Bolsas asiáticas recuperam após perdas devido à guerra comercial
Acompanhando a moderação de perdas registada por Wall Street, as principais praças asiáticas voltaram aos ganhos esta terça-feira depois de registarem perdas históricas no arranque da semana.
As bolsas asiáticas regressaram esta terça-feira aos ganhos, depois de fortes perdas na segunda-feira, marcadas por receios de uma guerra comercial desencadeada por Washington, e depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, prometer “acordos justos” com quem negociar tarifas.
Acompanhando a moderação de perdas registada por Wall Street, as principais praças asiáticas abriram com ganhos, lideradas por Tóquio, que subiu mais de 5% na abertura, depois de registar perdas históricas no dia anterior.
O principal índice da Bolsa de Hong Kong, o Hang Seng, subia cerca de 1,58% a meio da sessão de terça-feira, após a maior queda em quase trinta anos, na segunda-feira: 13,2%.
Em Tóquio, o principal índice (Nikkei) subiu 6,03%, depois de ter caído quase 8% na segunda-feira, enquanto as bolsas de referência de Xangai e Shenzhen, que registaram quedas de 7,34% e 9,66%, respetivamente, na segunda-feira, estavam em terreno positivo ligeiro, 0,91% e 0,42% respetivamente.
O índice Nikkei reflete a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio, enquanto o indicador Topix agrupa os valores das 1.600 maiores empresas cotadas.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou aplicar tarifas adicionais de 50% à China, se Pequim não recuar com as taxas impostas aos produtos norte-americanos. Em resposta, o Ministério do Comércio do gigante asiático respondeu esta terça-feira que as contramedidas anunciadas na passada sexta-feira são “completamente legítimas” e garantiu que a China “lutará até ao fim” contra “bullying” de Trump.
O fundo estatal chinês Central Huijin Investment fez saber que tem capacidade suficiente para garantir a estabilidade dos mercados de capitais do país e reafirmou a decisão de aumentar novamente a participação em fundos negociados em bolsa, depois de o ter feito na segunda-feira, quando as bolsas de Hong Kong e da China continental caíram fortemente.
O mercado bolsista de Taiwan abriu no vermelho, com o Taiex a cair quase 3% poucos minutos após a abertura e depois de ter registado a maior queda diária da história da ilha na segunda-feira, com uma descida de 9,7%.
Na Indonésia, o principal índice de referência da bolsa, que não operava desde 28 de março, caiu mais de 9% nos primeiros minutos da sessão, o que levou a uma paragem de meia hora, ao abrigo de um novo regulamento introduzido no dia anterior.
A bolsa indonésia esteve encerrada durante um feriado local e não negociou durante a semana passada e na segunda-feira, quando os mercados mundiais registaram fortes perdas na sequência do anúncio de novas tarifas pelos Estados Unidos.
Nos restantes mercados do Sudeste Asiático, as bolsas abriram, na sua maioria, com perdas, lideradas pelo Vietname (-5,04%), Tailândia (-4,08%) – ambas as bolsas estiveram encerradas na segunda-feira – e Singapura (-1,63%).
Já as bolsas das Filipinas (+2,04 %) e da Malásia (+0,3%) despertaram com ganhos.
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