VdA assessora Mota-Engil África na aprovação da garantia não soberana de 120 milhões

Os escritórios Ashurst, Baker Mckenzie e Vieira de Almeida atuaram como consultores jurídicos do Banco Africano de Desenvolvimento, do Deutsche Bank e da Mota Engil, respetivamente.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma garantia de crédito parcial não soberana de até 120 milhões de euros para permitir que a Mota-Engil África, uma empresa líder africana de construção e infraestruturas, obtenha um empréstimo vinculado à sustentabilidade de, no mínimo, 170 milhões de euros junto de entidades credoras comerciais.

Esta transação marca o primeiro apoio direto do Banco a uma empresa de EPC (Engenharia, Contratação e Construção). A Cygnum Capital atuou como consultora financeira da Mota-Engil. E os escritórios Ashurst, Baker Mckenzie e Vieira de Almeida atuaram como consultores jurídicos do Banco Africano de Desenvolvimento, do Deutsche Bank e da Mota Engil, respetivamente.

Na VdA, a operação foi liderada por Hugo Moredo Santos (sócio) e contou com a participação de Daniel Bettega Proença de Carvalho (associado coordenador), Júlio Venâncio (associado) e Inês Freire da Veiga (associada), da área de Bancário & Financeiro e de Rita Pereira de Abreu (associado sénior) da área Fiscal da VdA.

A garantia de crédito parcial do banco permitirá à empresa mobilizar financiamento comercial a longo prazo e assim prolongar o prazo médio do seu perfil de dívida, reforçando assim o seu perfil financeiro e aumentando a sua capacidade de implementar projetos de infraestruturas sustentáveis em todo o continente.

Manuel Mota, Presidente da Mota-Engil África, afirmou que “este acordo histórico com o Banco Africano de Desenvolvimento e o Deutsche Bank marca um momento decisivo para a Mota-Engil África, consolidando a nossa liderança na transformação de África e demonstrando a nossa capacidade de implementar modelos financeiros e operacionais ousados ​​e inovadores que desbloqueiam infraestruturas sustentáveis ​​em grande escala. A Garantia Parcial de Crédito vai além da resiliência financeira; ela sinaliza a confiança do BAD na nossa visão e o seu compromisso em acelerar projetos inovadores que redefinam a conectividade, impulsionem o crescimento inclusivo e estabeleçam novos padrões globais de sustentabilidade.”

A transação, diz o BAD, reflete o compromisso do Banco em diversificar o seu envolvimento com o setor privado e apoiar a implementação de infraestruturas sustentáveis em grande escala, em alinhamento com a sua Estratégia Decenal 2024-2033.

O vice-presidente para o setor privado, infraestruturas e Industrialização do Banco Africano de Desenvolvimento, Solomon Quaynor, disse que esta operação histórica de garantia demonstra o compromisso do Banco em mobilizar capital privado para um crescimento verde e inclusivo. “A garantia permitirá à Mota-Engil África prosseguir projetos alinhados com os seus objetivos de sustentabilidade e as prioridades de desenvolvimento de África”, disse o responsável, citado numa nota publicada no site do BAD.

O Banco Africano de Desenvolvimento reconhece a importância de reforçar os intervenientes regionais em EPC, como a Mota-Engil Africa, que conta com quase 80 anos de atividade contínua no continente, uma carteira de contratos de 10 mil milhões de euros e presença em 14 países africanos. A empresa emprega mais de 24.500 pessoas em África, mais de 95% das quais são trabalhadores locais. Também fornece infraestruturas ‘chave na mão’, engenharia industrial, serviços ambientais e concessões de transportes, e tem um forte historial na execução de projetos e gestão de riscos.

A carteira da empresa inclui projetos nos setores dos transportes, minas, água e infraestruturas urbanas, incluindo a concessão do emblemático Corredor do Lobito, que se estende por Angola e a República Democrática do Congo. A intervenção do Banco visa reforçar o papel da Mota-Engil África como um parceiro resiliente e verde em infraestruturas para o futuro de África.

O empréstimo financiará uma carteira de projetos elegíveis com impacto em infraestruturas verdes e sociais, alinhados com o Quadro de Financiamento Ligado à Sustentabilidade da empresa, que inclui infraestruturas de transportes, serviços ambientais, sistemas de água e saneamento e obras civis energeticamente eficientes em mais de uma dúzia de países africanos.

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