Pedro Nuno Santos espera que “a situação política estabilize rapidamente”

O ainda líder do PS marcou presença na reunião com o Presidente da República que serviu sobretudo para se despedir, acompanhado pelo presidente do partido que o vai substituir interinamente.

O líder demissionário do PS, Pedro Nuno Santos, ainda marcou presença na reunião desta terça-feira em Belém, convocada pelo Presidente da República para perceber as condições de governabilidade do Executivo de Luís Montenegro, sem maioria absoluta. “Foi uma reunião de despedida. Desejo que a situação política estabilize rapidamente e que o país possa fazer o seu caminho“, afirmou o socialista à saída do encontro que começou às 15h e durou apenas 15 minutos.

“Foi uma reunião de despedida, mas muito importante para nós. Prezei sempre as relações institucionais com o senhor Presidente da República, tivemos uma boa convivência ao longo deste ano e meio na liderança do PS, anterior até enquanto membro do Governo e já quando era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares”, salientou, ladeado pelo presidente do PS, Carlos César, que o vai substituir interinamente, e pela líder da JS, Sofia Pereira.

E não quis adiantar muito mais nem confirmar a notícia de que Carlos César iria temporariamente assumir os comandos do partido a partir de sábado, quando Pedro Nuno Santos abandonar a liderança. “Ficava-me por esta declaração. Dizer apenas que foi uma boa reunião, um bom encontro. Sempre tive boas relações com o senhor Presidente da República, que mantive até este dia e que vou guardar boa memória”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa está, esta terça-feira, a receber as três forças políticas mais votadas nas eleições antecipadas de 18 de maio, a Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CDS, que ganhou as legislativas mas sem maioria absoluta, PS e Chega, praticamente empatados em segundo lugar. Antes de dar posse ao Governo de Luís Montenegro, o Presidente da República quer ter a “certeza” que o Executivo tem condições para ser viabilizado no Parlamento pelos socialistas ou pelo partido de André Ventura.

O Chefe do Estado indicou, esta segunda-feira, que quer saber qual a posição de PS e Chega, “no caso de um partido avançar com uma moção de rejeição” ao programa do Governo. Mas está confiante de que “vão colaborar na governabilidade”. “À primeira vista, não há razões para que não queiram colaborar na governabilidade, porque o mundo está como está e a Europa está como está. Por isso, é do interesse que haja um esforço de todos”, defendeu.

Na próxima semana, e já depois de conhecidos os resultados dos círculos Europa e Fora da Europa, eventualmente a 28 de maio, o Presidente conta receber novamente AD, PS e Chega, sobretudo “para perceber o processo de transição no PS e como se vai decidir a liderança do PS”. Este sábado a comissão nacional socialista reúne-se para marcar eleições internas.

(Notícia atualizada às 15h47)

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