Manuela Vaz: “Eu não preciso de palco, preciso de vendas”
Manuela Vaz, CEO da Accenture Portugal, é a 20.ª convidada do podcast E Se Corre Bem?, onde partilhou a sua visão sobre o papel da consultoria e os desafios de um cargo de liderança.
Com uma experiência de 25 anos na área da consultoria, hoje em dia, ainda não é fácil para Manuela Vaz, CEO da Accenture Portugal, explicar o que faz um consultor. “Eu acho que aquilo que nós fazemos é ajudar os nossos clientes a tirarem partido de tudo o que é novo e a terem melhores resultados”, explicou, referindo-se ao trabalho dos consultores.
Para Manuela Vaz, é essencial antecipar tendências e preparar os clientes para o futuro. “Os dois passos à frente, eventualmente, é aquilo que nós vamos contar enquanto fazemos o passo anterior, que é para eles saberem para onde é que têm que estar a olhar e qual é o caminho que têm de fazer para chegar lá”, diz.
O percurso da CEO da Accenture não foi planeado ao detalhe. “Ao contrário daquilo que dizem a maior parte dos livros de liderança, não tenho um percurso particularmente desenhado ou estudado.” Formada em Engenharia de Sistemas Informáticos, começou a carreira na Accenture sem grande conhecimento sobre a empresa. “Na altura, a Accenture era uma das empresas que tinha colocado um anúncio como eventual potencial empregador e a mim dizia-me muito pouco.” A tecnologia sempre a fascinou, mas foi na consultoria que encontrou desafios constantes, sempre em áreas diferentes.
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Manuela Vaz, CEO da Accenture Portugal, é a 20º convidada do podcast E Se Corre Bem? -
“Ao contrário daquilo que dizem a maior parte dos livros de liderança, não tenho um percurso particularmente desenhado ou estudado” -
“A minha fórmula é tempo de família, tempo de trabalho. Não tenho muito tempo para mim. Vou tendo alguns bocadinhos e chega-me”
O desejo de novos desafios fizeram com que nunca sentisse necessidade de sair da empresa – exceto por uma breve pausa. “Sou bastante inquieta e gosto de desafios, e o facto de ter sido sempre capaz de encontrar o desafio seguinte dentro da mesma empresa fez com que nunca sentisse vontade de sair. Eu sou de ideias fixas, se tivesse decidido sair, saía. Aliás, saí uma semana.” Mais tarde, deixou a Accenture durante cinco anos para se dedicar a um negócio próprio, mas acabou por regressar.
"Se em algum momento eu sentir que estou a prejudicar os meus filhos por causa da minha carreira, não tenho dúvidas sobre qual será a opção”
Ser líder, para Manuela Vaz, implica dar espaço aos outros. “Eu não preciso de palco, preciso de vendas”, afirma. “Eu espero ser capaz de nunca colocar o meu ego acima dos interesses da companhia.” Defende uma liderança que fomente a aprendizagem e aceite o erro como parte do processo e considera que “um líder cede o palco”.
No que toca ao equilíbrio entre carreira e família, a CEO da Accenture tem prioridades bem definidas. “Se em algum momento eu sentir que estou a prejudicar os meus filhos por causa da minha carreira, não tenho dúvidas sobre qual será a opção”, explica. Para si, é possível conciliar ambas as áreas. “A minha fórmula é tempo de família, tempo de trabalho. Não tenho muito tempo para mim. Vou tendo alguns bocadinhos e chega-me”, conta.
Durante a conversa, abordou ainda temas como o teletrabalho, a cultura da Accenture e a inteligência artificial.
Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.
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