Credores aprovam liquidação da antiga TAP SGPS
A assembleia de credores da ex-TAG SGPS aprovou a proposta dos administradores de insolvência para a liquidação da 'holding'.
A assembleia de credores da Siavilo (antiga TAP SGPS) aprovou esta quinta-feira a liquidação da empresa, uma vez que deixou de ter atividade depois dos seus últimos ativos terem sido vendidos à TAP. Depósitos em caixa só pagam valor residual da dívida reclamada.
Os administradores de insolvência, Bruno Costa Pereira e Jorge Calvete, propuseram no seu relatório a liquidação da Siavilo, conforme avançou esta quinta-feira o ECO, tendo em conta que deixou de ter participação em qualquer negócio. A proposta foi aprovada por todos os credores na assembleia que decorreu no Tribunal de Comércio de Lisboa.
A TAP SGPS, no início do ano rebatizada como Siavilo, viu serem vendidos em janeiro os últimos ativos que detinha à TAP SA: a totalidade da Portugália, 51% da Cateringpor e 100% da UCS, a empresa de cuidados de saúde do grupo.
A holding tinha já deixado de ter qualquer posição no capital da TAP SA, em 2021, devido às injeções de capital público na empresa que detém a companhia aérea. Em junho de 2024, deixou também de ser acionista da antiga Groundforce, hoje Menzies Aviation, no âmbito do processo de insolvência.
O que existe ainda no ativo da Siavilo? Um depósito bancário de 11,8 milhões de euros e um outro de 12 milhões na TAPGER, detida a 100%, mas também já sem qualquer atividade.
Estes 23,8 milhões em depósitos são uma soma ínfima face às dívidas reclamadas. O valor exato final ainda terá de ser apurado, mas só a TAP SA, que requereu a insolvência decretada a 6 de agosto, reclama créditos de 1.104 milhões de euros, já provisionados.
Àquele montante somam-se 235,26 milhões de euros devidos à Parpública e à Azul, as duas subscritoras da emissão de obrigações convertíveis feita em 2012. A maior fatia, de 176.9 milhões de euros é reclamada pela companhia aérea brasileira, que tem neste momento um diferendo legal com a TAP.
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