CP compra mais 200 comboios. Autarquias vão ter dinheiro europeu para reparar estradas

Miguel Pinto Luz diz que financiamento europeu servirá para grandes obras de reparação de estradas. Na CP, o foco da "maior compra de sempre" serão as futuras Linhas da Alta Velocidade.

O ministro das Infraestruturas e Habitação anunciou esta sexta-feira que o Governo está a negociar com o Banco Europeu de Investimento (BEI) uma linha de financiamento para as autarquias fazerem grandes obras de reparação de estradas. Miguel Pinto Luz revelou ainda que a CP vai comprar mais 200 comboios para as futuras Linhas de Alta Velocidade (LAV).

No Parlamento, Miguel Pinto Luz disse que este é mais “um esforço crescente de descentralização”. “Para esse efeito, aprovámos um decreto-lei que permite a transferência de competências da rede rodoviária nacional para a esfera dos municípios”, disse o governante, na audição parlamentar no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2026.

No caso da CP – Comboios de Portugal, encontra-se em processo legislativo a compra de comboios destinados às futuras LAV. “Trata-se da maior compra de comboios de sempre no nosso país. No total, falamos de cerca de 200 novas automotoras que chegarão à CP. E continuamos atentos às necessidades da empresa, a pensar na década que se vai seguir. Temos de garantir a quantidade e a renovação do material circulante”, referiu Miguel Pinto Luz.

A aquisição destas duas centenas de automotoras acresce àquela que foi acordada há precisamente duas semanas com o consórcio Alstom/DST para 117 novos comboios, 100 dos quais fabricados em Portugal, no valor de 746 milhões de euros.

Queremos corrigir assimetrias regionais e procurar o equilíbrio de oportunidades de todos os cidadãos, morem onde morarem”, sublinhou ainda o governante com a pasta das Infraestruturas, em resposta aos deputados na Assembleia da República.

Esta quinta-feira, os Governos de Portugal e Espanha assinaram um acordo com a Comissão Europeia para permitir uma ligação em comboio entre Lisboa e Madrid até 2030, com tempo de viagem de cerca de cinco horas, e uma ligação de Alta Velocidade em aproximadamente três horas, quatro anos mais tarde.

Os dois países deixaram também a Bruxelas o compromisso de estudar uma mudança para bitola europeia, avaliando os custos e benefícios socioeconómicos e o impacto dessa migração (de ibérica para europeia) na interoperabilidade até 2027. Caso a avaliação seja favorável, vão apresentar um plano “devidamente coordenado” para avançar com a alteração da medida dos carris.

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