O luxo da Comporta, a IA e refrescar com a Santini. ECO magazine nas bancas
O ECO magazine chega às bancas com uma grande entrevista com Miguel Guedes de Sousa, responsável do Amorim Luxury Group e do JNcQUOI, que nos abriu portas ao projeto na Comporta.
“A minha ambição é fazer da Comporta um resort que esteja entre os melhores do mundo”. A afirmação é de Miguel Guedes de Sousa, responsável do Amorim Luxury Group e do JNcQUOI, o entrevistado nesta edição do ECO magazine.
O projeto da Comporta, nas mãos do Amorim Luxury Group, está finalmente a ver a luz do dia, depois de anos de indefinição que já vinha de responsáveis anteriores. Miguel Guedes de Sousa, conhecido por Manota, partilha com a mulher, Paula Amorim, o projeto de colocar esse novo empreendimento JNcQUOI na frente do turismo em Portugal e ao nível do que melhor se faz no mundo. E admite que a marca está de olhos na expansão internacional. “Estamos a analisar mercados estratégicos onde o nosso conceito possa gerar verdadeiro impacto”, diz.
Numa altura em que já estão em comercialização as primeiras casas, o responsável do Amorim Luxury Group e do JNcQUOI abre ao ECO as portas do empreendimento na Comporta, que aposta em “menos ostentação” e mais autenticidade. Este é “o verdadeiro luxo”, diz.
Num momento em que a inteligência artificial (IA) concentra as atenções, fomos saber o estado da arte do ‘ChatGPT português’, o Amália, apresentado pelo Governo como uma ferramenta para assegurar, entre outros aspetos, a soberania nacional e cultural de Portugal face aos LLM internacionais, não tão sensíveis às idiossincrasias culturais e linguísticas de cada país. E ficamos a saber que o modelo de IA português ainda não sabe cantar, mas já reconhece a fadista que lhe dá nome. A ler em Capital: “O fado do Amália.”
Com o calor a apertar, fomos visitar a fábrica de uma das marcas de gelado artesanais mais antigas do país. Não ficamos a conhecer os segredos das receitas, mas abriram-nos as portas para ver todo o processo e ficamos a saber que este ano o objetivo é superar a produção e abrir mais gelatarias. Pode ver (e saborear) a reportagem em Chão de Fábrica:“A ‘fábrica boutique’ da Santini para os amantes do gelado artesanal.”
Na Opinião ouvimos Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, sobre “Construir um turismo com valor para todos”.
Analisamos ainda as estratégias mais certeiras para construir um complemento de reforma para os “Anos Dourados”, como poderá ler em Portefólio Perfeito, “O milagre da capitalização para salvar a sua reforma”; e falamos com angel investors para perceber o impacto que a quebra no ano passado no investimento na fase pré-seed poderá ter no ecossistema de empreendedorismo e como mudar o status quo. A ler em Saber Fazer: “Sem ‘semear’ investimento, não há novas startups a nascer.”r
O ECO magazine traz também os contributos das diversas marcas que fazem parte do universo ECO.
Com o país a discutir a imigração e as necessidades de talento para fazer mover a economia, no Trabalho by ECO fomos falar com as empresas e saber como estão a usar o novo mecanismo criado para acelerar o processo: “Empresas de olho na ‘via verde’ para contratar imigrantes”; o fosso de género nas candidaturas às autarquias foi o tema escolhido pelo Local Online meses antes de um novo processo eleitoral no poder local: “‘Presidentas’ das autarquias são 10%. Por que não vão ‘elas’ a jogo?”.
“Operação Marquês. Uma década depois, Sócrates vai a julgamento” é o tema em análise pela Advocatus; enquanto o ECO Seguros propõe uma análise sobre os seguros no setor agrícola: “Produção agrícola depende da sorte para não ter prejuízos”.
Em Capital Verde fomos analisar o estado da arte do mercado voluntário de carbono: “Há uma ‘montra’ portuguesa para as compensações do carbono”; e em Fundos Europeus analisamos os principais beneficiários do PT2020: “Afinal, não é só no PRR. Estado é o principal beneficiário do PT2020”; e em +M mergulhamos nos festivais de verão. A ler em “Marcas dão nome aos festivais de verão. O que as move?”.
Nesta edição apresentamos ainda propostas de lazer do ECO Avenida. Fomos a Amarante e visitamos o Casa da Calçada e experimentamos as propostas do chef Francisco Quintas, que lidera o restaurante Largo do Paço, o mais jovem chef a ganhar uma estrela Michelin. A ler em “Casa da Calçada. A estrela de Amarante está de volta.” E metemo-nos à estrada com Polestar 3 “Entre o luxo nórdico e o tetris na bagageira”. Tempo ainda para dar a conhecer o novo diretor criativo da casa Dior: Jonathan Anderson, “O super-herói em quem a LVMH confia”.
Editorial
O tempo do pragmatismo
No fundamental, as últimas eleições legislativas não mudaram o cenário de (in)governabilidade do país, mas é redutor e míope considerar que ficou tudo na mesma.
Houve um meltdown do PS, inegável, uma erosão duríssima sobre o Bloco de Esquerda e mais um pauzinho caiu da jangada do PCP.
À esquerda, cresceu o Livre, enquanto à direita a Iniciativa Liberal viveu uma desilusão tão grande como a expectativa, afinal gorada, de que podia chegar a fazer parte de uma solução governativa. Depois, a AD cresceu e o Chega também. Estão aqui os vencedores, sobretudo o partido de André Ventura, que arrasou nos votos da emigração e ultrapassou o PS como segunda força política no Parlamento.
A visão mais consensual é a de que os portugueses viraram à direita e abandonaram a esquerda. Eu acho que a história e o percurso recente dos protagonistas explica mais os resultados do que necessariamente a estafada conversa dos dois lados de uma suposta barricada. Aliás, basta ver que o partido que está no poder, e lá continuará, é o que menos se socorre dessas bengalas vagamente ideológicas (que querem dizer coisas diferentes para diferentes pessoas).
O Chega não subiu por ser de direita. Defende privatizações? Cortes nos serviços públicos ou despedimento de funcionários? Tem alguma medida de reforço de uma eficiente economia de mercado? Não, nada disso. Enche a boca com a “direita” para mascarar ideias autoritárias e até racistas e para seduzir um eleitorado mais conservador nos costumes. O Chega subiu porque não é politicamente correto, porque tem um líder que é imbatível na manipulação da narrativa pública e porque grita contra problemas concretos que as pessoas sentem (e sim, algumas delas têm a ver com consequências da imigração desregulada). É claro que não tem solução para coisa nenhuma, porque está na fase cata-vento, promete tudo a todos e, assim, entra naturalmente em contradição. Mas, para já, o que lhe interessa é ganhar votos, crescer. O resto, logo se vê.
Reforçou-se, assim, a discussão sobre como se pode, politicamente, travar o Chega, a quem tudo ajuda e a quem nada faz mossa, mesmo os escândalos internos.
Eu não tenho a bala de prata, mas acho que parte da solução passa por um novo pragmatismo. Menos ideologia, menos proclamações bonitas mas redondas, mais medidas concretas que resolvam problemas, mesmo que possam, à primeira vista, parecer mal.
Acho que quem embarca em discursos muito ideológicos não percebeu bem o filme que está em exibição. Tirando o Chega, que fala dos temas mas não tem qualquer solução efetiva, os outros partidos têm agora de se situar no campeonato do pragmatismo, da resolução de problemas, de mexer em coisas que se calhar dão trabalho mas precisam de ser mudadas. A força da AD não foi a ideologia, foi a aposta em quatro ou cinco medidas que fizeram a diferença em franjas largas do eleitorado.
Pede-se bom senso e trabalho. Parece simples, não é?
Tiago Freire — Subdiretor
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