Dona da Google volta a tentar a sua maior aquisição de sempre
Alphabet regressou à mesa de negociações para comprar a empresa de cibersegurança israelita Wiz por 30 mil milhões de dólares. Acordo estará para breve, após primeira investida falhada em julho.
Oito meses depois de uma tentativa que culminou falhada, a dona da Google voltou à mesa de negociações para comprar a startup israelita Wiz, naquele que virá a ser – se avançar desta vez – o maior negócio da história da empresa norte-americana.
A Alphabet subiu a proposta de valor de 23 mil milhões de dólares (cerca de 21 mil milhões de euros) para 30 mil milhões de dólares (27,4 mil milhões de euros) na esperança de que, à segunda investida, a administração da Wiz aceite o acordo, segundo a notícia avançada pelo Wall Street Journal e confirmada por outras fontes do Financial Times e da Reuters.
As negociações com a empresa de cibersegurança estarão numa fase avançada, de acordo com a imprensa internacional. Ainda assim, a aquisição deverá enfrentar escrutínio da Comissão Federal de Comércio, cujo novo presidente, Andrew Ferguson, decidiu manter normas que dão à agência governamental a capacidade de bloquear grandes negócios dos tempos da antecessora Lina Khan.
No final de julho, a Wiz pôs fim às conversas com a Alphabet para se concentrar numa oferta pública inicial (IPO), como inicialmente tinha previsto, de forma a atingir uma receita recorrente anual de mil milhões de dólares (aproximadamente 915 milhões de euros). A justificação para o abandono das negociações foi dada pelo próprio CEO da Wiz, Assaf Rappaport. No entanto, existiam também preocupações de concorrência por parte de diretores e investidores da Wiz.
A Google tem estado a relançar-se em negócios “antigos”. Na semana passada, a Bloomberg noticiou que a tecnológica estava a insistir no desenvolvimento de óculos inteligentes, depois dos Glass, que foram descontinuados em 2023. A empresa da Alphabet está em negociações finais para comprar a canadiana AdHawk Microsystems por 115 milhões de dólares (cerca de 105 milhões de euros).
A AdHawk Microsystems desenvolve tecnologia de rastreamento ocular. Ou seja, o sistema digital que permite “ler” a direção dos olhos das pessoas e os movimentos neuronais e é instalado em óculos inteligentes ou wearables (acessório como pulseiras, anéis ou relógios digitais). Se for bem-sucedida, esta transação pode ser um ponto de partida para mais concorrência ao modelo de óculos Meta Ray-Ban, que está a ser vendido pela dona do Facebook.
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