Frank vai fazer chegar IA e robótica aos pequenos mediadores de seguros
A nova insurtech promete "legos" em vez da rigidez do "aço" dos atuais softwares que mantêm a maioria dos agentes de seguros a gastar horas preciosas em tarefas de backoffice repetitivas.
Uma constatação fez nascer a Frank, insurtech portuguesa especializada em inteligência artificial e robótica: “o software tradicional, rígido e dispendioso, não serve a indústria dos seguros”, diz António Castro, co-fundador da empresa, “a indústria seguradora é, por natureza, altamente fragmentada e personalizada. Cada cliente, apólice, produto ou país traz consigo uma série de requisitos únicos e processos distintos”, acrescenta.

Para os promotores da Frank o cenário descrito “impediu a verdadeira digitalização da mediação, especialmente em mercados como Portugal, onde a relação pessoal entre cliente e agente continua a ser altamente relevante”. Segundo António Castro, antes ligado à insurtech Lovys, “o futuro exige uma tecnologia mais modular, flexível e que entenda a linguagem do agente e do cliente e que permita criar valor em cima de elementos não-estruturados, como peças de Lego que permitem construir casas e castelos”.
A ideia da Frank lembra que para fazer uma loja online como a Amazon, ou uma empresa de media como a Netflix, criaram-se sistemas muito, muito rígidos, muito fortes, que foram capazes de lidar com milhões de utilizadores. Por isso, “apesar das várias ideias promissoras de insurtechs internacionais e dos avanços na digitalização dos últimos anos, a realidade é que a maioria dos agentes continua a gastar horas preciosas em tarefas de backoffice repetitivas: gerir pedidos, preparar propostas, preencher formulários, reenviar documentos, responder a e-mails, e afins”, conclui António Castro.
Frank vai continuar em laboratório até setembro
A insurtech tem oito técnicos a trabalhar na plataforma e esta já está a ser utilizada por agências de seguros em Portugal, com resultados visíveis, diz o empresário: “Menos tempo perdido em tarefas, menos erros, maior satisfação do cliente e mais vendas concluídas”. Está atualmente focada nos seus primeiros clientes e no desenvolvimento e iteração do produto, apresentará o serviço em setembro, começa a comercializar no fim deste ano.
A Frank já está a trabalhar com mediadores de pequena escala, desde o unipessoal até mediadoras com cerca de 15 pessoas, “estamos a ajudá-los nesta automatização de processos com robôs e com inteligência artificial”. Atualmente estamos a trabalhar de forma independente, isto é, “o agente usa a nossa ferramenta em vez de usar dez portais”, diz António Castro.
O modelo de comercialização ainda não está fechado mas António Castro adianta que haverá um pacote universal muito acessível, obviamente também limitado do ponto de vista do volume e, depois, pacotes maiores com benefício de escala e com maior customização.
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