Portugal no fundo da tabela na despesa com proteção contra incêndios na UE

Portugal registou em 2023 a terceira menor percentagem da União Europeia (UE) no que toca à despesa com serviços de proteção contra incêndios, num total de 394 milhões de euros. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, só a Dinamarca e Malta registaram menores percentagens.

No ano em análise, os Governos dos Estados-membros da UE gastaram 40,6 mil milhões de euros em serviços de proteção contra incêndios, o que, segundo o gabinete estatístico europeu, reflete um aumento de 8,5% nas despesas públicas gerais com esta função face a 2022.

Despesa pública em serviços de proteção de incêndio em 2023

O Eurostat assinala, porém, que o aumento das despesas com serviços de proteção contra incêndios em números absolutos está em linha com os aumentos noutras categorias, pelo que esta tem representado consistentemente 0,5% das despesas públicas totais desde 2017.

Com 0,9% das despesas públicas totais, a Roménia registou a maior percentagem de despesas em serviços de proteção contra incêndios em 2023, seguida pela Estónia e a Grécia (0,7% cada).

Já a Dinamarca (0,1%) teve a menor percentagem de despesas com serviços de proteção contra incêndios, seguindo-se Malta (0,2%), Portugal e Áustria (ambos com 0,3%).

Os dados do Eurostat revelam também que havia 390.600 bombeiros profissionais nos países do bloco comunitário em 2024, representando 0,19% do emprego total da UE. Comparando com o ano anterior, o número de bombeiros cresceu 7,2% (ou seja, mais 28.200).

Entre os 20 países da UE com dados disponíveis, a Croácia (0,45%), a Grécia (0,41%) e a Chéquia (0,34%) registaram as maiores percentagens de bombeiros no emprego total, enquanto as percentagens mais baixas se verificaram nos Países Baixos (0,07%), na Dinamarca (0,08%) e na Suécia (0,10%). Portugal (0,25%) tinha a oitava percentagem mais alta.

Percentagem de bombeiros no emprego total em 2024

Em toda a União Europeia, 75,2% de todos os bombeiros profissionais tinham entre 15 e 49 anos. “Trata-se de uma força de trabalho visivelmente mais jovem em comparação com o emprego total na UE, onde apenas 64,8% dos trabalhadores se enquadram nessa faixa etária”, nota o gabinete estatístico.