Galp já recebeu propostas “credíveis” para projeto na Namíbia. Decisão da CESE com efeito “muito limitado”

Petrolífera indica que já recebeu propostas de parceiros "credíveis" para o projeto na Namíbia, pelo que conta fechar a parceria até ao final deste ano. Decisão da CESE com efeito "muito limitado".

“Sem pressa” e na fase de seleção de um parceiro “credível”. Estas foram as principais mensagens deixadas pela co-CEO da Galp, Maria João Carioca, quanto ao projeto da empresa na Namíbia. A petrolífera portuguesa indica que está em conversações com diferentes candidatos e espera concluí-las até ao final do ano.

“É claramente a nossa prioridade” encontrar um parceiro para o projeto na Namíbia, assume Maria João Carioca, numa chamada com analistas no rescaldo da apresentação dos resultados do segundo trimestre. “Tendo já recebido as ofertas vinculativas, estamos a analisá-las” e a prosseguir com conversas multilaterais, indicou a gestora, colocando como prazo provável o final de 2025. Para já, mostra-se satisfeita de ter “parceiros credíveis” a demonstrarem interesse.

Apesar do conceito de desenvolvimento não estar fechado, a Galp quer “ter a certeza” de que o ativo é explorado “ao ritmo certo” e, ao mesmo tempo que mantém uma “percentagem significativa” na sua posse, apesar de um parceiro ser visto como “absolutamente crítico”.

Para Maria João Carioca, um parceiro credível terá um histórico “forte” em termos operacionais, com capacidade de explorar o ativo, além de se mostrar alinhado em termos estratégicos com a Galp no que diz respeito aos objetivos em relação à exploração. O parceiro terá de ter a “Namíbia no topo das suas prioridades”, indicou.

Sobre a decisão final de investimento, a co-CEO assume que “é muito cedo para dar algum tipo de perspetiva”, já que espera ter essa discussão e chegar a conclusões com o futuro parceiro.

Até ao final do ano, a Galp espera dedicar-se a absorver e analisar os dados que recolheu até ao momento quanto ao potencial de exploração na Namíbia, pelo que não conta fazer novos investimentos.

Decisão do Constitucional sobre CESE com “impacto muito limitado” na Galp

Por outro lado, Maria João Carioca considerou “positiva” e “adjuvante” a última decisão do Tribunal constitucional acerca da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético, que incide sobre a Galp, mas cuja aplicação foi declarada inconstitucional em relação a empresas do setor da distribuição de gás.

Contudo, assinalou, é positiva apenas no sentido de ir ao encontro da posição da petrolífera, que considera esta contribuição “injustificada”. Em relação a eventuais impactos financeiros, a co-CEO conta que sejam “muito limitados” para a Galp, assumindo que a decisão diz apenas respeito ao ano de 2019 e à atividade de distribuição de gás.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Galp já recebeu propostas “credíveis” para projeto na Namíbia. Decisão da CESE com efeito “muito limitado”

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião