Lispolis recebeu investimento de dez milhões em dois anos para modernizar saúde

Laboratórios partilhados e salas de testes clínicos foram alguns dos projetos desenvolvidos no polo tecnológico de Lisboa. O plano da HealthTech Lisboa é continuar a desenvolver este 'hub'.

A Lispolis – Pólo Tecnológico de Lisboa recebeu um investimento de dez milhões de euros para modernização de espaços ligados à saúde, incluindo laboratórios partilhados e salas de testes clínicos, nos últimos dois anos. A associação lisboeta e a sociedade HealthTech Lisboa estão a desenvolver um centro de desenvolvimento e digitalização da saúde e pretendem continuar a dinamizar este hub na capital.

Atualmente, conta com cerca de 30 empresas de saúde digital (healthtech), entre as cerca de 140 que estão instaladas neste campus, a partir do qual trabalham diariamente três mil profissionais, de acordo com a informação divulgada esta segunda-feira pelo polo tecnológico.

“Lisboa tem cada vez mais startups de saúde que precisam de acesso a clientes, de parcerias com faculdades, pilotos e investidores com expertise. Faz sentido ter um hub de saúde que crie estas oportunidades”, afirmou o cofundador e CEO da Usawa Care, Luís Fernandes.

Por ter escritórios e zonas industriais licenciadas, a Lispolis também está no projeto das ‘mesas de testes’ apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A sua test bed – chamada HealthTech Portugal – apoiou mais de 80 projetos até ao momento através de mentoria ao nível da comercialização, internacionalização, regulação e validação de provas de conceito relacionadas com Inteligência Artificial (IA), prototipagem e hardware.

Destacam-se projetos como a DeepNeuronic, plataforma de IA para a triagem e deteção precoce de doenças neurológicas, a CRIAM, dispositivo portátil para testes rápidos de sangue em emergências, ou a FastCompChem, que é uma solução baseada em computação quântica para simulações moleculares.

“Lisboa dispõe de unidades clínicas e tecnológicas de excelência que já desenvolvem projetos inovadores e com elevado potencial na área da investigação em tecnologias da saúde. No entanto, o desconhecimento frequente destas capacidades limita muito frequentemente a sua otimização e amplificação. A criação de um hub de tecnologias em saúde será seguramente um elemento crítico para potenciar este ecossistema enormemente promissor”, explica o diretor clínico do CNS-Campus Neurológico, Joaquim Ferreira.

A localização estratégica é uma das características deste centro tecnológico para a saúde. Junto ao eixo hospitalar de Telheiras e Lumiar, tem acesso a instituições como Hospital da Luz, Hospital Lusíadas ou Unidade Local de Saúde de Santa Maria e também Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Instituto Superior Técnico.

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