Martifer convoca AG extraordinária para aprovar distribuição de quatro milhões de reservas antes da OPA

Proposta apresentada pelos irmãos Martins e pela Mota-Engil, os acionistas que controlam a empresa, será votada em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 10 de outubro de 2025.

A Martifer vai realizar no próximo dia 10 de outubro uma assembleia geral extraordinária de acionistas para votar a distribuição de quatro milhões de reservas livres, no valor ilíquido de quatro cêntimos por ação.

A convocatória para a AG, apresentada pela I’M, a sociedade dos irmãos Martins, e pela Mota-Engil, tem como único ponto de trabalho “discutir e deliberar sobre a distribuição de bens sociais, nos termos do disposto no artigo 31º do Código das Sociedades Comerciais”, refere um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Propõe-se que se distribuam aos acionistas bens sociais, nomeadamente, a distribuição de 4.000.000,00 de euros (quatro milhões de euros) de reservas livres, no valor ilíquido de 0,04 euros (quatro cêntimos de euro) por ação“, detalha a empresa num segundo comunicado. A proposta é assinada pelos dois acionistas de controlo: a I’M SGPS e a Mota-Engil.

A empresa nota ainda que, “verificando-se que se mostram cumpridos os requisitos previstos nos artigos 32º e 33º do Código das Sociedades Comerciais e que após a distribuição das reservas livres que se propõe, o capital próprio da Sociedade manter-se-á superior à soma do capital social e das reservas cuja distribuição aos acionistas não é permitida por lei”.

Esta distribuição de reservas ocorre num momento em que a Martifer aguarda que avance a oferta pública de aquisição (OPA) anunciada pela Visabeira, com base num acordo tripartido com os outros dois acionistas da empresa, a I’M e a Mota-Engil, sobre o capital que não controlam. A contrapartida oferecida na operação é de 2,057 euros, um preço que tem sido contestado pelos investidores, que consideram que o preço oferecido não reflete o valor dos ativos, nem eventuais sinergias criadas pelo negócio.

Apesar da oposição dos investidores, a administração da companhia deu luz verde ao preço da OPA, argumentando que a oferta é “suscetível de ser aceite” pelos acionistas e as condições apresentadas “são adequadas”.

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