Incerteza política? Agentes económicos adoram “previsibilidade”, mas economia mostra “resiliência”, diz Centeno

Governador do BdP diz que economia portuguesa tem tido condições de resiliência que são positivas, pelo que não antecipa "que venham a ser postas em causa" devido à incerteza política.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defendeu esta quinta-feira que os agentes económicos “adoram” previsibilidade e estabilidade, mas que a economia portuguesa tem mostrado resiliência nos últimos anos — mesmo perante três eleições legislativas num curto espaço de tempo.

A posição de Mário Centeno foi transmitida durante a apresentação do “Boletim Económico de março”, no Museu do Dinheiro, em Lisboa, quando questionado pelos jornalistas sobre um eventual impacto da crise política na economia portuguesa. O Banco de Portugal prevê um crescimento de 2,3% este ano, uma décima acima dos 2,2% avançados em dezembro e mais duas décimas do que a previsão oficial do Ministério das Finanças. No entanto, a economia deverá voltar a desacelerar em 2026, para 2,1%, e novamente em 2027, para 1,7%

E vão três [eleições]: 2022, 2024 e 2025. Melhorar, não melhora. Os agentes económicos adoram previsibilidades, estabilidade, capacidade de projetar o futuro. A variável que mais sofre com essa incerteza é o investimento”, disse.

No entanto, realça que ao longo dos últimos anos tem sido visível que “a economia portuguesa tem tido condições de resiliência que são positivas” e que o Banco de Portugal não antecipa “que venham a ser postas em causa“.

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