Prédios devolutos de Viseu com agravamento de IMI no próximo ano
Fernando Ruas frisou que os proprietários “vão ter de dar destino” aos 103 edifícios degradados, até porque os montantes poderão vir a ser “multiplicados até 20 vezes mais” com o passar dos anos.
A Câmara de Viseu identificou 103 prédios devolutos nas zonas de pressão urbanística que terão, no próximo ano, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) agravado em cerca de 58 mil euros, anunciou esta quinta-feira o autarca Fernando Ruas.
No ano passado, a autarquia aprovou a delimitação de zonas de pressão urbanística com o objetivo de ter um instrumento que incentive a reabilitação urbana (e posterior arrendamento), penalizando a manutenção de imóveis sem utilização em áreas onde haja falta de habitações.
Uma das medidas previstas é o agravamento do IMI em prédios devolutos, de forma a pressionar os proprietários a integrá-los no mercado ou a utilizá-los, e outra o direito de preferência do município na sua alienação. “O valor apurado este ano, para ser pago em 2026, é 57.892 euros”, disse Fernando Ruas aos jornalistas, no final da reunião pública de hoje do executivo camarário.
O autarca social-democrata frisou que os proprietários “vão ter de dar destino” aos edifícios degradados, até porque os montantes poderão vir a ser “multiplicados até 20 vezes mais” com o passar dos anos. Durante a reunião do executivo, os vereadores socialistas questionaram Fernando Ruas sobre “núcleos precários e degradados” que existem nalgumas zonas do concelho.
“Chegamos às portas da cidade e vemos barracas e parece que ninguém fala sobre isso. Isto tem décadas”, disse o vereador do PS João Azevedo aos jornalistas, acrescentando que se estava a referir a situações nas freguesias de São João de Lourosa e Silgueiros, como a verificada “junto à [autoestrada] A25, na zona de Teivas”.
Segundo Fernando Ruas, trata-se de pessoas que “estavam na Rua José Branquinho, em casas particulares” pertencentes a um empresário que “comprou umas terras para os lados de Teivas e deu-lhas”. O autarca explicou que, “apesar de estarem em terras próprias”, as construções foram feitas ilegalmente.
“Fizemos uma reunião com o Ministério Público, a PSP, a Polícia Municipal e a Proteção Civil, no sentido de ver como se vai atuar nestas situações” e também nos casos em que são feitas ocupações ilegais de casas do município, como tem acontecido sobretudo no Bairro de Paradinha, contou.
Fernando Ruas disse que as situações que conhece e que existem “há muitos anos” são a de Teivas e outra na estrada que liga Vila Chã de Sá a Passos de Silgueiros.
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