Empresas em Portugal assumem impacto “significativo” das tarifas de Trump no preço aos clientes
Maioria dos associados da Câmara de Comércio Americana em Portugal atesta que as taxas alfandegárias terão um grande impacto na sua atividade e conduzirão a um aumento dos preços aos clientes.
As empresas portuguesas com negócios relevantes com os EUA e as empresas americanas em Portugal consideram que as taxas alfandegárias impostas pelos EUA terão um impacto significativo na sua atividade e conduzirão a um aumento dos preços aos clientes. São algumas das conclusões de um inquérito conduzido pela Câmara de Comércio Americana em Portugal (AmCham) junto dos seus cerca de 250 associados, sendo que apenas 10% responderam.
Para 56% dos inquiridos, as novas tarifas terão “muito” impacto nas suas empresas, enquanto 32% refere que terão “algum” impacto. Para 52%, uma retaliação por parte da União Europeia teria um “impacto significativo” a “muito elevado”. Vendas, exportação e importação, e parcerias comerciais são as áreas mais afetadas.
Dois quintos das empresas que responderam são portuguesas e, face ao novo contexto, a maioria considera muito baixa (40%) ou baixa (32%) a probabilidade de expandir operações para os Estados Unidos.
A grande maioria (76%) prevê ajustar as suas estratégias comerciais, sobretudo procurando novos mercados e alterando preços e margens de lucro. Só 20% considera transferir parte da produção logística para evitar tarifas, em particular para os EUA.
As tarifas levarão a um aumento dos preços cobrados aos clientes. A maioria (58%) responde que será um “aumento significativo” e 24% que será “moderado”. Só 8% afirma que não terá qualquer impacto.
Donald Trump anunciou a 2 de abril um aumento generalizado das taxas aduaneiras aplicadas aos restantes países. No caso da União Europeia foi determinada uma tarifa de 20%. A 9 e abril foi anunciada uma pausa de 90 dias para negociações com os países que não retaliarem.
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