Crédito à habitação acelera em janeiro pelo 13.º mês

Num mês marcado pelo arranque de um regime que permite que mais jovens comprem casa, o montante total de empréstimos para compra de habitação cresceu 4,1%, acelerando pelo 13.º mês consecutivo.

Com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividadosLusa

O montante total de crédito à habitação em Portugal começou o ano a crescer 4,1%. Janeiro foi o 13.º mês consecutivo de aceleração do crescimento do stock de empréstimos para a compra de casa, num contexto de descida das taxas de juro. Foi também o mês em que arrancou a garantia pública, um regime que veio viabilizar empréstimos de até 100% do valor da transação para jovens até aos 35 anos.

Os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira mostram ainda que “o número de devedores de crédito à habitação, no final de janeiro”, era de 1,98 milhões, “continuando a tendência de descida que se verifica desde julho de 2022”.

É um sinal de que, com as casas mais caras, os devedores de crédito à habitação estão tendencialmente mais endividados: esta quarta-feira soube-se que a avaliação bancária das casas atingiu em janeiro 1.774 euros por m2, um valor recorde e a 14.ª subida mensal consecutiva.

Crédito para comprar casa acelera:

Fonte: Banco de Portugal

Alargando a análise, segundo o banco central, o montante total de empréstimos a particulares — onde se incluem outras modalidades, como o crédito ao consumo e os cartões de crédito — cresceu 4,7% em janeiro face ao mesmo mês do ano passado. Detalhando, “o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou seis milhões de euros relativamente a dezembro, para 30,4 mil milhões de euros”, um crescimento homólogo de 6,8% e o maior desde outubro de 2018.

Aprofundando, “o crescimento da finalidade consumo desacelerou ligeiramente, apresentando uma taxa anual de 7,3% (7,5% em dezembro), enquanto os empréstimos para outros fins voltaram a registar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (5,8%)”, refere a nota da instituição.

Se se observar apenas o crédito pessoal, janeiro trouxe uma descida em cadeia do stock deste tipo de empréstimos, que se reduziu em 11 milhões de euros face a dezembro, mas aumentou 7,3% face ao mesmo mês de 2024. Já o total de crédito automóvel subiu 26 milhões de euros entre dezembro e janeiro, mês em que teve um aumento homólogo de 10,1%, o mais elevado desde abril de 2020. Quanto aos cartões de crédito, subiram 8% em janeiro, uma desaceleração face a dezembro, com o stock a ascender a 3,2 mil milhões.

Noutra vertente, os empréstimos às empresas aumentaram apenas 1,3% em janeiro, em termos homólogos, de acordo com o banco central. Este tipo de empréstimos totalizavam 72,8 mil milhões de euros no final do mês passado.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h47)

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