IGCP corta em 41% volume de emissões de Bilhetes do Tesouro para este ano

O IGCP fechou o programa de emissão de obrigações para este ano, cortou em 41% o financiamento em Bilhetes do Tesouro e deixa em aberto a possibilidade de realizar leilões de venda ou de troca.

O IGCP fechou o programa de financiamento das Obrigações do Tesouro para 2025, ultrapassando ligeiramente o objetivo inicial de 20,5 mil milhões de euros. Com três operações sindicadas já realizadas e uma redução nas necessidades de financiamento de Bilhetes do Tesouro, a República aproveita a “lua-de-mel” nos mercados internacionais para calibrar a estratégia de endividamento.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, liderada por Pedro Cabeços, divulgou esta terça-feira a atualização do Programa de Financiamento para o quarto trimestre, confirmando que as emissões de Obrigações do Tesouro (OT) atingiram os 20,6 mil milhões de euros até ao final de setembro, dando por terminado este capítulo do financiamento anual.

O panorama é diferente para os Bilhetes do Tesouro (BT), com o IGCP a rever em baixa as necessidades de financiamento líquido. Se no terceiro trimestre a estimativa apontava para 4,6 mil milhões de euros, a projeção para o final do ano desceu 41% para 2,7 mil milhões de euros – uma redução de quase dois mil milhões que reflete a menor pressão sobre as contas públicas.

Assim, para o último trimestre, a República tem agendado somente duas operações: 19 de novembro com a reabertura da emissão BT22MAI2026 (a seis meses) e o lançamento de uma nova linha a 12 meses, a BT20NOV2026, com um montante conjunto entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros.

Apesar de não estarem planeadas novas emissões de Obrigações do Tesouro no último trimestre, a equipa de Pedro Cabeços deixa a porta aberta para leilões de venda ou de troca/recompra de dívida nos últimos três meses do ano.

“O IGCP poderá explorar a realização de leilões de venda ou de troca/recompra, para garantir o eficiente funcionamento do mercado, o interesse dos investidores nos vários setores da curva, e a liquidez da curva de OT”, refere a agência responsável pela gestão da dívida do Estado em comunicado.

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