União Europeia já admite comprar mais gás aos EUA
"É claramente uma possibilidade", disse o comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, antes de ressalvar que a UE não quer ficar "numa situação de dependência" energética.
O comissário europeu de Energia, Dan Jørgensen, colocou a hipótese de a União Europeia importar mais gás dos EUA, como sugeriu Donald Trump para reduzir as tarifas.
Questionado sobre se a UE irá comprar mais gás aos EUA no futuro, depois de Trump ter dito que poderia baixar as tarifas se a UE comprasse 350 mil milhões de dólares (cerca de 319,5 mil milhões de euros) em energia aos EUA, Jørgensen disse que “é claramente uma possibilidade”.
O comissário ressalvou, porém, que a UE não quer criar novas dependências e favoreceu a autossuficiência e a diversificação. “Não queremos estar nas mãos de ninguém que nos possa fechar o acesso à energia (…), não queremos continuar a estar numa situação de dependência como essa”, disse Jørgensen em relação às importações de gás russo pela UE antes da invasão da Ucrânia, durante o fórum Energy Summit 2025, realizado em Bruxelas.
O social-democrata dinamarquês acrescentou que a primeira coisa que a UE deve fazer é reduzir a dependência dos combustíveis fósseis através de um sistema de produção baseado na eletrificação e nas energias renováveis, bem como na melhoria da eficiência energética e das redes, o que poderia poupar à UE até 50 mil milhões de euros por ano.
“Mas, nos próximos anos, continuaremos a precisar de combustíveis fósseis e de gás, pelo que temos de diversificar”, acrescentou. Jørgensen sublinhou que a UE deve estar “grata, especialmente à Noruega, aos EUA e ao Qatar, pelo fornecimento de gás à UE desde que a Rússia invadiu a Ucrânia”.
“Se não o tivessem feito nos últimos dois anos, não teríamos conseguido reduzir tanto a dependência”, disse o comissário, que recordou que as importações de gás russo pela UE caíram de 45% para cerca de 13%, embora tenha sublinhado que é preciso fazer mais.
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