IP vai estudar mais três ligações a Espanha em alta velocidade
Plano Ferroviário Nacional aprovado pelo Governo prevê estudo de ligações entre Porto e Madrid, Aveiro e Salamanca e Faro e Huelva.
Além da ligação ferroviária em alta velocidade entre Lisboa e Madrid, a Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar a construção de uma linha entre Porto e Madrid, outra entre Aveiro e Salamanca e ainda outra entre Faro e Huelva.
A avaliação destas novas linhas consta da resolução do Conselho de Ministros, aprovada esta segunda-feira, na véspera da discussão da moção de confiança ao Governo, que aprova o Plano Nacional Ferroviário.
Em fase avançada estavam já os estudos para a ligação entre o Porto e Vigo, através de Valença. O estudo da linha entre Lisboa e Madrid já tinha sido aprovado, tendo a Infraestruturas de Portugal (IP) submetido, entretanto, uma candidatura a fundos do Mecanismo Interligar a Europa para custear essa avaliação.
Agora o Governo soma o estudo da ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, da ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e da ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva. A intenção de avançar com estas linhas foi anunciada durante a última cimeira ibérica entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez.
O Ministério das Infraestruturas destaca ainda como prioridades na ferrovia a modernização e eletrificação da Linha do Vouga, com ligação à Linha do Norte em condições de plena interoperabilidade, e “a avaliação das opções para uma ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, nomeadamente à Linha de Cintura”.
O Governo defende que a aprovação do Plano Nacional Ferroviário visa “afirmar a rede ferroviária, num horizonte de médio e longo prazo, como um modo de transporte de elevada capacidade e sustentabilidade ambiental, assegurando uma cobertura adequada do território com ligação aos centros urbanos mais relevantes, bem como as ligações transfronteiriças ibéricas e a integração na rede transeuropeia”.
“É determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais e, acima de tudo, os compromissos com os portugueses”, diz o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, citado em comunicado.
Os últimos anos têm sido marcados por atrasos significativos na concretização das obras na ferrovia. A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) conclui, no início deste ano, que o Ferrovia Ferrovia 2020, lançado há quase nove anos com um investimento de 2,1 mil milhões, apresenta um desvio de seis anos e nove meses.
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