Família Azevedo investe 20 milhões em Aljustrel para produzir biometano com subprodutos do azeite

Unidade de produção de biometano no Alentejo vai valorizar subprodutos agroindustriais da AZPO - Azeites de Portugal. Investimento fica a cargo da Capwatt, detida pela Sonae Capital Industrials.

A Capwatt, que faz parte do portefólio da Sonae Capital Industrials (SC Industrials), está a construir uma unidade de produção de biometano em Aljustrel, que vai permitir que os subprodutos da AZPO – Azeites de Portugal, como o caroço de azeitona, sejam “sujeitos a um processo de valorização energética, minimizando o seu impacto ambiental”.

Num investimento total aproximado de 20 milhões de euros, o projeto prevê valorizar por ano 160 mil m3 de subprodutos agroindustriais da fileira do azeite e possibilitar a geração de 57 GWh/ano de gás natural de origem renovável, com os promotores a estimarem uma redução anual equivalente a 23 mil toneladas de emissões de CO2.

A empresa da SC Industrials – detida a 100% pela Efanor, holding da família de Belmiro de Azevedo – destaca a criação de novos postos de trabalho diretos e indiretos na região de Aljustrel, sem detalhar o número de empregos que serão gerados. Em comunicado, salienta ainda que o projeto, que vai estar em funcionamento já este ano, prevê ainda “impulsionar parcerias com agricultores e indústrias locais”.

A produção de biometano é um passo crucial para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo que permite valorizar os subprodutos agroindustriais.

Filipa Nolasco

CFO da Capwatt

Reclamando que este é o primeiro projeto em Portugal focado na produção de biometano a partir de subprodutos agroindustriais, Filipa Nolasco, administradora financeira (CFO) da Capwatt, sublinha que “a produção de biometano é um passo crucial para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo que permite valorizar os subprodutos agroindustriais e contribuir para uma melhoria da pegada ecológica”.

“A neutralidade carbónica exige mais do que eletricidade renovável; é fundamental descarbonizar os setores ainda fortemente dependentes de combustíveis fósseis. O biometano pode substituir o gás natural na indústria e nos transportes, tirando partido das infraestruturas existentes. Além disso, permite uma gestão sustentável de resíduos orgânicos, contribuindo para uma economia mais limpa e eficiente”, acrescenta na mesma nota a head of biomethane da empresa, Cristiano Amaro.

Este anúncio do investimento no Alentejo surge pouco mais de uma semana depois de a SC Industrials, liderada por Miguel Gil Mata, ter confirmado a aquisição de uma participação maioritária (62,48%) na Beyond Composite, sediada em Vila Nova de Gaia, que produz materiais compósitos para aplicações na área da mobilidade (componentes para autocarros e comboios) e da defesa (materiais de proteção).

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