Inflação na zona euro abranda para 2,2% em véspera de reunião do BCE

A confirmação dos dados da inflação em março surge na véspera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na qual será decidido o rumo das taxas de juro na moeda única.

A taxa de inflação na zona euro continua a abrandar. O Eurostat confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação desacelerou em março para 2,2%, tal como tinha avançado na estimativa rápida, no início de abril. É um abrandamento de uma décima face ao mês anterior e de duas décimas em termos homólogos. Portugal tem a sexta menor taxa de inflação (1,9%).

Segundo o Eurostat, a taxa de inflação na União Europeia desacelerou para 2,5%, contra os 2,7% do mês anterior. Em março de 2024 a taxa de inflação na UE era de 2,6%.

Inflação abranda para níveis próximos da meta do BCE

Fonte: Eurostat

França (0,9%), Dinamarca (1,4%) e Luxemburgo (1,5%) são os países que apresentam taxas de inflação mais baixas, tendo em conta o Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC), que permite fazer comparações europeias. No extremo oposto, as taxas homólogas mais elevadas foram observadas na Roménia (5,1%), Hungria (4,8%) e Polónia (4,4%).

Em comparação com fevereiro, a inflação anual diminuiu em 16 Estados-membros, permaneceu estável num deles e aumentou em dez países.

A confirmação dos dados da inflação em março surge na véspera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na qual será decidido o rumo das taxas de juro na moeda única. Os mercados antecipam um novo corte de 0,25 pontos nas taxas oficiais, mas é possível que Christine Lagarde opte por uma pausa para avaliar os efeitos das tarifas impostas pela Administração Trump, que podem ter um efeito efeito inflacionista, mas também recessivo.

A queda de 1,4% nos preços da energia (em relação ao mesmo mês do ano passado)foi a que mais contribuiu para a desaceleração dos preços. Em termos mensais registaram uma queda de 1% e não 1,2% como inicialmente estimado.

Já os preços dos alimentos processados tiveram a maior aceleração, com a taxa anual a passar dos 3% em fevereiro para os 4,2% em março, um valor revisto em alta numa décima. Os preços dos serviços surgem em segundo lugar, com uma taxa de inflação de 3,5% que, ainda assim, apresenta uma desaceleração face aos 3,7% do mês anterior.

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