IAPMEI afirma que eleições não atrasam PRR. “Temos capacidade para desenvolver os projetos”
José Pulido Valente defende que "se não houver falta de confiança dos investidores e de quem está a desenvolver os projetos", não há razão para uma "dificuldade adicional" na execução do programa.
O presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, considera que a queda do Governo não deverá prejudicar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), adiantando que o país tem “a capacidade instalada para desenvolver os projetos”.
“Não há razão nenhuma para que o processo [de execução do PRR] não continue a prosseguir como até agora se desenvolveu. Não vejo qualquer impacto nisso”, disse o presidente do IAPMEI ao ECO, à margem da apresentação dos resultados intermédios do Projeto Lusitano, uma agenda PRR do setor têxtil, nas instalações da Polopiqué, em Santo Tirso.
José Pulido Valente acrescentou que “há dinheiro, há dotações” e existe “capacidade instalada” para desenvolver os projetos. “Se não houver falta de confiança dos investidores e de quem está a desenvolver os projetos, não vejo qualquer razão para uma dificuldade adicional”, reforçou.
Um dos principais receios dos empresários portugueses era que a crise política em Portugal afetasse a execução dos fundos europeus, num momento em que as empresas estão a acelerar os projetos para cumprir os prazos definidos para a conclusão dos investimentos, no final do ano.
Portugal pediu adiamento das agendas
Portugal já entregou um pedido à Comissão Europeia, no qual propõe que o prazo de execução limite para as agendas mobilizadoras, no âmbito do PRR, possa ser alargado até 30 de junho de 2026, confirmou o presidente do IAPMEI.
“Na reprogramação, já está um pedido de Portugal para prorrogar por mais seis meses [a execução], portanto a possibilidade da execução física ser até junho de 2026, com execução financeira poder ser um bocadinho mais prolongada”, explicou o responsável do organismo.
José Pulido Valente adiantou que Portugal depende de uma decisão da Comissão Europeia, “mas estamos a fazer o que é possível”.
O responsável adiantou ainda que “há muitos projetos que terminariam no período contratual, mas há outros que por vicissitudes próprias da vida estão ligeiramente atrasados e, portanto, os seis meses é o período adequado para que todos os projetos atinjam os seus objetivos”.
Quanto aos pagamentos, e depois de alguns atrasos em dezembro, o presidente do IAPMEI referiu que “não há pagamentos em atraso no âmbito das agendas mobilizadoras”.
“Foram processados e pagos no espaço temporal que era previsível e continuamos apostados em cumprir com níveis de serviço, sendo certo que são 1.000 empresas, que apresentam pagamentos na mesma data. Há um esforço adicional que temos estado a desenvolver para cumprir os prazos”, apontou.
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