Espanhola Globalvia quer expandir operação em Portugal com compra da A28 e da Via do Infante

  • ECO
  • 24 Julho 2025

A Globalvia já é responsável pela gestão de duas estradas em Portugal: controla 96% da A4 Transmontana e 100% da A23 - Autoestrada da Beira Interior. Fundo australiano é um dos possíveis concorrentes.

A Globalvia entrou na corrida para a aquisição de duas autoestradas em Portugal, nomeadamente a A28 – com 47 quilómetros e que liga o Porto a Vilar de Mouros – e a A22 (Via do Infante), com 130 quilómetros no Algarve. São ambas propriedade do fundo CVC DIF, escreve o El Economista.

O fundo de infraestruturas DIF, dos Países Baixos, que foi adquirido pela norte-americana CVC em 2023, comprou estes ativos à Ferrovial em duas fases, em 2016 e 2020, por um montante total de 330 milhões de euros.

De acordo com o jornal espanhol, o CVC DIF tem o Banco Santander como consultor para a venda das duas autoestradas e já recebeu propostas não vinculativas. A A28 e a A22 têm prazos de concessão, respetivamente, até 2031 e 2030. A Cintra, concessionária da Ferrovial, foi adjudicatária dos dois projetos no início do século e, após a venda à DIF, assinou um contrato de gestão.

Atualmente, a Globalvia já é responsável pela gestão de duas estradas em Portugal, controlando 96% da A4 Transmontana — autoestrada entre Vila Real e Bragança, com uma extensão de 194 quilómetros e um período de concessão até 2038 — e 100% da A23 – Autoestrada da Beira Interior — autoestrada secundária, entre Abrantes e Guarda, com 198 quilómetros e termo em 2029.

O mercado português é uma prioridade para a Globalvia, que nos últimos anos tem procurado acrescentar outros ativos à sua carteira. Há quatro anos, fez uma oferta pela concessionária Brisa, mas perdeu para o consórcio formado pelo fundo de pensões holandês APG, o Serviço Nacional de Pensões da Coreia do Sul (NPS) e a empresa suíça Swiss Life Asset Management (SLAM).

Em 2020, a empresa espanhola chegou a alcançar um acordo com a Líneas – Concessões de Transportes, detida pela Mota-Engil (60%) e o Novobanco (40%), para adquirir 80,75% da concessionária Douro Interior, que opera duas autoestradas no nordeste do país, com uma extensão total de 242 quilómetros. No entanto, a operação acabou por não se realizar.

Já no ano passado tentou adquirir a Autoestradas do Douro Litoral (AEDL), mas a Igneo ganhou a licitação final. O fundo australiano é um dos possíveis concorrentes da Globalvia na venda das autoestradas da A28 e da A22.

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