“Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz Aguiar Branco
Na última como presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, considera que as eleições eram evitáveis. Na sua opinião não havia matéria para o Governo cair, porque, diz, o primeiro-ministro não escondeu nada.
Em entrevista ao podcast da Antena 1 “Política com Assinatura”, a última como presidente da Assembleia da República diz: “Não havia matéria que justificasse que se fosse para eleições”. Critica aquilo que diz serem julgamentos populares que extravasam o escrutínio político acerca da empresa de Luís Montenegro. “Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz o responsável. “É perigoso”, acrescenta, porque “nunca se consegue esclarecer nada”.
Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo — não foi um momento “dramático”, garante — e acredita que a sua intervenção junto da AD e do PS não teria feito a diferença. Aguiar-Branco recomenda aos partidos que abram o jogo e digam quais os cenários possíveis após as eleições, caso nenhum partido consiga votos suficientes para governar.
E ao contrário do que pensou em 2019, quando abandonou o lugar de deputado e não integrou as listas para as legislativas, Aguiar-Branco admite agora que está disponível para ajudar o país porque “a exigência de intervenção é maior” do que em 2019.
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