Caso Spinumviva. “Não podemos ir para eleições com tanta incerteza sobre as condições” de Montenegro, diz PS
O porta-voz da candidatura do PS sublinhou que o país precisa de estabilidade e para ter essa estabilidade precisa de um líder de Governo que se "apresente em condições de garantir que pode governar".
O porta-voz da candidatura do Partido Socialista (PS) às eleições legislativas, Marcos Perestrello, apelou a que Luís Montenegro preste os esclarecimentos necessários sobre as polémicas que envolvem a sua empresa familiar e admite que quanto mais cedo o fizer “melhor”.
“Julgo que nós não podemos ir para eleições, ou não deveríamos ir, com tanta incerteza sobre as condições que o primeiro-ministro terá para, na eventualidade de vencer eleições, poder formar um governo estável, um governo que dure”, referiu Perestrello em declarações à RTP3.
O porta-voz da candidatura do PS sublinhou que o país precisa de estabilidade e para ter essa estabilidade precisa de um líder de Governo que se “apresente em condições de garantir que pode governar a legislatura”.
“Nestas condições, por mais que o primeiro-ministro queira e tenha essa convicção, as eleições não vão limpar estes problemas. Estes problemas continuarão”, acrescenta.
Marcos Perestrello admite assim que gostava que Montenegro aliviasse a pressão que há sobre a população em torno de um conjunto de dúvidas que subsistem sobre as suas ligações, atividade profissional e política, e que “teima” em não esclarecer e que a “cada semana que passa se vão acumulando por força de novos dados que vão sendo revelados”.
“O primeiro-ministro tem insistido em não mostrar os documentos, em não prestar os esclarecimentos que lhe são pedidos. Gostaria que nos debates fosse capaz de pôr um ponto final a esta novela que todas as semanas traz pelo menos um novo episódio“, disse.
O Expresso revelou esta sexta-feira mais dados sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro. A família Barros Rodrigues, que detém uma gasolineira em Braga responsável pelo pico de faturação da Spinumviva em 2022 e por cerca de metade da faturação enquanto Montenegro liderava a empresa, doou 30.500 euros ao PSD desde 2018.
A esmagadora maioria dos donativos, porém, foi feita desde 2021, sendo que 14.500 euros foram entregues em apenas dois anos, desde que Luís Montenegro anunciou a sua candidatura à liderança dos sociais-democratas. Só João Rodrigues, vereador da Câmara Municipal de Braga desde 2017 e agora candidato à presidência do município, fez quatro donativos nos seis anos em análise: em 2018 no valor de 2 mil euros, em 2019 e 2021 de 1.500 euros e no verão de 2022 de 2.500 euros.
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