Tarifas. CEO do grupo da Louis Vuitton é a favor de “uma zona de comércio livre” entre UE e EUA

  • Lusa
  • 17 Abril 2025

“Estas negociações são vitais para muitas empresas em França e, infelizmente, tenho a impressão de que os nossos amigos britânicos são mais concretos no progresso das negociações”, lamentou Arnault.

O presidente executivo (CEO) da LVMH apelou esta quinta-feira para que os líderes europeus resolvam “amigavelmente” as tensões comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos, dizendo-se a favor de “uma zona de comércio livre” entre ambos.

“Estas negociações são vitais para muitas empresas em França e, infelizmente, tenho a impressão de que os nossos amigos britânicos são mais concretos no progresso das negociações”, lamentou Bernard Arnault à margem da assembleia-geral Anual (AGM).

O grupo LVMH, número um mundial de artigos de luxo, realizou esta quinta a assembleia-geral anual num contexto delicado de queda das vendas, enquanto esperava um acordo sobre os direitos aduaneiros e procurava tranquilizar os acionistas sobre a sucessão de Bernard Arnault. “O ano de 2025 está a ter um início atribulado, se preferirem”, afirmou o presidente executivo do grupo.

“Até ao final de fevereiro, tudo correu muito bem, depois, deparámo-nos com uma situação geopolítica e económica mundial que foi virada do avesso por potenciais direitos aduaneiros e pelo agravamento das crises internacionais”, acrescentou. O grupo francês de artigos de luxo realiza 25% das suas vendas nos Estados Unidos e na terça-feira anunciou uma queda de 2% nas vendas do primeiro trimestre, para 20,3 mil milhões de euros.

“Temos absolutamente de chegar a um acordo, tal como os dirigentes de Bruxelas parecem estar a tentar chegar a um acordo para o automóvel alemão, é vital para a viticultura francesa”, insistiu Arnault. A LVMH realiza 34% das vendas dos seus vinhos e bebidas espirituosas (Dom Pérignon, Hennessy, Krug, etc.) nos Estados Unidos.

Se “acabarmos com direitos aduaneiros elevados (…) teremos de aumentar a nossa produção americana e não podemos dizer que a culpa é das empresas, a culpa será de Bruxelas se isto acontecer”, afirmou o empresário, que assistiu na primeira fila à tomada de posse de Donald Trump, em janeiro.

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