Acionistas dão luz verde ao Novobanco para avançar para a bolsa

Lone Star e Estado aprovaram em assembleia geral uma proposta que abre a possibilidade de o banco avançar para a bolsa.

Sem surpresas, os acionistas do Novobanco aprovaram esta quarta-feira, em assembleia geral extraordinária, a proposta que permite ao banco entrar na bolsa de Lisboa. Com isto, a Lone Star já pode avançar com o IPO (initial public offering), embora o fundo americano explore outras opções.

Fonte da instituição adiantou ao ECO que a proposta de admissão à negociação de ações representativas do capital do Novobanco na Euronext Lisbon foi aprovada esta manhã. Apesar de ser uma formalidade, trata-se de uma condição necessária para o banco poder avançar para a bolsa, caso seja o caminho a ser tomado pelo fundo americano.

Há vários meses que a administração liderada por Mark Bourke tem vindo a trabalhar neste cenário. Em cima da mesa está a possibilidade de os acionistas colocarem entre 25% e 30% do capital no mercado. O prospeto da operação encontra-se já numa fase adiantada de avaliação junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco tem apontado a duas janelas temporais para concretizar o IPO: ainda durante este mês de junho ou setembro.

Ainda que os acionistas tenham dado este passo, o futuro do Novobanco poderá tomar um caminho diferente. Isto porque a Lone Star também está a explorar a venda direta do Novobanco a outro banco. O processo atraiu interessados, incluindo o Caixabank (dono do BPI) e o Groupe BPCE (dono do Natixis). O ECO avançou esta quarta-feira que o interesse dos franceses esmoreceu por conta de divergências em relação ao preço. Já um negócio envolvendo o banco catalão poderá ter a oposição do Governo português, que não quer um aumento da exposição espanhola no mercado bancário nacional.

Certo é que, oito anos depois, a Lone Star pretende sair do Novobanco, mas procura a melhor opção para o retorno do seu investimento de mil milhões de euros realizado em 2017, em troca de uma participação de 75% do banco português.

Os restantes 25% estão nas mãos do Estado, através do Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

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