Trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos sobem 30% até julho

  • Lusa
  • 8:51

Número de despedimentos coletivos comunicados está a aumentar desde 2023 e o valor registado nestes primeiros sete meses é o mais elevado desde 2020, período em que alcançou as 420 empresas.

O número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos aumentou 30,3% até julho, face a igual período do ano anterior, totalizando os 4.688, segundo cálculos da Lusa com base em dados da DGERT.

Destes 4.688 trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos, 4.578 foram efetivamente despedidos, revelam os últimos dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

O número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos está a aumentar desde 2022, sendo que nos primeiros sete meses deste ano são já mais do dobro dos registados em igual período de 2023 (eram 2.140).

Também o número de despedimentos coletivos comunicados pelas empresas ao Ministério do Trabalho subiu 13,3% até julho, face a igual período de 2024, para 332.

De acordo com a análise dos dados da DGERT, o número de despedimentos coletivos comunicados está a aumentar desde 2023 e o valor registado nestes primeiros sete meses é o mais elevado desde 2020, período em que alcançou as 420 empresas.

Destes 332 despedimentos coletivos comunicados, a maioria diz respeito a pequenas empresas e a microempresas, representando 38,6% e 36,1% do total, respetivamente, de acordo com os cálculos da Lusa com base nos dados da DGERT.

Por regiões, a região de Lisboa e Vale do Tejo e o Norte continuam a ser as regiões com maior número de despedimentos coletivos comunicados até julho, com 166 e 100 respetivamente.

No que toca especificamente ao mês de julho, foram efetivamente despedidos 781 trabalhadores, um valor superior aos 465 registados no período homólogo, bem como aos 779 registados em junho.

Dos 781 trabalhadores efetivamente despedidos em julho, a região de Lisboa e Vale do Tejo representava a larga parte (81%), com 633 trabalhadores efetivamente despedidos.

As indústrias transformadoras e as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares são as atividades com maior número de trabalhadores despedidos em julho, sendo que a principal razão apontada, globalmente, é a redução de pessoal (53%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos sobem 30% até julho

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião