dificuldades
A Pharol, que nasceu do fim da PT, acabou de anunciar lucros de 24,2 milhões de euros em 2024, invertendo os prejuízos de 967 mil euros registados no ano anterior, uma evolução que se deve ao “desfecho favorável do processo de determinação da propriedade dos reembolsos fiscais“, segundo explica Palha da Silva no relatório e contas, que fala num novo capítulo da empresa.
“Libertos de dívida e com uma estrutura financeira sólida, estamos agora preparados para explorar novas oportunidades de investimento”, afirma.
Entre outros alvos, a Pharol irá privilegiar investimentos em projetos “em estádios mais embrionários no ciclo de desenvolvimento dos negócios, com planos de expansão consistentes e claramente delineados, ou em empresas em dificuldades (stressed assets) mas com sólidos fundamentais” e com “alguma inclinação por áreas de telecomunicações ou tecnológicas“.
A empresa tem como principal ativo instrumentos de dívida da Rio Forte (ex-GES) com o valor nominal de quase 900 milhões mas que se encontram avaliados em apenas 51,9 milhões de euros.
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