Lucros da Sonae sobem 77% para 43 milhões e vendas atingem recorde de 2,6 mil milhões de euros

Subida do volume de negócios foi suportada pela integração dos negócios adquiridos no último ano, que incluem a nórdica Musti, a espanhola Druni e a francesa BCF Life Science.

A Sonae fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 43 milhões de euros, 77% acima dos 25 milhões de euros reportados no período homólogo. Já as receitas atingiram os 2,6 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 23% face ao valor reportado nos primeiros três meses de 2024 e um novo recorde, impulsionadas pela integração dos novos negócios comprados nos últimos 12 meses.

A empresa da Maia destaca que, “no primeiro trimestre de 2025, a Sonae prosseguiu com a sua estratégia de gestão de portefólio, tendo investido no desenvolvimento dos seus negócios em Portugal e procedido à integração das aquisições estratégicas realizadas nos últimos 12 meses, com destaque para a espanhola Druni e a francesa BCF Life Science, já depois da integração da finlandesa Musti e da sua nova participada nos países bálticos, Pet City”.

Depois de um 2024 que a CEO Cláudia Azevedo apelidou de “memorável” e que foi marcado por um investimento histórico em compras no exterior, em várias áreas de negócio – empresa destinou 1.121 milhões de euros a financiar as aquisições , as novas empresas integradas no portefólio estão já a refletir-se positivamente nas receitas.

Já o crescimento orgânico foi sobretudo impulsionado pela MC, “que registou uma evolução de volumes robusta e reforçou a sua liderança de mercado, e pela Worten, que beneficiou de um desempenho online resiliente”, explica. Excluindo o impacto das aquisições, o volume de negócios consolidado registou um crescimento homólogo de 6%.

O EBITDA cresceu 39%, para 250 milhões de euros, com destaque para a contribuição robusta da MC e das recentes aquisições, destaca a empresa. “Todos os nossos negócios cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade”, realça Cláudia Azevedo, citada no comunicado.

A líder do grupo destaca que “as vendas do segmento de retalho alimentar da MC aumentaram 7%, suportadas por um notável crescimento de 5% numa base comparável, apesar dos efeitos desfavoráveis de calendário (uma vez que 2024 foi um ano bissexto e este ano a Páscoa ocorreu apenas em abril)”.

Em relação aos supermercados Continente, a empresária diz que a liderança “foi claramente reforçada”, mantendo-se otimista para os próximos meses.

No retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, o volume de negócios da MC cresceu 22,5% em termos homólogos, para dois mil milhões de euros no trimestre, “ou 8% considerando a contribuição proforma da Druni, que passou a ser consolidada a partir do terceiro trimestre de 2024”, explica o comunicado.

Em relação à aquisição da Druni, cujo investimento foi concluído em julho de 2024, a CEO do grupo explica que “a integração das equipas foi finalizada e as sinergias estão a ser progressivamente concretizadas“.

“As perspetivas continuam positivas, uma vez que a MC detém uma posição de liderança num mercado ibérico em forte crescimento”, acrescenta.

No retalho de eletrónica, “a Worten [volume de negócios subiu para 323 milhões de euros] registou um crescimento significativo das vendas de 4% em termos homólogos, suportado por uma melhoria do desempenho nos diferentes segmentos – nomeadamente eletrónica e eletrodomésticos, mas também em novas categorias de produto”, justifica a líder do grupo.

Cláudia Azevedo assinalou ainda o primeiro aniversário após a conclusão da aquisição da finlandesa Musti, notando que “após um início desafiante, a Musti tem vindo a retomar a sua trajetória de crescimento, registando sucessivas melhorias mensais nas suas vendas LfL, com a equipa a conduzir a empresa a ganhos contínuos de quota de mercado desde o nosso investimento”.

Já a integração da Pet City, adquirida em novembro de 2024, “foi concluída este trimestre e representa um primeiro movimento inorgânico da Musti, alinhado com a sua estratégia de crescimento e com a ambição de capturar oportunidades no atrativo mercado de cuidados para animais de estimação”. A empresa de artigos para animais fechou o trimestre com vendas de 120 milhões de euros, representando um aumento de 12%, impulsionado pela consolidação da Pet City.

No setor imobiliário, a Sierra aumentou o resultado líquido em 15% para 29 milhões de euros.

Quanto à Nos, Cláudia Azevedo reforça que, “num contexto de crescente pressão competitiva, a Nos alcançou um crescimento das vendas de 4,5%, reforçando a sua quota de mercado”, o que considera um desempenho “notável”.

“O trimestre ficou marcado pela aquisição estratégica da Claranet, que veio reforçar o posicionamento da empresa no segmento empresarial, permitindo-lhe oferecer uma proposta de valor mais abrangente em termos de tecnologias de informação. Relativamente ao futuro, estou confiante que a Nos está bem posicionada para continuar a ter sucesso, disponibilizando soluções de telecomunicações distintivas e de qualidade para as famílias e empresas portuguesas“, sublinha ainda.

A empresa mantém elevado níveis de investimento. Segundo o mesmo comunicado, o investimento consolidado atingiu 947 milhões de euros nos últimos 12 meses, “com destaque para a expansão orgânica dos negócios de retalho, com uma forte aposta no mercado português, bem como para as aquisições e desenvolvimento do portefólio internacional do grupo”.

(Notícia atualizada às 18h04)

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