Novobanco recompõe gestão após saída de Carlos Brandão por “justa causa”

O Banco Central Europeu (BCE) deu luz verde aos membros do conselho de administração executivo do Novobanco para o mandato 2025–2028, anunciou esta terça-feira a instituição liderada por Mark Bourke num comunicado ao mercado publicado através da CMVM.

Com a luz verde do BCE, o Novobanco recompõe a comissão executiva, que tinha ficado com menos dois elementos devido à saída antecipada de Luísa Soares da Silva e à demissão de Carlos Brandão por justa causa.

O banco anunciou a destituição do gestor a 7 de janeiro, depois de ter tido conhecimento de “operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”. Essas operações haviam sido detetadas três meses antes, mas o banco optou por manter o gestor em funções “para não interferir com a investigação do Ministério Público”.

O Ministério Público esclareceu posteriormente que estavam em causa factos que podem constituir a prática de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte do agora ex-administrador do Novobanco. Carlos Brandão e a mulher foram constituídos arguidos.

O gestor, que liderou o Barclays e ao Bankinter em Portugal, tinha o pelouro do risco, que é agora assumido por Carmen Garcia Gonçalves, até aqui diretora deste departamento. Para a administração executiva entra também Patrícia Fonseca, com os pelouros jurídico, de compliance e sustentabilidade.

A comissão executiva do Novobanco para o mandato 2025-2028 tem a seguinte composição:

• Mark Bourke – Chief Executive Officer (“CEO”)
• Benjamin Dickgiesser – Chief Financial Officer (“CFO”)
• Luís Ribeiro – Chief Commercial Officer Corporate (“CCOC”)
• João Paixão Moreira – Chief Commercial Officer Retail (“CCOR”)
• Patrícia Fonseca – Chief Legal, Compliance and Sustainability Officer (“CLCSO”)
• Carmen Garcia Gonçalves – Chief Risk Officer (“CRO”)
• Rui Fontes – Chief Credit Officer (“CCO”)