Montenegro disse que é “impossível” governar com o Chega. Ventura ignorou caso Spinumviva

  • Luis Claro
  • 24 Abril 2025

Luís Montenegro aproveitou o debate para tentar captar o eleitorado do Chega, enquanto André Ventura concentrou críticas na saúde.

O debate entre Luís Montenegro e André Ventura, esta quinta-feira à noite, na SIC, ficou marcado pela declaração do líder da AD de que “é impossível governar com o Chega”. Ao contrário do que se podia esperar, Ventura ignorou o caso Spinumviva e atacou o Governo pelas falhas na saúde e por agir com “a mesma lógica do Partido Socialista”.

O candidato da AD foi direto ao assunto e logo no início do debate afastou qualquer possibilidade de uma aliança com o Chega. Montenegro acusou o adversário de se comportar “como um cata-vento” e de não ter “maturidade” para exercer funções governativas.

É por essa postura que nunca terá lugar no Conselho de Ministros“, reforçou o atual primeiro-ministro, depois de ter ouvido Ventura rejeitar servir de “muleta” do Governo.

“Luís Montenegro só quer muletas como a Iniciativa Liberal e o CDS. Não contará connosco”, disse.

André Ventura insistiu no tema da saúde e, em vários momentos do debate, tentou colar o goverGno da AD aos executivos socialistas. “Parece que estou sentado à frente do António Costa versão olhos azuis”, disse o presidente do Chega, acusando o governo da AD de ser o responsável por “um desastre na saúde e nas matérias de corrupção”.

"“É por essa postura que nunca terá lugar de Conselho de Ministros””

Luís Montenegro

primeiro-ministro

Depois de Luís Montenegro apelar aos eleitores que há um ano votaram no Chega para optarem nestas eleições pela AD, André Ventura acusou o primeiro-ministro de ter sido aquele que “mais nomeações fez nos últimos vinte anos e que mais tachos criou“.

André Ventura “não sabe o que diz e vai ser desmentido”, respondeu Montenegro com críticas ao programa do Chega que iria “trazer a Portugal um défice de 14%”.

“Se o nosso é irrealista, o do PSD é estratosférico”, atirou o candidato do Chega.

Uma das surpresas deste debate foi o facto de André Ventura ter optado por ignorar o caso da empresa familiar do primeiro-ministro, que levou à convocação de eleições antecipadas. Optou por concentrar as críticas nas falhas na área da saúde e no combate à corrupção.

Luís Montenegro apostou em aproveitar este frente-a-frente para tentar captar o eleitorado do Chega com o objetivo de reforçar a maioria. E lembrou que o Chega foi um fator de instabilidade durante a legislatura ao colocar-se ao lado do PS.

“O André Ventura esteve ao lado do Partido Socialista para impedir a diminuição da carga fiscal para a classe média. Fez um favor ao PS”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Montenegro disse que é “impossível” governar com o Chega. Ventura ignorou caso Spinumviva

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião