Mudança estratégica da Telefónica reconfigura o panorama das telecomunicações na América Latina

  • Servimedia
  • 3 Outubro 2025

De acordo com informações publicadas pela Bloomberg, o grupo de Carlos Slim, América Móvil, e a chilena Entel estão a trabalhar para apresentar uma oferta para adquirir a filial da Telefónica.

A pouco mais de um mês da apresentação do novo plano estratégico da Telefónica, a empresa continua a trabalhar no plano de desinvestimento em mercados não estratégicos, como parte de uma ampla revisão da empresa iniciada desde a chegada de Marc Murtra à presidência.

A última novidade em gestação é uma possível venda da Telefónica Chile.

Com esta operação, o negócio de telefonia móvel ficaria nas mãos da América Móvil e a Entel estaria interessada na parte de telefonia fixa. Desta forma, o Chile poderia ser a próxima filial a ser vendida pela Telefónica na América Latina, uma região que está a reconfigurar o panorama do seu mercado de telecomunicações com a ajuda da empresa espanhola.

Das várias operações anunciadas pela empresa, a Telefónica recebeu recentemente a autorização para a venda da sua filial uruguaia por 370 milhões de euros. Assim, somou-se à venda da Argentina à Telecom Argentina por cerca de 1,190 milhões de euros, fechada no momento da assinatura, e do seu negócio no Peru à Integra Tec Internacional, que assumiu uma dívida de 1,240 milhões de euros no acordo.

Agora, o grupo aguarda a autorização para a venda da Colômbia — em troca de cerca de 370 milhões de euros — e do Equador — por aproximadamente 330 milhões de euros — à Millicom.

Desta forma, a mudança de estratégia de Marc Murtra reconfigurou o mapa das telecomunicações na América Latina em apenas alguns meses, reduzindo a sua exposição em mercados considerados não estratégicos e mais voláteis, gerando um processo de concentração no setor que agora deverá reconfigurar a sua liderança.

PLANOS

Os planos da empresa passam por se concentrar nos seus quatro mercados-chave (Brasil, Espanha, Reino Unido e Alemanha) e a venda dos negócios na América Hispânica não só ajudará a empresa a reduzir a sua alavancagem, como também a melhorar a qualidade do seu fluxo de caixa livre, o que é visto de forma positiva pelas agências de notação.

Nesse sentido, em agosto, a Fitch reafirmou a sua classificação da empresa, destacando os «grandes progressos na redução da sua exposição à América Latina fora do Brasil». Assim, explicaram que “a empresa está a ganhar margem na sua classificação a médio prazo, apoiada na melhoria orgânica da geração de fluxo de caixa livre e nas receitas pela venda de ativos”.

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