Depósitos bancários têm maior contração em dois anos

O volume de depósitos bancários de particulares voltou a abrandar pelo 10.º mês consecutivo, alcançando uma taxa homóloga de 4,8%, mas o stock de depósitos teve a maior contração desde agosto de 2023.

O dinheiro dos portugueses continua a chegar aos bancos, mas a um ritmo cada vez mais moderado. Em agosto, os depósitos de particulares aumentaram 4,8% face ao mesmo mês de 2024, marcando o décimo mês consecutivo de desaceleração. Uma tendência que contrasta com o comportamento das empresas, que voltaram a acelerar as suas aplicações bancárias.

Os números divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal mostram que o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava quase 197 mil milhões de euros no final de agosto, menos 944 milhões de euros do que em julho. Trata-se da primeira descida mensal desde março, quando o montante recuou de 182 milhões de euros, e a maior queda em dois anos.

“Esta variação resultou da diminuição, de 830 milhões de euros, das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e da diminuição, de 114 milhões de euros, dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”, explica o Banco de Portugal em comunicado.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Esta evolução é resultado de uma queda constante da remuneração dos depósitos que, segundo os últimos dados do Banco de Portugal, está a abrandar há 19 meses consecutivos, contabilizando uma taxa de 1,39% em julho — o valor mais baixo desde maio de 2023.

Do lado empresarial, o panorama apresenta características distintas. Segundo dados do Banco de Portugal, “o stock de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de agosto, 73,2 mil milhões de euros, mais 2,6 mil milhões de euros do que no final de julho de 2025.”

Apesar desta evolução positiva, o regulador destaque que a taxa de crescimento anual foi de 9,7%, ficando abaixo da registada em julho (10,5%), mas foi a segunda taxa anual mais elevada desde outubro de 2022.

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