Certificados de Aforro batem novo recorde. Famílias aplicaram mais 630 milhões em fevereiro
Há cinco meses consecutivos que famílias portuguesas estão a reforçar a aposta nos Certificados de Aforro, que em fevereiro atingiram um stock total de 35,75 mil milhões de euros.
As famílias voltaram a apostar nos certificados de aforro. Depois de, pela primeira vez, este produto ter quebrado em janeiro a barreira dos 35 mil milhões de euros, as famílias reforçaram a aplicação neste instrumento de poupança, ao aplicar mais 630,66 milhões de euros em termos líquidos de resgates. Este é, assim, o quinto mês consecutivo em que foram registados saldos de subscrição positivos.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, as poupanças das famílias portuguesas aplicadas nos Certificados de Aforro atingiram os 35,75 mil milhões de euros, um novo montante recorde que confirma a popularidade deste produto do Estado junto dos pequenos investidores.
Em fevereiro, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro totalizaram 630,44 milhões de euros, que corresponde ao montante mais elevado desde junho de 2023 (670,36 milhões), compensando as saídas de 142,4 milhões registadas nos Certificados do Tesouro. Apesar do desinvestimento, foi ligeiramente inferior aos 154 milhões registado em janeiro.
Ao contrário dos Certificados de Aforro, os Certificados do Tesouro continuam a sofrer mais resgates do que subscrições há 40 meses consecutivos e já só lá estão aplicados cerca de 9,44 mil milhões de euros — longe do pico de quase 18 mil milhões atingido em outubro de 2021.
No final de fevereiro, as famílias tinham 45,2 mil milhões de euros investidos nos certificados (incluindo de Aforro e do Tesouro), aproximando-se do máximo de 45,7 mil milhões registado em agosto de 2023. A aposta neste produto de poupança foi reforçada face a janeiro, mês em que as famílias tinham 44,7 mil milhões de euros investidos nestes produtos.
O interesse das famílias nos Certificados de Aforro é justificado pelo facto de os bancos cortarem há vários meses a remuneração dos depósitos o que torna estes títulos mais atrativos; mas também devido o aumento dos limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros. Uma flexibilidade que está a impulsionar a procura.
Contudo, com a descida da Euribor a três meses, que é usada no cálculo da taxa de juro base dos Certificados de Aforro, a remuneração destes certificados deverá baixar dos 2,5% brevemente, o que poderá levar a um afastamento das famílias por este produto de poupança.
(Notícia atualizada com mais informação)
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