Preço das casas acelera no arranque do ano com subida de 16,3%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11:11

No primeiro trimestre foram transacionadas mais de 41 mil habitações, com o valor total a crescer 43% para 9,6 mil milhões. Compra de casas por estrangeiros cai para mínimos desde 2021.

Os preços das casas registaram um aumento homólogo de 16,3% no primeiro trimestre do ano, acelerando 4,7 pontos percentuais face aos três meses anteriores e atingindo um novo máximo histórico, segundo indicam os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Entre janeiro e março, foram transacionadas 41.358 habitações em Portugal, mais 25% do que no mesmo período do ano anterior. O valor das compras e vendas de imóveis para habitação disparou 42,9% comparativamente ao primeiro trimestre de 2024, para 9,6 mil milhões de euros.

Evolução homóloga do Índice de Preços da Habitação

Fonte: INE

No período em análise, o aumento dos preços foi mais expressivo nas habitações existentes (+17,0%) do que nas novas (+14,5%), taxas superiores, respetivamente, em 4,6 e 4,9 pontos percentuais às registadas no último trimestre do ano passado. Em valor transacionado, observaram-se variações homólogas de 43,2% nas habitações existentes, perfazendo 7,0 mil milhões de euros, e de 42,0% nas habitações novas, num total de 2,6 mil milhões de euros.

Na comparação em cadeia, o Índice de Preços da Habitação aumentou 4,8%, com a categoria das habitações existentes a registar também aqui um crescimento dos preços superior ao das habitações novas, com variações de 5,3% e 3,7%, na mesma ordem.

De acordo com o gabinete estatístico, 87% das habitações transacionadas nos primeiros três meses do ano foram adquiridas por famílias, “o peso relativo mais elevado desde o segundo trimestre de 2022”, ascendendo a 35.967 unidades (27,2% acima do valor registado um ano antes, mas menos 7,4% face ao trimestre anterior). Quanto ao valor transacionado, as vendas de casas a famílias corresponderam a 8,3 mil milhões de euros, 86,2% do total — mais 46,3% em termos homólogos, mas menos 3,8% na variação em cadeia.

Apenas 5,1% das habitações transacionadas no primeiro trimestre (ou seja, 2.098 unidades) envolveram compradores estrangeiros, dos quais 2,7% residentes na União Europeia e 2,4% a outros países. “O peso relativo das aquisições por compradores com domicílio fiscal distinto do território nacional foi o mais baixo desde o segundo trimestre de 2021“, assinala o INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h15)

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